Pressão plantar em adultos: propriedades psicométricas de instrumentos de medida e proposição de valores normativos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: ROGÉRIO, Fernando Raphael Pinto Guedes
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Scientia – Repositório Institucional
Texto Completo: https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/37970
Resumo: Contexto: as medidas de pressão plantar possibilitam o entendimento da função do pé a partir de análise das cargas plantares na postura ortostática e locomoção humana. O interesse pelo estudo de pressão plantar cresceu exponencialmente ao longo dos anos, bem como sua relevância no diagnóstico de desordens do aparelho locomotor, auxílio na tomada de decisão clínica e desfecho para eficácia de intervenções terapêuticas. No entanto, têm sido evidenciadas algumas barreiras para utilizá-la apropriadamente. Nesse sentido, limitações em relação ao protocolo de medida, propriedades psicométricas de seus procedimentos e ausência de valores normativos de pressão plantar proporcionam análises dependentes da expertise profissional e de comparações pré e pós-intervenção. Ainda, a ausência de referências normativas de pressão plantar a ser alcançada no tratamento resulta em diagnósticos precipitados e análises fragilizadas. Objetivo: O estudo de tese foi inicialmente conduzido com objetivo de identificar a reprodutibilidade e a concordância de protocolos abreviados de marcha para análise da pressão plantar dinâmica em adultos (Artigo 1). Em seguida, concentrou-se em identificar a reprodutibilidade da plataforma Footwork Pro com finalidade de mensurar indicadores estáticos e dinâmicos de pressão plantar (Artigo 2). Na sequência, o intuito foi identificar a influência de sexo e idade na estrutura do pé e nos indicadores de pressão plantar durante a marcha (Artigo 3). Por fim, procurou-se disponibilizar valores normativos equivalentes aos indicadores de pressão plantar em posição ortostática e durante a marcha tendo como referência amostra representativa de adultos (Artigo 4 e 5). Métodos: para realizar o estudo de tese recorreu-se a três diferentes amostras não probabilística composta por adultos aparentemente saudáveis, de ambos os sexos, com idade entre 18 e 64 anos. As amostras foram constituídas por residentes da cidade de Londrina, Paraná, que atenderam voluntariamente ao convite para participar de cada uma das etapas do estudo. O primeiro artigo contou com a participação de 15 adultos submetidos aos diferentes protocolos de baropodometria dinâmica: midgait, one-step e three-step em três momentos distintos (inicial, após um dia e após sete dias). Pico de pressão plantar e integral pressão/tempo foram dimensionados por meio da função AutoMask do software FootWork Pro 2.9.1. Foram consideradas oito máscaras podais: hálux; outros dedos; primeiro metatarso; segundo e terceiro metatarso; quarto e quinto metatarso; médio pé; região interna de calcâneo e região externa de calcâneo. A reprodutibilidade dos dados envolvendo os três momentos (inicial, após um dia e após sete dias) obtidos por intermédio dos diferentes protocolos foi identificada mediante Anova one-way e coeficiente de correlação intraclasse, enquanto a concordância entre escores de pico de pressão plantar e integral pressão/tempo mediante o uso dos protocolos midgait, one-step e three-step foi analisada por meio do teste t de Student para dados pareados, correlação momento-produto de Pearson, diferença média das variações individuais acompanhada do respectivo desvio-padrão e plotagem de Bland-Altman. Por sua vez, o artigo 2 contou com a participação de 49 adultos submetidos aos procedimentos de baropodometria estática e dinâmica em dois momentos distintos (inicial e réplica após sete dias) mediante o uso de plataforma de pressão modelo Footwork Pro. Através da baropodometria estática foram dimensionados pico de pressão plantar, área de contato plantar e distribuição das proporções da massa corporal. Para o procedimento de baropodometria dinâmica, recorreu-se ao protocolo three-step e foram analisados pico de pressão plantar, tempo de contato e área de contato plantar em três regiões (antepé, médiopé e retropé). A reprodutibilidade das medidas envolvendo os dois momentos (inicial e réplica após sete dias) foi analisada mediante teste t de Student para dados pareados, coeficiente de correlação de concordância e cálculo da diferença média acompanhada do desvio-padrão das variações individuais entre momento inicial e réplica. A amostra que deu origem aos artigos 3, 4 e 5 foi constituída por 608 participantes, sendo que os indicadores de pressão plantar em postura ortostática e durante a marcha foram identificados mediante plataforma modelo Footwork Pro. No caso da pressão plantar estática foram identificados valores equivalentes ao pico de pressão plantar e à área de contato plantar, enquanto a pressão plantar dinâmica foi representada pelos valores de pico de pressão plantar e integral pressão/tempo em três regiões: