Attalea geraensis Barb. Rodr. (ARECACEAE): Uma abordagem ambiental e metabolômica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SILVA, Bruno Carlos Feliciano de Lima
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Scientia – Repositório Institucional
Texto Completo: https://repositorio.pgsscogna.com.br//handle/123456789/67388
Resumo: O Brasil abriga a maior biodiversidade do planeta, sendo o Cerrado o segundo maior bioma que concentra as espécies endêmicas com potenciais medicinais do país. Estas espécies têm sido foco para o desenvolvimento de medicamentos e de diversos outros produtos, devido aos metabólitos secundários que produzem e que auxiliam na proteção contra diversos microrganismos, dentre eles, os fungos fitopatogênicos, os quais podem acarretar problemas na agricultura e perda econômica. O objetivo deste estudo foi caracterizar quimicamente o extrato etanólico das folhas verdes de A. geraensis Barb. Rodr. e avaliar o seu potencial antifúngico frente a isolados de M. phaseolina e R. solani, de interesse ambiental e agronômico. Folhas de A. geraensis foram coletadas em área de Cerrado no Mato Grosso do Sul-MS. O extrato etanólico foi obtido por uma sequência de métodos extrativos: turbólise, seguido de maceração e repouso em banho de ultrassom. O extrato bruto foi submetido à prospecção fitoquímica, à análise por Espectrometria de Massas e aos ensaios antifúngicos. Os resultados da prospecção fitoquímica demonstraram a presença de cumarinas, esteroides, flavonoides, antraquinonas, compostos fenólicos, heterosídeos cardiotônicos, triterpenos, taninos e saponinas, sendo que as antraquinonas estão sendo descritas pela primeira vez no gênero Attalea. Foram identificados oito flavonoides glicosilados: quercetina, isorhamnetina, rhamnazina, quercetina 3-O-hexose, isorhamnetina 3-O-hexose, rhamnazina 3-O-hexose, keiosídeo e rhamnazina 3- O-rutinosídeo, sendo que seis deles estão sendo descritos pela primeira vez em A. geraensis. O extrato etanólico avaliado demonstrou capacidade de inibir o crescimento micelial de ambos os fungos, onde as maiores concentrações do extrato demonstraram as maiores inibições dos fungos. Os metabólitos secundários presentes na espécie avaliada, principalmente os flavonoides, foram considerados os responsáveis pelo potencial antifúngico. Foi possível concluir que o extrato etanólico das folhas verdes de A. geraensis é uma alternativa natural para o controle de M. phaseolina e R. solani.
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O extrato etanólico foi obtido por uma sequência de métodos extrativos: turbólise, seguido de maceração e repouso em banho de ultrassom. O extrato bruto foi submetido à prospecção fitoquímica, à análise por Espectrometria de Massas e aos ensaios antifúngicos. Os resultados da prospecção fitoquímica demonstraram a presença de cumarinas, esteroides, flavonoides, antraquinonas, compostos fenólicos, heterosídeos cardiotônicos, triterpenos, taninos e saponinas, sendo que as antraquinonas estão sendo descritas pela primeira vez no gênero Attalea. Foram identificados oito flavonoides glicosilados: quercetina, isorhamnetina, rhamnazina, quercetina 3-O-hexose, isorhamnetina 3-O-hexose, rhamnazina 3-O-hexose, keiosídeo e rhamnazina 3- O-rutinosídeo, sendo que seis deles estão sendo descritos pela primeira vez em A. geraensis. 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