Micelas de caseína: dos monômeros à estrutura supramolecular

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva,Naaman Nogueira
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Casanova,Federico, Pinto,Michele da Silva, Carvalho,Antônio Fernandes de, Gaucheron,Frédéric
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Food Technology
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-67232019000100305
Resumo: Resumo A importância primária das micelas de caseína reside no fato de que os processos empregados na transformação do leite em quaisquer de seus derivados dependem, direta ou indiretamente, de sua estabilidade ou de sua desestabilização controlada. Assim, o objetivo do presente trabalho é apresentar uma revisão atualizada sobre a organização estrutural das micelas de caseína. Em termos físico-químicos, as micelas de caseína podem ser definidas como agregados supramoleculares esféricos e porosos, altamente hidratados, carregados negativamente, com diâmetro médio de 200 nm, e que apresentam aproximadamente 104 cadeias polipeptídicas. Além de água, as micelas são constituídas por quatro tipos de caseínas, chamadas de αS1, αS2, β, e κ-caseínas, que estão unidas por meio de interações hidrofóbicas e eletrostáticas, e pela presença de minerais, sobretudo sais de fosfato de cálcio, os quais são os principais responsáveis pela manutenção da estrutura micelar. A estabilidade das micelas de caseína é atribuída à presença de uma camada externa difusa, formada basicamente por κ-caseína. Apesar de as propriedades coloidais das micelas de caseína serem conhecidas, ainda não há consenso sobre como as moléculas de caseína estão estruturadas em seu interior. Portanto, os principais modelos que descrevem a organização interna das micelas de caseína são apresentados na parte final do artigo.
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