antepé, médio pé e retropé. Para identificar diferenças estatísticas entre sexo e idade relativas à estrutura do pé e aos indicadores de pressão plantar recorreu-se à análise de variância two-way, acompanhada do teste de comparações múltiplas post-hoc de Fisher-Bonferroni. Valores normativos equivalentes à pressão plantar estática e dinâmica foram disponibilizados mediante posição relativa dos dados por intermédio da distribuição dos percentis 5, 10, 25, 50, 75, 90 e 95. Resultados: quanto à reprodutibilidade e à concordância de diferentes protocolos de baropodometria dinâmica identificou-se que os protocolos abreviados de marcha, one-step e three-step apresentam indicadores estatísticos aceitáveis, não sendo observadas diferenças significativas entre a medida inicial, um dia após e réplica após sete dias. Contudo, as dimensões do coeficiente de correlação intraclasse sugeriram que o protocolo three-step apresenta dados equivalentes ao pico de pressão plantar e à integral pressão/tempo com mais elevada reprodutibilidade. Em relação à concordância entre os protocolos, em comparação com o protocolo padrão midgait, o protocolo one-step tendeu a subestimar os valores equivalentes ao pico de pressão plantar e integral pressão/tempo. Por sua vez, o protocolo three-step apresentou mais adequada concordância e dados mais próximos do protocolo padrão midgait. Portanto, em situação em que não seja possível utilizar o protocolo padrão midgait, sugere-se preferencialmente o emprego do protocolo abreviado three-step. Em relação à reprodutibilidade da plataforma Footwork Pro, indicadores estáticos de pressão plantar demonstraram valores clinicamente aceitáveis para mensurações realizadas em dois momentos distintos com intervalo de sete dias, sendo que, nos mesmos participantes e sob as mesmas condições experimentais, a plataforma tende a produzir medidas individuais de pico de pressão plantar, pressão plantar média e área de contato com baixo viés e estatisticamente consistentes; porém, com variações entre subestimações e superestimações conforme a máscara analisada. Quanto à influência de sexo na estrutura do pé e nos indicadores de pressão plantar durante a marcha, os achados apontaram que os homens apresentaram dimensões significativamente mais elevadas nas cinco medidas de antropometria podal consideradas no estudo e na área de contato plantar equivalente as máscaras podais de antepé, médio pé e retropé. Quanto ao pico de pressão plantar, não foram observadas diferenças significativas entre mulheres e homens nas três máscaras analisadas. No que se refere à influência da idade nas dimensões estruturais do pé, em ambos os sexos foram observadas diferenças significativas com o avanço da idade unicamente nas medidas de largura do antepé. Por outro lado, a idade não demonstrou influenciar as medidas equivalentes à área de contato plantar; contudo, em duas das três máscaras podais analisadas o pico de pressão plantar apresentou medidas estatisticamente diferentes. No caso da máscara de médio pé, as medidas mais elevadas foram identificas nos participantes com idade ≥ 55 anos, enquanto na máscara correspondente ao retropé medidas significativamente menores foram observadas com o avanço da idade. Por sua vez, as medidas de pico de pressão plantar equivalentes à máscara de antepé não demonstraram diferenças significativas relacionada à idade dos participantes. Para a proposição de valores normativos relacionados aos indicadores de pressão plantar foram empregadas as distribuições de percentis. No caso da pressão plantar em posição ortostática foram consideradas as dimensões da área de contato e do pico de pressão plantar, enquanto na pressão plantar durante a marcha foram consideradas dimensões do pico de pressão plantar e da integral pressão-tempo. Em ambas as situações, considerando a inexistência de diferenças significativas entre ambos os sexos, a distribuição dos valores de percentis equivalentes ao pico de pressão plantar foi disponibiliza conjuntamente para mulheres e homens. No entanto, devido a influência de sexo na área de contato plantar, a distribuição dos valores de percentis foi apresentada separadamente para homens e mulheres. Contribuição para a área de conhecimento: acredita-se que os achados do presente estudo de tese possam oferecer importantes informações quanto aos indicadores associados à pressão plantar envolvendo procedimentos de baropodometria estática e dinâmica, o que poderá contribuir de forma significativa para a ampliação de novos conhecimentos sobre as cargas plantares na postura ortostática e durante a marcha, além de auxiliar profissionais envolvidos com o diagnóstico, a reabilitação e o aprimoramento da função dos pés. No campo clínico, espera-se contribuir para tomadas de decisões assertivas, no sentido de optar por protocolos de medida adequados e detectar pacientes com necessidade de encaminhamento para avaliação-diagnóstico mais detalhada, contribuindo, desse modo, para minimizar eventuais agravamentos de saúde dos pés.
