Educação para a morte e suas contribuições para a graduação da psicologia

• Autor(a) principal: MARTINI, Tatiane Rodrigues dos Santos
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Scientia – Repositório Institucional
• Texto Completo: https://repositorio.pgsscogna.com.br//handle/123456789/62798
• topic: Morte; Processo de morrer; Educação para a morte; Luto; Psicologia

O fato de que a morte faz parte do desenvolvimento humano, convida a refletir de que a única certeza que temos na vida é de que um dia todos morreremos. Contudo, a morte é um assunto que muitas pessoas preferem evitar, no qual observa-se que tal fato pode estar relacionado a dificuldade que o ser humano encontra em lidar com o desconhecido, por isso o receio e a recusa diante do fato de perder algum ente querido ou até mesmo de estar diante da sua própria finitude, causando sofrimento, angústia, medo e muitas vezes repulsas quando tenta-se compreender a morte, visto que ela é o fim da sua própria vida. Portanto, a relevância deste estudo se deve ao fato do psicólogo ser um dos profissionais que mais atua no acolhimento do luto, nos mais diversos contextos, sendo ele o profissional que acolhe, escuta, orienta e ajuda o paciente a elaborar suas questões, esclarecendo dúvidas e auxiliando nos processos e conflitos gerados no decorrer da vida, contudo, almeja-se compreender, qual a relevância da educação para a morte na graduação da psicologia? Para tanto, os objetivos propostos foram conceituar a morte, o processo de morrer e os efeitos do luto dentro da perspectiva da tanatologia, visando explanar as dificuldades em falar de morte e os impactos gerados na saúde mental, correlacionando-os entre a relevância de educação para a morte na graduação da psicologia. Por conseguinte, para a elaboração desta pesquisa bibliográfica foram utilizados os meios digitais, livros e artigos, com buscas nos portais de periódicos eletrônicos da Scielo, catálogo de teses e scholar google. Embora, falar sobre a morte, o processo de morrer e o luto ainda seja restrito a conversas veladas, falas encobertas por dinâmicas que mascare a verdadeira face dos acontecimentos, seja por medo da dor, seja por receio de ser repreendido pelos outros, o qual muitas vezes julgam inconveniente tocar no assunto, embora, muitas vezes pertinente e necessário, mas que, na maioria das vezes a morte elucida a tristeza que dissemina uma expressão de ser feliz que contradiz a idealização de uma permanência inerte de perfeição e alegria na vida do ser humano, visivelmente presente no contexto da sociedade atual, privando-o de vivenciar o momento de dor e tristeza, de acolher seus sentimentos e de vivenciar em plenitude sua experiencia de vida. Contudo, entende-se que mesmo que seja um tema delicado, é possível praticar uma comunicação clara e uma linguagem adequada conforme a situação apresentada, é possível explanar que a morte faz parte do ciclo de vida de todos os seres vivos e que ela pode ser encarada com mais naturalidade, porque observa-se que falar de morte é falar de vida.