A ASSOCIAÇÃO ENTRE O ATEZOLIZUMAB E O NAB-PACLITAXEL NO TRATAMENTO DO CÂNCER DE MAMA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cruz, Nayara Landim
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Castro, Giselle Quesado, Parente, Thamyse Macêdo, Leite, Loyze Petronio, Alencar, Eugênio Paiva, Marchiori, Fernando Luiz Mamede
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: ID on line. Revista de psicologia
Texto Completo: https://idonline.emnuvens.com.br/id/article/view/2006
Resumo: Introdução: A imunoterapia é uma maneira revolucionária de combater o câncer utilizando o próprio sistema imunológico para atacar as células cancerígenas, o que difere dos demais tratamentos como a radioterapia e a quimioterapia que combatem as células tumorais. A imunoterapia para o tratamento de câncer avançado é um método antigo, porém as novas drogas mostram-se mais específicas e com menos efeitos colaterais. Em março de 2019, foi aprovado pela Food and Drug Administration a combinação do quimioterápico nab-paclitaxel com o atezolizumab para o tratamento do câncer de mama triplo-negativo nos Estados Unidos. Essa combinação terapêutica foi aceita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, podendo ser assim comercializada no Brasil. O atezolizumab age inibindo a PDL-1, que é produzida pelo câncer para burlar o sistema imunológico, fazendo com que os linfócitos T deixem de encarar a célula cancerígena como algo natural. Objetivo: O presente trabalho objetivou avaliar a evolução da imunoterapia no tratamento de câncer avançado, dentre eles o de mama do tipo triplo-negativo. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática com base em artigos disponíveis nas bases de dados Scielo e PubMed. Resultados: A partir dos artigos vistos, analisou-se que mais de 900 mulheres com câncer de mama triplo negativo em fase avançada tiveram um aumento em sua sobrevida de 21,3 meses após o uso de atezolizumab em associação com o nab-paclitaxel em detrimento das pacientes que utilizaram o quimioterápico com placebo, que mostraram aumento da sobrevida em apenas  17,6 meses. Além disso, foi constatado a estagnação da metástase. Do ponto de vista dos efeitos colaterais a imunoterapia pode causar reações autoimunes como artrites, colites, reações cutâneas e tireoidites. Essa alternativa de tratamento, portanto, deve ser repensada em pacientes com doenças autoimunes. Conclusão: Embora a imunoterapia seja tida como uma grande evolução da oncologia, ela ainda não havia chegado ao câncer de mama. Eis que a aprovação no Brasil do medicamento atezolizumab quebra esse paradigma trazendo uma opção contra o sub-tipo mais agressivo da doença que é o tumor de mama triplo negativo. A aplicação do atezolizumab em conjunto com o quimioterápico nab-paclitaxe ampliou significativamente a sobrevida das mulheres.  
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