TUMOR NEUROENDÓCRINO EM APÊNDICE ILEOCECAL: RELATO DE CASO
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Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | ID on line. Revista de psicologia |
Texto Completo: | https://idonline.emnuvens.com.br/id/article/view/2001 |
Resumo: | Introdução: As neoplasias do apêndice ileocecal ocorrem em torno de 1% das apendicectomias e 0,5% dos tumores intestinais diagnosticados. O quadro surge com uma incidência estimada na literatura de 0,15/100.000/ano, mais frequentemente no sexo feminino (2:1) na faixa etária dos 40-50 anos. Geralmente, são diagnosticados incidentalmente após apendicectomias, estimando-se que existam cerca de 3 casos em cada 1000 apendicectomias. Além disso, estes desenvolvimentos neoplásicos não se apresentam com clínica específica, sendo comumente abordados como quadro agudo abdominal. Objetivo: Apresentar o estudo de achados anatomopatológicos e histológicos de tumor neuroendócrino do apêndice ileocecal após quadro clínico de apendicite aguda. Relato de Caso: Homem de 46 anos, sexo masculino, recorreu ao Serviço de Urgência com queixa de dor abdominal localizada na fossa ilíaca direita e sinais de irritação peritoneal. Após diagnóstico de apendicite aguda, o paciente foi submetido a apendicectomia, evidenciando sinais intraoperatórios de apendicite avançada e peritonite regional. Nesse ínterim, o material foi enviado para estudo patológico. No exame macroscópico notou-se área de 1,9 cm de comprimento, endurecida, de formas irregulares e amareladas, no terço distal do apêndice. A análise histopatológica confirmou amplo tecido necrótico e neoplásico com presença de ilhas invasivas de células epitelioides arredondadas e monótonas, invasão de tecido neural, angiolinfático e adiposo, sugerindo irradiação para mesoapêndice, em estado mitótico. Os achados evocam para a malignidade neoplásica. Ademais, foi denotada uma margem tecidual comprometida, confirmando a persistência de neoplasia no paciente mesmo após a abordagem cirúrgica, recomendando a continuidade do tratamento. Conclusão: Os tumores neuroendócrinos do apêndice ileocecal são raros e o prognóstico é geralmente favorável. A apendicectomia simples é o tratamento cirúrgico de rotina e proporciona a cura na maioria dos casos. Portanto, frisa-se a importância do envio de materiais coletados para análise do patologista, uma vez que esta auxilia na avaliação clínica, diagnóstico etiológico, luto familiar em casos de mortalidade, além de nortear a conduta médica na evolução do caso. Palavras-chave: Tumor neuroendócrino; Apendicite aguda. |
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Introdução: As neoplasias do apêndice ileocecal ocorrem em torno de 1% das apendicectomias e 0,5% dos tumores intestinais diagnosticados. O quadro surge com uma incidência estimada na literatura de 0,15/100.000/ano, mais frequentemente no sexo feminino (2:1) na faixa etária dos 40-50 anos. Geralmente, são diagnosticados incidentalmente após apendicectomias, estimando-se que existam cerca de 3 casos em cada 1000 apendicectomias. Além disso, estes desenvolvimentos neoplásicos não se apresentam com clínica específica, sendo comumente abordados como quadro agudo abdominal. Objetivo: Apresentar o estudo de achados anatomopatológicos e histológicos de tumor neuroendócrino do apêndice ileocecal após quadro clínico de apendicite aguda. Relato de Caso: Homem de 46 anos, sexo masculino, recorreu ao Serviço de Urgência com queixa de dor abdominal localizada na fossa ilíaca direita e sinais de irritação peritoneal. Após diagnóstico de apendicite aguda, o paciente foi submetido a apendicectomia, evidenciando sinais intraoperatórios de apendicite avançada e peritonite regional. Nesse ínterim, o material foi enviado para estudo patológico. No exame macroscópico notou-se área de 1,9 cm de comprimento, endurecida, de formas irregulares e amareladas, no terço distal do apêndice. A análise histopatológica confirmou amplo tecido necrótico e neoplásico com presença de ilhas invasivas de células epitelioides arredondadas e monótonas, invasão de tecido neural, angiolinfático e adiposo, sugerindo irradiação para mesoapêndice, em estado mitótico. Os achados evocam para a malignidade neoplásica. Ademais, foi denotada uma margem tecidual comprometida, confirmando a persistência de neoplasia no paciente mesmo após a abordagem cirúrgica, recomendando a continuidade do tratamento. Conclusão: Os tumores neuroendócrinos do apêndice ileocecal são raros e o prognóstico é geralmente favorável. A apendicectomia simples é o tratamento cirúrgico de rotina e proporciona a cura na maioria dos casos. Portanto, frisa-se a importância do envio de materiais coletados para análise do patologista, uma vez que esta auxilia na avaliação clínica, diagnóstico etiológico, luto familiar em casos de mortalidade, além de nortear a conduta médica na evolução do caso. Palavras-chave: Tumor neuroendócrino; Apendicite aguda. |
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