Automedicação e riscos de intoxicação por benzodiazepínicos

• Autor(a) principal: VIEIRA, Ana Paula Rodrigues
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Scientia – Repositório Institucional
• Texto Completo: https://repositorio.pgsscogna.com.br//handle/123456789/55459
• topic: Benzodiazepínicos; Sistema nervoso central; Automedicação; Intoxicação; Risco

Os benzodiazepínicos são medicamentos hipnóticos e ansiolíticos muito utilizados na prática clínica, são prescritos para quadros graves de depressão, alteração de humor, insônia, inclusive outras condições relacionadas ao sistema nervoso central. Afetam as emoções e o comportamento do indivíduo gerando diversos efeitos adversos caracterizando tolerância e dependência pelo seu uso, induzindo prejuízos nas funções cognitivas e psicomotoras gerando desregrada e prolongada ingestão desses medicamentos (benzodiazepínicos) mesmo que em doses relativamente baixas. Os sinais e sintomas iniciais incluem sonolência, comprometimento do equilíbrio, função motora prejudicada, ataxia e fala arrastada. Reações adversas como ansiedade, delírio, agressividade e alucinações também podem aparecer. Nas últimas décadas, diversos estudos mostraram que a morbimortalidade relacionada a intoxicações medicamentosas por uso indiscriminado e clandestino de benzodiazepínicos obteve grande destaque como problema de saúde pública, aumentando de forma notável o número de internações e uso de protocolos para reversão de intoxicações. O uso impróprio e desqualificado de medicamentos benzodiazepínicos pode aumentar os riscos de mortalidade e ou de morbidade sobrecarregando o sistema de saúde público e privado. As intoxicações medicamentosas originadas pelo uso indiscriminado de benzodiazepínicos como causas de internações poderiam ser evitadas, diminuindo assim à demanda dos serviços de saúde e o custo financeiro ao poder público.