Piometra em cadelas

• Autor(a) principal: MISSONO, Giovanna Yukari
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Scientia – Repositório Institucional
• Texto Completo: https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/49446
• topic: Piometra; Cadelas; Hiperplasia Endometrial Cística; Infecção uterina em cadelas

Descrita por se tratar de uma infecção bacteriana, a piometra é uma enfermidade que afeta o sistema reprodutivo das cadelas, decorrente de um prolongado estímulo de hormônios no organismo, mais especificamente, de progesterona. Se enquadra como uma das afecções mais comumente apresentadas na clínica de pequenos animais, acometendo em sua grande maioria, cadelas acima dos 6 anos de idade, não castradas e ou submetidas ao tratamento hormonal contraceptivo. É observada no período do diestro, onde o útero é influenciado pela progesterona, e essa por sua vez, quando apresentada em grandes quantidades e combinada às bactérias presentes como a Escherichia coli, tornam o ambiente favorável para o desenvolvimento da infecção. A piometra pode ser encontrada de forma aberta, que é quando há a presença de corrimento vaginal mucopurulento e sanguinolento, sinal clínico muito característico da enfermidade. Em contrapartida, quando se apresenta de forma fechada, não há evidencias tão características, apenas manifestações inconclusivas como letargia, anorexia, poliúria, polidipsia e distensão abdominal. Nesta situação, torna-se uma emergência, necessitando de métodos de diagnóstico mais precisos, como a ultrassonografia. O diagnóstico se torna mais conclusivo quando realizado através de métodos como exame físico, hemograma, perfil bioquímico sérico, urinálise e radiografia. O tratamento medicamentoso com base em prostaglandinas é uma opção para casos fora de risco, entretanto, não são curativos e a recidiva é esperada. A ovariohisterectomia ainda é o tratamento de eleição para esta enfermidade, por se tratar de um recurso rápido, seguro e eficaz. A mortalidade varia de 5% a 8% relacionada ao tratamento cirúrgico, tornando o prognóstico do paciente bom quando o procedimento é escolhido e realizado.