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Ainda, a ausência de referências normativas de pressão plantar a ser alcançada no tratamento resulta em diagnósticos precipitados e análises fragilizadas. Objetivo: O estudo de tese foi inicialmente conduzido com objetivo de identificar a reprodutibilidade e a concordância de protocolos abreviados de marcha para análise da pressão plantar dinâmica em adultos (Artigo 1). Em seguida, concentrou-se em identificar a reprodutibilidade da plataforma Footwork Pro com finalidade de mensurar indicadores estáticos e dinâmicos de pressão plantar (Artigo 2). Na sequência, o intuito foi identificar a influência de sexo e idade na estrutura do pé e nos indicadores de pressão plantar durante a marcha (Artigo 3). Por fim, procurou-se disponibilizar valores normativos equivalentes aos indicadores de pressão plantar em posição ortostática e durante a marcha tendo como referência amostra representativa de adultos (Artigo 4 e 5). Métodos: para realizar o estudo de tese recorreu-se a três diferentes amostras não probabilística composta por adultos aparentemente saudáveis, de ambos os sexos, com idade entre 18 e 64 anos. As amostras foram constituídas por residentes da cidade de Londrina, Paraná, que atenderam voluntariamente ao convite para participar de cada uma das etapas do estudo. O primeiro artigo contou com a participação de 15 adultos submetidos aos diferentes protocolos de baropodometria dinâmica: midgait, one-step e three-step em três momentos distintos (inicial, após um dia e após sete dias). Pico de pressão plantar e integral pressão/tempo foram dimensionados por meio da função AutoMask do software FootWork Pro 2.9.1. Foram consideradas oito máscaras podais: hálux; outros dedos; primeiro metatarso; segundo e terceiro metatarso; quarto e quinto metatarso; médio pé; região interna de calcâneo e região externa de calcâneo. 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Através da baropodometria estática foram dimensionados pico de pressão plantar, área de contato plantar e distribuição das proporções da massa corporal. Para o procedimento de baropodometria dinâmica, recorreu-se ao protocolo three-step e foram analisados pico de pressão plantar, tempo de contato e área de contato plantar em três regiões (antepé, médiopé e retropé). A reprodutibilidade das medidas envolvendo os dois momentos (inicial e réplica após sete dias) foi analisada mediante teste t de Student para dados pareados, coeficiente de correlação de concordância e cálculo da diferença média acompanhada do desvio-padrão das variações individuais entre momento inicial e réplica. A amostra que deu origem aos artigos 3, 4 e 5 foi constituída por 608 participantes, sendo que os indicadores de pressão plantar em postura ortostática e durante a marcha foram identificados mediante plataforma modelo Footwork Pro. No caso da pressão plantar estática foram identificados valores equivalentes ao pico de pressão plantar e à área de contato plantar, enquanto a pressão plantar dinâmica foi representada pelos valores de pico de pressão plantar e integral pressão/tempo em três regiões: antepé, médio pé e retropé. Para identificar diferenças estatísticas entre sexo e idade relativas à estrutura do pé e aos indicadores de pressão plantar recorreu-se à análise de variância two-way, acompanhada do teste de comparações múltiplas post-hoc de Fisher-Bonferroni. Valores normativos equivalentes à pressão plantar estática e dinâmica foram disponibilizados mediante posição relativa dos dados por intermédio da distribuição dos percentis 5, 10, 25, 50, 75, 90 e 95. Resultados: quanto à reprodutibilidade e à concordância de diferentes protocolos de baropodometria dinâmica identificou-se que os protocolos abreviados de marcha, one-step e three-step apresentam indicadores estatísticos aceitáveis, não sendo observadas diferenças significativas entre a medida inicial, um dia após e réplica após sete dias. Contudo, as dimensões do coeficiente de correlação intraclasse sugeriram que o protocolo three-step apresenta dados equivalentes ao pico de pressão plantar e à integral pressão/tempo com mais elevada reprodutibilidade. Em