Assistência a mulher vítima de violência sexual: atuação do enfermeiro

• Autor(a) principal: ABREU, Julieth Moreno
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Scientia – Repositório Institucional
• Texto Completo: https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/33646
• topic: Enfermagem; Violência contra mulher; Violência sexual

A violência sexual contra a mulher é considerada um grande problema de saúde pública, que atinge todas as classes sociais. Objetivou-se conhecer a atuação do enfermeiro frente à mulher vítima da violência sexual. O presente estudo trata-se de uma revisão de literatura com abordagem qualitativa e descritiva, com pesquisas bibliográficas em livros acadêmicos, revistas científicas e sites confiáveis indexados nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde(BVS), na Base de dados da Literatura Latino-Americana e do Caribe, em Ciências da Saúde (LILACS) e na Biblioteca Virtual Scientific Electronic Library online (SciELO). Os resultados foram divididos em três capítulos, a saber: principais causas da violência sexual à mulher e seu reconhecimento imediato enquanto vítima, a atuação do enfermeiro no apoio assistencial às mulheres vítimas da violência sexual e as dificuldades enfrentadas pelos profissionais enfermeiros no atendimento e investigação às mulheres vítimas de violência sexual. Entre as causas, encontrou-se: a cultura do machismo, a falta de acesso à saúde, à educação e aos serviços de segurança públicos, à doença do agressor, à recidiva da violência sexual, ao consumo de álcool e drogas e a banalização e estímulo da mídia. Em relação às condutas do enfermeiro, observouse: acolhimento, escuta qualificada, exame físico, orientações sobre a anticoncepção de emergência e gravidez indesejada e notificação compulsória. Sobre as dificuldades enfrentadas pelos profissionais enfermeiros no atendimento e investigação às mulheres vítimas de violência sexual, verificou-se a falta treinamento e de identificação de vestígios de agressão sexual pelos enfermeiros; escassez de material e/ou insumos hospitalares, o espaço físico limitado e a falta de planejamento e capacitação nas unidades de saúde; inexistência de implementação de protocolo específico direcionado para atendimento das vítimas de violência sexual em unidades básica e hospitalares, embora haja Norma Técnica (NT) do Ministério da Saúde (MS); coleta de dados insuficiente em relação à entrevista, ao resultado de exames físicos, dados do agressor, além da falta de conhecimento de quem acolheu e ausência de notificação compulsória. Assim, salienta-se a necessidade do tema violência sexual contra a mulher ser mais pesquisado por enfermeiros, sabendo que o cuidado prestado a essas mulheres é na sua maioria realizada pela classe de enfermagem.