A automedicação na pandemia: o uso irracional de medicamentos sem eficácia comprovada contra a COVID-19

• Autor(a) principal: LEMOS, Luana Alves
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Scientia – Repositório Institucional
• Texto Completo: https://repositorio.pgsscogna.com.br//handle/123456789/65008
• topic: Automedicação; Pandemia; Medicamentos

Devido às práticas de automedicação, o uso de antibióticos está aumentando. Esses antibióticos costumam ser aconselhados por leigos em família, pelos próprios pacientes com base em informações disponíveis na internet, pelos amigos do paciente, pelo aproveitamento de sobras do estoque de medicamentos em casa, pela falta de tempo ou reutilizando receitas antigas para comprar medicamentos. Diante disso, tem-se a importância da comunidade acadêmica estudar sobre tal tema, visto que os padrões de consumo de medicamentos no Brasil chamaram a atenção durante a pandemia da COVID-19. No cerne da questão está o que é conhecido como "tratamento precoce" ou "kit-covid": uma combinação de medicamentos sem evidências científicas sólidas, que inclui a hidroxicloroquina ou cloroquina, e está associada à azitromicina, ivermectina e nitazoxanida, além do zinco e vitaminas C e D. O objetivo geral é discorrer sobre o papel do farmacêutico diante do uso irracional de medicamentos sem eficácia comprovada contra a COVID-19. O trabalho em questão trata-se de uma revisão da literatura, as bases de dados utilizadas foram o Google acadêmico e o Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), pesquisando artigos nos idiomas de português e inglês, procurou-se artigos mais recentes 2011- 2021. A pandemia da Covid-19 causou falta de leitos hospitalares, leitos de UTI e ventiladores. Também afetou a disponibilidade de mão de obra médica porque médicos e enfermeiras já estavam doentes ou isolados. Mesmo em uma pandemia moderada, leitos hospitalares e ventiladores estiveram escassos em áreas geográficas onde a epidemia ocorreu, ou em comparação com grandes centros médicos acadêmicos, hospitais rurais e pequenos têm menos espaço, pessoas e suprimentos.