relação à concordância entre os protocolos, em comparação com o protocolo padrão midgait, o protocolo one-step tendeu a subestimar os valores equivalentes ao pico de pressão plantar e integral pressão/tempo. Por sua vez, o protocolo three-step apresentou mais adequada concordância e dados mais próximos do protocolo padrão midgait. Portanto, em situação em que não seja possível utilizar o protocolo padrão midgait, sugere-se preferencialmente o emprego do protocolo abreviado three-step. Em relação à reprodutibilidade da plataforma Footwork Pro, indicadores estáticos de pressão plantar demonstraram valores clinicamente aceitáveis para mensurações realizadas em dois momentos distintos com intervalo de sete dias, sendo que, nos mesmos participantes e sob as mesmas condições experimentais, a plataforma tende a produzir medidas individuais de pico de pressão plantar, pressão plantar média e área de contato com baixo viés e estatisticamente consistentes; porém, com variações entre subestimações e superestimações conforme a máscara analisada. Quanto à influência de sexo na estrutura do pé e nos indicadores de pressão plantar durante a marcha, os achados apontaram que os homens apresentaram dimensões significativamente mais elevadas nas cinco medidas de antropometria podal consideradas no estudo e na área de contato plantar equivalente as máscaras podais de antepé, médio pé e retropé. Quanto ao pico de pressão plantar, não foram observadas diferenças significativas entre mulheres e homens nas três máscaras analisadas. No que se refere à influência da idade nas dimensões estruturais do pé, em ambos os sexos foram observadas diferenças significativas com o avanço da idade unicamente nas medidas de largura do antepé. Por outro lado, a idade não demonstrou influenciar as medidas equivalentes à área de contato plantar; contudo, em duas das três máscaras podais analisadas o pico de pressão plantar apresentou medidas estatisticamente diferentes. No caso da máscara de médio pé, as medidas mais elevadas foram identificas nos participantes com idade ≥ 55 anos, enquanto na máscara correspondente ao retropé medidas significativamente menores foram observadas com o avanço da idade. Por sua vez, as medidas de pico de pressão plantar equivalentes à máscara de antepé não demonstraram diferenças significativas relacionada à idade dos participantes. Para a proposição de valores normativos relacionados aos indicadores de pressão plantar foram empregadas as distribuições de percentis. No caso da pressão plantar em posição ortostática foram consideradas as dimensões da área de contato e do pico de pressão plantar, enquanto na pressão plantar durante a marcha foram consideradas dimensões do pico de pressão plantar e da integral pressão-tempo. Em ambas as situações, considerando a inexistência de diferenças significativas entre ambos os sexos, a distribuição dos valores de percentis equivalentes ao pico de pressão plantar foi disponibiliza conjuntamente para mulheres e homens. No entanto, devido a influência de sexo na área de contato plantar, a distribuição dos valores de percentis foi apresentada separadamente para homens e mulheres. Contribuição para a área de conhecimento: acredita-se que os achados do presente estudo de tese possam oferecer importantes informações quanto aos indicadores associados à pressão plantar envolvendo procedimentos de baropodometria estática e dinâmica, o que poderá contribuir de forma significativa para a ampliação de novos conhecimentos sobre as cargas plantares na postura ortostática e durante a marcha, além de auxiliar profissionais envolvidos com o diagnóstico, a reabilitação e o aprimoramento da função dos pés. No campo clínico, espera-se contribuir para tomadas de decisões assertivas, no sentido de optar por protocolos de medida adequados e detectar pacientes com necessidade de encaminhamento para avaliação-diagnóstico mais detalhada, contribuindo, desse modo, para minimizar eventuais agravamentos de saúde dos pés.Confiabilidade de DadosAcuráciaPressão plantar em adultos: propriedades psicométricas de instrumentos de medida e proposição de valores normativosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisPrograma