Cardiomiopatia dilatada em cães

• Autor(a) principal: LUIZ, Damaris Milene
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Scientia – Repositório Institucional
• Texto Completo: https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/49445
• topic: Disfunção sistólica; Arritmias; Dilatação; Insuficiência Cardíaca; Diagnóstico precoce

Caracterizada por disfunção sistólica com dilatação do ventrículo esquerdo ou de ambos os ventrículos, a cardiomiopatia dilatada é a segunda doença cardíaca mais prevalente em cães, representando até 10% dos diagnósticos da rotina cardiológica veterinária. Doença de origem idiopática, mas estudos comprovam genes associados a enfermidade, tais quais nas raças mais predispostas PDK4 em Dobermann, STRN em Boxer, múltiplos loci em Wolfhound Irlandês. Todos os cães podem desenvolver, mas os de porte grande e gigantes são mais predispostos, onde os machos têm maior probabilidade a apresentar alterações estruturais mais precocemente, A manifestação clínica é dividida basicamente em estágios oculto e sintomático. O estágio oculto é caracterizado pela presença de alterações elétricas e/ou morfológicas e ausência de sinais clínicos. Os cães podem apresentar o estágio oculto longo até o desenvolvimento de insuficiência cardíaca de forma aguda ou morte súbita. O estágio sintomático é definido pela presença de insuficiência cardíaca esquerda ou biventricular, e clinicamente podem apresentar fraqueza, anorexia, intolerância ao exercício, síncope, dispneia, edema de membros, ascite e morte súbita. O diagnóstico é confirmado por meio de ecocardiograma e/ou Holter, são considerados padrão-ouro, Cães de raças predispostas devem ser monitora dos anualmente a partir dos três anos de idade. Os biomarcadores cardíacos constituem recursos diagnósticos ultimamente estudados para auxiliar tanto no diagnóstico, quanto no prognóstico delas. O tratamento tem a finalidade de minimizar os efeitos da insuficiência cardíaca, sendo instituído de acordo com a fase da doença em que o animal se encontra. O prognóstico após início dos sinais clínicos é desfavorável. A realização de exames periódicos é de grande importância para obter o diagnóstico precoce e intervir de maneira a retardar a progressão da doença.