O tratamento do Transtorno do Espectro Autista na percepção da psicanálise

• Autor(a) principal: BAUERMANN, Ana Paula dos Santos
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Scientia – Repositório Institucional
• Texto Completo: https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/41887
• topic: Transtorno do Espectro Autista; Psicanálise; Autismo; Tratamento; Percepção

A psicanálise é uma vertente da psicologia que investiga e interpreta os processos reprimidos presentes no inconsciente, que provocam sofrimentos psíquico, cujo sintomas se manifestam no indivíduo e são incompreensíveis no primeiro momento, para tanto, utiliza-se a associação livre, técnica criada por Sigmund Freud, pai da psicanálise. Exposto essa introdutória, o presente trabalho de conclusão de curso buscou apresentar como ocorre o tratamento do transtorno do espectro autista (TEA) na percepção da psicanálise, visto que, o TEA é caracterizado como sendo um transtorno do neurodesenvolvimento que compromete aspectos do desenvolvimento humano, tais como: comunicação, cognição, habilidades sociais e comportamento. Possui prevalência maior em pessoas do sexo masculino com manifestação dos sintomas nos primeiros anos de vida. Isto posto, buscou justificar a importância do conhecimento e compreensão do tratamento de um transtorno cujo sintomas, exige do paciente o engajamento no setting terapêutico, a fala e, por consequente a transferência. Tais características de funcionamento do paciente, requer do analista um manejo clínico diferencial, diante da metodologia de intervenção de clínica psicológica apresentada anteriormente, a saber, a psicanálise. Nesse sentido, o trabalha apresenta em seu desenvolvimento os contextos históricos do transtorno do espectro autista e da psicanálise, bem como, seus conceitos e definições, abordando as técnicas e manejo clínico psicanalítico para o tratamento do referido transtorno, apontando, por fim, que o tratamento do TEA na percepção da psicanálise se estabelece em intervenções como o manejo da transferência; a reestruturação psíquica através do desenvolvimento da capacidade simbólica; o tratamento com ênfase no jogo simbólico; e a aquisição da linguagem. Foi evidenciado que o tratamento do TEA na percepção psicanalítica ocorre com intervenções clínicas de finalidades iguais para pessoas neurotípicas, porém, com maneiras diferenciadas no que se refere ao manejo clínico e postura do terapeuta, em sua investigação e interpretação da subjetividade e do inconsciente da pessoa com autismo, desenvolvendo na criança autista a apropriação de uma voz legítima, constituição do Outro como ser possuidor de significantes e como consequente, sua autonomia e bem estar no seu modo de ser no mundo. Para a realização do trabalho foram feitas pesquisas bibliográficas, classificadas como descritiva e qualitativa.