de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciências da Reabilitaçãoporreponame:Scientia – Repositório Institucionalinstname:Kroton Educacional S.A.instacron:KROTONinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALFERNANDO RAPHAEL PINTO GUEDES ROGERIO_Estudo de Tese_Versão Final.pdfFERNANDO RAPHAEL PINTO GUEDES ROGERIO_Estudo de Tese_Versão Final.pdfapplication/pdf3065456https://repositorio.pgsscogna.com.br//bitstream/123456789/37970/1/FERNANDO%20RAPHAEL%20PINTO%20GUEDES%20ROGERIO_Estudo%20de%20Tese_Versa%cc%83o%20Final.pdfe62382905433b3974df7b610dec5c4e1MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.pgsscogna.com.br//bitstream/123456789/37970/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/379702022-03-16 13:33:52.101oai:repositorio.pgsscogna.com.br:123456789/37970Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPRIhttps://repositorio.pgsscogna.com.br/oai/request.opendoar:2022-03-16T16:33:52falseRepositório InstitucionalPRIhttps://repositorio.pgsscogna.com.br/oai/request.repositorio@kroton.com.br || selma.elwein@cogna.com.bropendoar:2022-03-16T16:33:52Scientia – Repositório Institucional - Kroton Educacional S.A.false
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Objetivo: O estudo de tese foi inicialmente conduzido com objetivo de identificar a reprodutibilidade e a concordância de protocolos abreviados de marcha para análise da pressão plantar dinâmica em adultos (Artigo 1). Em seguida, concentrou-se em identificar a reprodutibilidade da plataforma Footwork Pro com finalidade de mensurar indicadores estáticos e dinâmicos de pressão plantar (Artigo 2). Na sequência, o intuito foi identificar a influência de sexo e idade na estrutura do pé e nos indicadores de pressão plantar durante a marcha (Artigo 3). Por fim, procurou-se disponibilizar valores normativos equivalentes aos indicadores de pressão plantar em posição ortostática e durante a marcha tendo como referência amostra representativa de adultos (Artigo 4 e 5). Métodos: para realizar o estudo de tese recorreu-se a três diferentes amostras não probabilística composta por adultos aparentemente saudáveis, de ambos os sexos, com idade entre 18 e 64 anos. As amostras foram constituídas por residentes da cidade de Londrina, Paraná, que atenderam voluntariamente ao convite para participar de cada uma das etapas do estudo. O primeiro artigo contou com a participação de 15 adultos submetidos aos diferentes protocolos de baropodometria dinâmica: midgait, one-step e three-step em três momentos distintos (inicial, após um dia e após sete dias). Pico de pressão plantar e integral pressão/tempo foram dimensionados por meio da função AutoMask do software FootWork Pro 2.9.1. Foram consideradas oito máscaras podais: hálux; outros dedos; primeiro metatarso; segundo e terceiro metatarso; quarto e quinto metatarso; médio pé; região interna de calcâneo e região externa de calcâneo. 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No caso da pressão plantar estática foram identificados valores equivalentes ao pico de pressão plantar e à área de contato plantar, enquanto a pressão plantar dinâmica foi representada pelos valores de pico de pressão plantar e integral pressão/tempo em três regiões: antepé, médio pé e retropé. Para identificar diferenças estatísticas entre sexo e idade relativas à estrutura do pé e aos indicadores de pressão plantar recorreu-se à análise de variância two-way, acompanhada do teste de comparações múltiplas post-hoc de Fisher-Bonferroni. Valores normativos equivalentes à pressão plantar estática e dinâmica foram disponibilizados mediante posição relativa dos dados por intermédio da distribuição dos percentis 5, 10, 25, 50, 75, 90 e 95. Resultados: quanto à reprodutibilidade e à concordância de diferentes protocolos de baropodometria dinâmica identificou-se que os protocolos abreviados de marcha, one-step e three-step apresentam indicadores estatísticos aceitáveis, não sendo observadas diferenças significativas entre a medida inicial, um dia após e réplica após sete dias. Contudo, as dimensões do coeficiente de correlação intraclasse sugeriram que o protocolo