REFLEXÕES A RESPEITO DO USO DE AGROTÓXICOS EM MATO GROSSO DO SUL E SEUS EFEITOS SOBRE O AMBIENTE E À SAÚDE HUMANA
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Scientia – Repositório Institucional |
Texto Completo: | https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/34105 |
Resumo: | O agronegócio no Brasil, conhecido por sua alta produtividade, tem movimentado determinados setores da economia, fato relacionado ao uso de novas tecnologias, como maquinários modernos e insumos químicos apropriados, além da ocupação de novas áreas de cultivo. Entretanto, ações relacionadas ao ambiente, como a contaminação dos recursos naturais e alimentos, a perda da biodiversidade e o assoreamento dos recursos hídricos, por exemplo, são frequentes. A contaminação é um problema grave, pois pode afetar a saúde da população devido ao uso inadequado de produtos químicos, como os agrotóxicos, que podem estar relacionados ao aumento de doenças crônicas, como por exemplo, as neoplasias malignas. Deste modo, esse trabalho é direcionado à linha de pesquisa Sociedade, Ambiente e Desenvolvimento Regional Sustentável, objetivando identificar quais os principais agrotóxicos utilizados no estado de Mato Grosso do Sul e os riscos ambientais relacionados ao seu uso, além de estabelecer correlações entre a utilização de determinados produtos e o aumento da incidência de diferentes tipos de doenças crônicas, em especial o câncer. A identificação dos principais produtos utilizados e seus riscos foi obtida através da revisão de literatura e consulta a base de dados do IBAMA, através de pesquisa exploratória, de caráter descritivo. Os resultados indicaram que o glifosato (aminoácidos fosfonados - herbicida), 2,4 diclorofenoxiacético (herbicida), atrazina (triazina – herbecida), acefato (organofosforado – acaricida e inseticida), mancozebe (ditiocarbamato – fungicida e acaricida) e dicloreto de paraquate (bipiridilo – herbicida), forma os agrotóxicos mais comercializados, entre 2013 a 2018. Esses produtos oferecem riscos ambientais relacionados aos seus efeitos cumulativos no ambiente, aumentando o risco de contaminação humana. Em pesquisa baseada no banco de dados do DATASUS (2013 a 2019) foram evidenciadas que as morbidades hospitalares crônicas que acometeram a população e que podem estar associadas à exposição a agrotóxicos foram as neoplasias, alterações tireoidianas, demência, transtornos do humor, Alzheimer, Parkinson e o aborto espontâneo. Com base nos resultados é possível apontar uma provável conexão dessas morbidades, principalmente quando comparados com informações obtidas em regiões onde o consumo de agrotóxicos é menor, como no estado do Amazonas. Em relação aos tipos de câncer mais prevalentes, foi realizada a coleta de dados em prontuários de pacientes diagnosticados com esta patologia submetidos a procedimentos cirúrgicos nos serviços de oncologia do Hospital do Câncer Alfredo Abrão e Santa Casa de Campo Grande, no período de janeiro de 2015 a dezembro de 2019, orientada pelo programa Tabwin - DATASUS, sendo eles, pele, mama, intestino, útero e próstata respectivamente. As características químicas dos produtos utilizados e seus efeitos a longo prazo corroboram inúmeros trabalhos científicos que demonstram os riscos de seu uso, indicando a necessidade de orientação da população sobre a carência de medidas intervencionistas legais que garantam a proteção do ambiente e da saúde humana. |
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Deste modo, esse trabalho é direcionado à linha de pesquisa Sociedade, Ambiente e Desenvolvimento Regional Sustentável, objetivando identificar quais os principais agrotóxicos utilizados no estado de Mato Grosso do Sul e os riscos ambientais relacionados ao seu uso, além de estabelecer correlações entre a utilização de determinados produtos e o aumento da incidência de diferentes tipos de doenças crônicas, em especial o câncer. A identificação dos principais produtos utilizados e seus riscos foi obtida através da revisão de literatura e consulta a base de dados do IBAMA, através de pesquisa exploratória, de caráter descritivo. Os resultados indicaram que o glifosato (aminoácidos fosfonados - herbicida), 2,4 diclorofenoxiacético (herbicida), atrazina (triazina – herbecida), acefato (organofosforado – acaricida e inseticida), mancozebe (ditiocarbamato – fungicida e acaricida) e dicloreto de paraquate (bipiridilo – herbicida), forma os agrotóxicos mais comercializados, entre 2013 a 2018. 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