Distocia por atonia uterina primária em cadelas: etiopatogenia, diagnóstico e tratamento

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: PINHEIRO, Larissa Santos
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Scientia – Repositório Institucional
Texto Completo: https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/44998
Resumo: A distocia refere-se a dificuldade ou incapacidade em expelir os fetos. Os fatores desencadeadores podem ser funcionais ou obstrutivos, os funcionais estão ligados à inércia uterina primária e secundária e os obstrutivos relacionados ao feto. A atonia ou inércia uterina primaria pode ser parcial, onde o feto passa do útero até a entrada pélvica e as forças abdominais conseguem expeli-lo, porém cessam ao nascimento dos outros filhotes; ou pode ser total, onde não há contração uterina. São causadas por fatores hormonais, nutricionais, ausência ou excesso dos líquidos fetais, síndrome do feto único, gestação múltipla, sobrecarga, desnutrição ou obesidade. A inercia uterina primária é a principal causa de distocia na cadela, e é o objeto de estudo do presente trabalho. Os fatores nutricionais que podem levar à inércia uterina são hipomagnesemia, hipocalcemia e hipoglicemia; além da obesidade e desnutrição. A nutrição no período gestacional, ou até mesmo antes da cadela emprenhar, é de grande importância, pois afeta diretamente os filhotes. Durante o pré-natal devem ser feitos exames laboratoriais e de imagem. As análises laboratoriais podem incluir hemograma completo, proteínas séricas, glicose, cálcio, fósforo e potássio; além da análise de corrimentos vaginais, se presentes. A radiografia pode auxiliar a prever uma distocia, porém a ultrassonografia é o exame ideal para este fim. O histórico e exames clínicos da paciente devem permitir que a causa ou causas da distocia sejam estabelecidas, a partir daí o médico veterinário pode elaborar um plano provisório de tratamento. As intervenções utilizadas quando há distocia podem ser conservadoras; manipulativo; medicamentoso, envolvendo terapia ecbólica; ou pode ser cirúrgico. A melhor forma de prevenir a distocia é com o acompanhamento gestacional com o médico veterinário, onde são realizados todos os exames que possam esclarecer a saúde da cadela e dos filhotes. Um manejo adequado antes da cadela emprenhar é o ideal, para que não seja necessárias mudanças nutricionais durante a gravidez. Em casos de raças com predisposição à distocia, esse cuidado deve ser redobrado. O acompanhamento gestacional garante que um parto que poderia ser emergencial seja planejado, resultando no bem da paciente e de seus filhotes.
id Krot_270bdd3e1ce1fa271ed001aa5bb3f7b0
oai_identifier_str oai:repositorio.pgsscogna.com.br:123456789/44998
network_acronym_str Krot
network_name_str Scientia – Repositório Institucional
repository_id_str
spelling PINHEIRO, Larissa Santos2022-07-28T12:35:24Z2022-07-28T12:35:24Z2022https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/44998A distocia refere-se a dificuldade ou incapacidade em expelir os fetos. Os fatores desencadeadores podem ser funcionais ou obstrutivos, os funcionais estão ligados à inércia uterina primária e secundária e os obstrutivos relacionados ao feto. A atonia ou inércia uterina primaria pode ser parcial, onde o feto passa do útero até a entrada pélvica e as forças abdominais conseguem expeli-lo, porém cessam ao nascimento dos outros filhotes; ou pode ser total, onde não há contração uterina. São causadas por fatores hormonais, nutricionais, ausência ou excesso dos líquidos fetais, síndrome do feto único, gestação múltipla, sobrecarga, desnutrição ou obesidade. A inercia uterina primária é a principal causa de distocia na cadela, e é o objeto de estudo do presente trabalho. Os fatores nutricionais que podem levar à inércia uterina são hipomagnesemia, hipocalcemia e hipoglicemia; além da obesidade e desnutrição. A nutrição no período gestacional, ou até mesmo antes da cadela emprenhar, é de grande importância, pois afeta diretamente os filhotes. Durante o pré-natal devem ser feitos exames laboratoriais e de imagem. As análises laboratoriais podem incluir hemograma completo, proteínas séricas, glicose, cálcio, fósforo e potássio; além da análise de corrimentos vaginais, se presentes. A radiografia pode auxiliar a prever uma distocia, porém a ultrassonografia é o exame ideal para este fim. O histórico e exames clínicos da paciente devem permitir que a causa ou causas da distocia sejam estabelecidas, a partir daí o médico veterinário pode elaborar um plano provisório de tratamento. As intervenções utilizadas quando há distocia podem ser conservadoras; manipulativo; medicamentoso, envolvendo terapia ecbólica; ou pode ser cirúrgico. A melhor forma de prevenir a distocia é com o acompanhamento gestacional com o médico veterinário, onde são realizados todos os exames que possam esclarecer a saúde da cadela e dos filhotes. Um manejo adequado antes da cadela emprenhar é o ideal, para que não seja necessárias mudanças nutricionais durante a gravidez. Em casos de raças com predisposição à distocia, esse cuidado deve ser redobrado. O acompanhamento gestacional garante que um parto que poderia ser emergencial seja planejado, resultando no bem da paciente e de seus filhotes.DistociaGestacãoCadelaAtoniaPré-natalDistocia por atonia uterina primária em cadelas: etiopatogenia, diagnóstico e tratamentoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisMedicina Veterináriaporreponame:Scientia – Repositório Institucionalinstname:Kroton