three-step apresenta dados equivalentes ao pico de pressão plantar e à integral pressão/tempo com mais elevada reprodutibilidade. Em relação à concordância entre os protocolos, em comparação com o protocolo padrão midgait, o protocolo one-step tendeu a subestimar os valores equivalentes ao pico de pressão plantar e integral pressão/tempo. Por sua vez, o protocolo three-step apresentou mais adequada concordância e dados mais próximos do protocolo padrão midgait. Portanto, em situação em que não seja possível utilizar o protocolo padrão midgait, sugere-se preferencialmente o emprego do protocolo abreviado three-step. Em relação à reprodutibilidade da plataforma Footwork Pro, indicadores estáticos de pressão plantar demonstraram valores clinicamente aceitáveis para mensurações realizadas em dois momentos distintos com intervalo de sete dias, sendo que, nos mesmos participantes e sob as mesmas condições experimentais, a plataforma tende a produzir medidas individuais de pico de pressão plantar, pressão plantar média e área de contato com baixo viés e estatisticamente consistentes; porém, com variações entre subestimações e superestimações conforme a máscara analisada. Quanto à influência de sexo na estrutura do pé e nos indicadores de pressão plantar durante a marcha, os achados apontaram que os homens apresentaram dimensões significativamente mais elevadas nas cinco medidas de antropometria podal consideradas no estudo e na área de contato plantar equivalente as máscaras podais de antepé, médio pé e retropé. Quanto ao pico de pressão plantar, não foram observadas diferenças significativas entre mulheres e homens nas três máscaras analisadas. No que se refere à influência da idade nas dimensões estruturais do pé, em ambos os sexos foram observadas diferenças significativas com o avanço da idade unicamente nas medidas de largura do antepé. Por outro lado, a idade não demonstrou influenciar as medidas equivalentes à área de contato plantar; contudo, em duas das três máscaras podais analisadas o pico de pressão plantar apresentou medidas estatisticamente diferentes. No caso da máscara de médio pé, as medidas mais elevadas foram identificas nos participantes com idade ≥ 55 anos, enquanto na máscara correspondente ao retropé medidas significativamente menores foram observadas com o avanço da idade. Por sua vez, as medidas de pico de pressão plantar equivalentes à máscara de antepé não demonstraram diferenças significativas relacionada à idade dos participantes. Para a proposição de valores normativos relacionados aos indicadores de pressão plantar foram empregadas as distribuições de percentis. No caso da pressão plantar em posição ortostática foram consideradas as dimensões da área de contato e do pico de pressão plantar, enquanto na pressão plantar durante a marcha foram consideradas dimensões do pico de pressão plantar e da integral pressão-tempo. Em ambas as situações, considerando a inexistência de diferenças significativas entre ambos os sexos, a distribuição dos valores de percentis equivalentes ao pico de pressão plantar foi disponibiliza conjuntamente para mulheres e homens. No entanto, devido a influência de sexo na área de contato plantar, a distribuição dos valores de percentis foi apresentada separadamente para homens e mulheres. Contribuição para a área de conhecimento: acredita-se que os achados do presente estudo de tese possam oferecer importantes informações quanto aos indicadores associados à pressão plantar envolvendo procedimentos de baropodometria estática e dinâmica, o que poderá contribuir de forma significativa para a ampliação de novos conhecimentos sobre as cargas plantares na postura ortostática e durante a marcha, além de auxiliar profissionais envolvidos com o diagnóstico, a reabilitação e o aprimoramento da função dos pés. No campo clínico, espera-se contribuir para tomadas de decisões assertivas, no sentido de optar por protocolos de medida adequados e detectar pacientes com necessidade de encaminhamento para avaliação-diagnóstico mais detalhada, contribuindo, desse modo, para minimizar eventuais agravamentos de saúde dos pés.
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