CARACTERIZAÇÃO FARMACODIAGNÓSTICA DE GUAÇATONGA (Casearia sylvestris SW) E PORANGABA (Cordia salicifolia ou Cordia ecalyculata Vell. / Boraginaceae)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: ALEXANDRE, KARLA DE PÍCOLI
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Scientia – Repositório Institucional
Texto Completo: https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/32095
Resumo: O mercado varejista de plantas medicinais composto por farmácias, drogarias e ervanarias, e atualmente sem mínima regulamentação em feiras-livres, não está livre de adulteração e/ou confusão de plantas e espécies. No comércio de plantas as Rubiáceas são habitualmente usadas como adulterantes das Cordia salicifolia Cham. A C.sylvestris é utilizada como adulterante de C.salicifolia, conhecida popularmente como porangaba, a qual é comercializada com suposta ação emagrecedora, aumentando desta forma, a ação antrópica sobre a espécie. Baseado no exposto, a proposta deste trabalho foi a de analisar o padrão de qualidade de drogas vegetais de guaçatonga e porangaba encontradas no mercado e utilizadas para fins terapêuticos. Para tanto, avaliou-se as amostras atendem aos requisitos de qualidade, referentes à autenticidade das plantas, determinou-se as características macroscópicas e organolépticas das drogas vegetais, avaliou-se o teor de extrativos, perda por dessecação e umidade, realizou-se uma análise fitoquímica preliminar no intuito de averiguar a presença de classes de marcadores e o teor de fenóis e flavonoides totais nas duas drogas vegetais estudadas. Com respeito às características macroscópicas e microscópicas, concluiu-se que as amostras comercializadas tratavam-se de verdadeiras espécimes de guaçatonga e porangaba. Com respeito ao controle de qualidade, o teor de cinzas totais, foi de 8,91% e 10,99% para a guaçatonga e a porangaba, respectivamente. Os códigos oficiais estabelecem o valor máximo de 10,0%, concluindo que a amostra de porangaba estaria fora desses padrões. Os parâmetros encontrados para a C.sylvestris estavam dentro da normalidade. O teor de extrativos determina a quantidade de substâncias com possibilidade de serem extraídas por um determinado solvente, no caso a água quente. O resultado obtido para guaçatonga foi de15,42% e de 15,00% para a porangaba. Os valores de umidade para ambas as plantas foram menores empregando-se a técnica de infravermelho, quando comparada à de perda por dessecação em estufa. Os dados obtidos mostram grupos de substâncias que podem ser empregadas na caracterização da matériaprima e mesmo de produtos acabados, como flavonoides, alcaloides, saponinas, dentre outros. O teor de fenóis totais na C.sylvestris foi muito maior quando comparado ao encontrado na C.salicifolia, enquanto que o teor de flavonoides totais foi muito similar entre as duas plantas analisadas. Os resultados apresentados contribuíram para estabelecer alguns parâmetros de qualidade das drogas vegetais analisadas.
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