Educacional S.A.instacron:KROTONinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALLARISSA_SANTOS_PINHEIRO_TCC.pdfLARISSA_SANTOS_PINHEIRO_TCC.pdfapplication/pdf490013https://repositorio.pgsscogna.com.br//bitstream/123456789/44998/1/LARISSA_SANTOS_PINHEIRO_TCC.pdf471ffd1a486c7a41d410ae7263288709MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.pgsscogna.com.br//bitstream/123456789/44998/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/449982022-07-28 09:35:24.079oai:repositorio.pgsscogna.com.br:123456789/44998Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPRIhttps://repositorio.pgsscogna.com.br/oai/request.opendoar:2022-07-28T12:35:24falseRepositório InstitucionalPRIhttps://repositorio.pgsscogna.com.br/oai/request.repositorio@kroton.com.br || selma.elwein@cogna.com.bropendoar:2022-07-28T12:35:24Scientia – Repositório Institucional - Kroton Educacional S.A.false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Distocia por atonia uterina primária em cadelas: etiopatogenia, diagnóstico e tratamento
title Distocia por atonia uterina primária em cadelas: etiopatogenia, diagnóstico e tratamento
spellingShingle Distocia por atonia uterina primária em cadelas: etiopatogenia, diagnóstico e tratamento
PINHEIRO, Larissa Santos
Distocia
Gestacão
Cadela
Atonia
Pré-natal
title_short Distocia por atonia uterina primária em cadelas: etiopatogenia, diagnóstico e tratamento
title_full Distocia por atonia uterina primária em cadelas: etiopatogenia, diagnóstico e tratamento
title_fullStr Distocia por atonia uterina primária em cadelas: etiopatogenia, diagnóstico e tratamento
title_full_unstemmed Distocia por atonia uterina primária em cadelas: etiopatogenia, diagnóstico e tratamento
title_sort Distocia por atonia uterina primária em cadelas: etiopatogenia, diagnóstico e tratamento
author PINHEIRO, Larissa Santos
author_facet PINHEIRO, Larissa Santos
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv PINHEIRO, Larissa Santos
dc.subject.por.fl_str_mv Distocia
Gestacão
Cadela
Atonia
Pré-natal
topic Distocia
Gestacão
Cadela
Atonia
Pré-natal
description A distocia refere-se a dificuldade ou incapacidade em expelir os fetos. Os fatores desencadeadores podem ser funcionais ou obstrutivos, os funcionais estão ligados à inércia uterina primária e secundária e os obstrutivos relacionados ao feto. A atonia ou inércia uterina primaria pode ser parcial, onde o feto passa do útero até a entrada pélvica e as forças abdominais conseguem expeli-lo, porém cessam ao nascimento dos outros filhotes; ou pode ser total, onde não há contração uterina. São causadas por fatores hormonais, nutricionais, ausência ou excesso dos líquidos fetais, síndrome do feto único, gestação múltipla, sobrecarga, desnutrição ou obesidade. A inercia uterina primária é a principal causa de distocia na cadela, e é o objeto de estudo do presente trabalho. Os fatores nutricionais que podem levar à inércia uterina são hipomagnesemia, hipocalcemia e hipoglicemia; além da obesidade e desnutrição. A nutrição no período gestacional, ou até mesmo antes da cadela emprenhar, é de grande importância, pois afeta diretamente os filhotes. Durante o pré-natal devem ser feitos exames laboratoriais e de imagem. As análises laboratoriais podem incluir hemograma completo, proteínas séricas, glicose, cálcio, fósforo e potássio; além da análise de corrimentos vaginais, se presentes. A radiografia pode auxiliar a prever uma distocia, porém a ultrassonografia é o exame ideal para este fim. O histórico e exames clínicos da paciente devem permitir que a causa ou causas da distocia sejam estabelecidas, a partir daí o médico veterinário pode elaborar um plano provisório de tratamento. As intervenções utilizadas quando há distocia podem ser conservadoras; manipulativo; medicamentoso, envolvendo terapia ecbólica; ou pode ser cirúrgico. A melhor forma de prevenir a distocia é com o acompanhamento gestacional com o médico veterinário, onde são realizados todos os exames que possam esclarecer a saúde da cadela e dos filhotes. Um manejo adequado antes da cadela emprenhar é o ideal, para que não seja necessárias mudanças nutricionais durante a gravidez. Em casos de raças com predisposição à distocia, esse cuidado deve ser redobrado. O acompanhamento gestacional garante que um parto que poderia ser emergencial seja planejado, resultando no bem da paciente e de seus filhotes.
publishDate 2022
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2022-07-28T12:35:24Z
dc.date.available.fl_str_mv 2022-07-28T12:35:24Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2022
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/44998
url https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/44998
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Scientia – Repositório Institucional
instname:Kroton Educacional S.A.
instacron:KROTON
instname_str Kroton Educacional S.A.
instacron_str KROTON
institution KROTON
reponame_str Scientia – Repositório Institucional
collection Scientia – Repositório Institucional
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.pgsscogna.com.br//bitstream/123456789/44998/1/LARISSA_SANTOS_PINHEIRO_TCC.pdf
https://repositorio.pgsscogna.com.br//bitstream/123456789/44998/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 471ffd1a486c7a41d410ae7263288709
8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Scientia – Repositório Institucional - Kroton Educacional S.A.
repository.mail.fl_str_mv repositorio@kroton.com.br || selma.elwein@cogna.com.br
_version_ 1809460241969971200