Ratamento conservador da síndrome do desfiladeiro torácico neurogênica: análise da funcionalidade e qualidade de vida

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: VELOSO, André Urquiza
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Scientia – Repositório Institucional
Texto Completo: https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/31362
Resumo: A síndrome do desfiladeiro torácico neurogênica é uma doença complexa e repleta de controvérsias, especialmente sobre seus aspectos terapêuticos. Embora o tratamento conservador seja a opção inicial de tratamento, não há evidência científica definitiva que comprove sua eficácia. O objetivo primário deste estudo é avaliar, no curto prazo, os efeitos do tratamento conservador da síndrome do desfiladeiro torácico neurogênica (SDTN) na qualidade de vida e funcionalidade dos membros superiores utilizando instrumentos validados (questionários SF-12 e DASH) em pacientes com o diagnóstico definitivo de SDTN baseado nos critérios diagnósticos clínicos CORE-TOS. Trata-se de uma revisão retrospectiva de banco de dados mantido de forma prospectiva de pacientes com SDTN. Foram incluídos para análise pacientes que preencheram os critérios clínicos diagnósticos CORE-TOS e completaram os questionários SF-12 e DASH na avaliação inicial e após 8 semanas de tratamento conservador que consistia em correção postural, fisioterapia, medicações para dor, orientações sobre ergonomia, alongamentos e exercícios domiciliares. Os escores dos questionários foram comparados nestes dois momentos. Melhora dos escores maior que meio desvio-padrão em qualquer um dos questionários foi considerado como um resultado positivo. Após 8 semanas de tratamento conservador, 32(57.1%) de um total de 56 pacientes apresentaram uma melhora clínica significante no componente físico (PCS) e/ou mental (MCS) do questionário SF-12 e/ou no questionário DASH. Foi observado também uma maior proporção de pacientes dentro da faixa normal do componente físico do questionário SF-12 (isto é, PCS>40) no seguimento em relação a avaliação inicial (26.8% vs. 10.7%, p=0.022). Nenhuma das variáveis clinicas analisadas (sexo, idade, peso, comorbidades, tipo de trauma, tipo de trabalho e duração dos sintomas) tiveram impacto significante no desfecho. O presente estudo mostra que o tratamento conservador apresenta um impacto positivo no curto prazo no aspecto físico da qualidade de vida e na funcionalidade dos membros superiores. Dentro desta coorte não foi possível identificar fatores preditivos específicos para indivíduos que mais poderiam se beneficiar do tratamento conservador.
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