Subalternização e Violência: O Feminino em Cena em Fogo Morto, de José Lins do Rego / Subalternization and Violence: The Female in Scene on Dead Fire by José Lins do Rego
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | ID on line. Revista de psicologia |
Texto Completo: | https://idonline.emnuvens.com.br/id/article/view/3009 |
Resumo: | Resumo: Na literatura brasileira, personagens fortes e decididos tendem a tomar o protagonismo de histórias marcadas pelo realismo e uma narrativa densa e envolvente. Esses seres, por vezes, reverberam discursos que fundamentaram a nossa cultura ocidental, naquilo que há de mais primitivo no homem e norteador de seu modo de ser agir, ou seja, as obras literárias são capazes de refletir a nós mesmos e os desejos que guardamos no recôndito de nossas almas. Neste sentido, quando a narrativa descreve e explora o sofrimento da personagem, com a qual no identificamos, o resultado é encontrarmos uma trama capaz de sensibilizar e envolver o leitor. Este é o caso de Marta, uma das sofredoras e mais intrigantes personagens do romance Fogo Morto, escrito por José Lins do Rego, publicado em 1943. Considerado a obra prima do escritor regionalista, a narrativa descreve a decadência dos engenhos de cana-de-açúcar e com eles dos sujeitos que moram ao redor, bem como nas imediações e dependem deles para sobreviver as agruras de um Nordeste tomado pela seca e a posterior fome. Marta, filha do Mestre Zé Amaro, sofre de convulsões nervosas inexplicáveis, além de ser desprezada por seu pai pelo fato de não haver casado com cerca de trinta anos de idade. Sua doença é razão suficiente para que seja espancada por seu pai, preso a ideologia patriarcais, trauma que a faz enlouquecer definitivamente. Nossa pesquisa, numa conexão entre os estudos de gênero e a literatura, pretende investigar, no corpus em cena, as manifestações dessa ideologia dominante que vitimiza e oprime a personagem feminina. |
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Subalternização e Violência: O Feminino em Cena em Fogo Morto, de José Lins do Rego / Subalternization and Violence: The Female in Scene on Dead Fire by José Lins do RegoFeminino; Patriarcado; Marta; Fogo Morto. Resumo: Na literatura brasileira, personagens fortes e decididos tendem a tomar o protagonismo de histórias marcadas pelo realismo e uma narrativa densa e envolvente. Esses seres, por vezes, reverberam discursos que fundamentaram a nossa cultura ocidental, naquilo que há de mais primitivo no homem e norteador de seu modo de ser agir, ou seja, as obras literárias são capazes de refletir a nós mesmos e os desejos que guardamos no recôndito de nossas almas. Neste sentido, quando a narrativa descreve e explora o sofrimento da personagem, com a qual no identificamos, o resultado é encontrarmos uma trama capaz de sensibilizar e envolver o leitor. Este é o caso de Marta, uma das sofredoras e mais intrigantes personagens do romance Fogo Morto, escrito por José Lins do Rego, publicado em 1943. Considerado a obra prima do escritor regionalista, a narrativa descreve a decadência dos engenhos de cana-de-açúcar e com eles dos sujeitos que moram ao redor, bem como nas imediações e dependem deles para sobreviver as agruras de um Nordeste tomado pela seca e a posterior fome. Marta, filha do Mestre Zé Amaro, sofre de convulsões nervosas inexplicáveis, além de ser desprezada por seu pai pelo fato de não haver casado com cerca de trinta anos de idade. Sua doença é razão suficiente para que seja espancada por seu pai, preso a ideologia patriarcais, trauma que a faz enlouquecer definitivamente. Nossa pesquisa, numa conexão entre os estudos de gênero e a literatura, pretende investigar, no corpus em cena, as manifestações dessa ideologia dominante que vitimiza e oprime a personagem feminina. INSTITUTO PERSONA DE EDUCAÇÃO SUPERIORdos Anjos, Hosanete Farias PortoSilva, Rômulo Davi da2021-02-28info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionArtigo Avaliado pelos Paresapplication/pdfhttps://idonline.emnuvens.com.br/id/article/view/300910.14295/idonline.v15i54.3009ID on line. Revista de psicologia; v. 15, n. 54 (2021); 593-6021981-1179reponame:ID on line. Revista de psicologiainstname:Instituto Persona de Educação Superiorinstacron:IPESporhttps://idonline.emnuvens.com.br/id/article/view/3009/4691Direitos autorais 2021 Hosanete Farias Porto dos Anjos, Rômulo Davi da Silvahttps://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0info:eu-repo/semantics/openAccess2021-08-18T13:07:45Zhttps://idonline.emnuvens.com.br/id/indexONG |
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Resumo: Na literatura brasileira, personagens fortes e decididos tendem a tomar o protagonismo de histórias marcadas pelo realismo e uma narrativa densa e envolvente. Esses seres, por vezes, reverberam discursos que fundamentaram a nossa cultura ocidental, naquilo que há de mais primitivo no homem e norteador de seu modo de ser agir, ou seja, as obras literárias são capazes de refletir a nós mesmos e os desejos que guardamos no recôndito de nossas almas. Neste sentido, quando a narrativa descreve e explora o sofrimento da personagem, com a qual no identificamos, o resultado é encontrarmos uma trama capaz de sensibilizar e envolver o leitor. Este é o caso de Marta, uma das sofredoras e mais intrigantes personagens do romance Fogo Morto, escrito por José Lins do Rego, publicado em 1943. Considerado a obra prima do escritor regionalista, a narrativa descreve a decadência dos engenhos de cana-de-açúcar e com eles dos sujeitos que moram ao redor, bem como nas imediações e dependem deles para sobreviver as agruras de um Nordeste tomado pela seca e a posterior fome. Marta, filha do Mestre Zé Amaro, sofre de convulsões nervosas inexplicáveis, além de ser desprezada por seu pai pelo fato de não haver casado com cerca de trinta anos de idade. Sua doença é razão suficiente para que seja espancada por seu pai, preso a ideologia patriarcais, trauma que a faz enlouquecer definitivamente. Nossa pesquisa, numa conexão entre os estudos de gênero e a literatura, pretende investigar, no corpus em cena, as manifestações dessa ideologia dominante que vitimiza e oprime a personagem feminina. |
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