Assistência humanizada da enfermagem no paciente portador do transtorno de personalidade borderline

• Autor(a) principal: BEZERRA, Camille Claudel dos Santos
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Scientia – Repositório Institucional
• Texto Completo: https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/33942
• topic: Transtorno de personalidade borderline; Transtorno de personalidade; Humanização na saúde

Os transtornos de personalidade são bastante frequentes na psiquiatria. Cerca de 10% a 13% da população mundial pode acabar sofrendo destes, nos quais o transtorno de personalidade Borderline ou transtorno de personalidade limítrofe faz parte dos 4% de transtornos graves de personalidade. Levando em conta a complexidade da doença e a falta de estudos científicos aplicados sobre o assunto, foi identificado tal problema: Como o enfermeiro pode prestar uma assistência humanizada ao paciente psiquiátrico portador do Transtorno de personalidade Borderline? Objetivo geral: Demonstrar a importância do enfermeiro a respeito da conduta com o paciente Borderline para se obter uma assistência humanizada. Metodologia: Foi realizada uma revisão de literatura dos trabalhos publicados no período dos últimos 15 anos, presentes nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (BIREME). Resultados: Durante muito tempo o termo Borderline esteve situado dentro do espectro das psicoses, sendo associado à esquizofrenia, e só em 1980 migrou para os distúrbios de personalidade, podendo assim ter sua devida atenção. O transtorno tem as seguintes características: Relações interpessoais extremamente instáveis, medo de abandono, comportamento suicida e de automutilação, impulsividade em áreas auto lesivas, sentimento crônico de vazio, descontrole da raiva, depressão, ansiedade, comportamento imprevisível, além de aspectos intrapsíquicos, entre outros. O tratamento inclui medicação controlada para alívio dos sintomas, associado à psicoterapia. Após a reforma psiquiátrica, houve uma reestruturação do modelo assistencial, permitindo assim serviços especializados como: o centro de atenção psicossocial, o centro de convivência e núcleos de atenção psicossocial. Conclusão: Ao se tratar da importância do cuidado da saúde mental e a relevância do profissional da enfermagem capacitado no cuidado específico, o profissional deve conhecer e compreender o contexto em que se insere o portador de Borderline, para que assim possa oferecer apoio e orientações importantes, podendo auxiliá-lo a ser ativo em seu processo terapêutico e capaz de aplicar a SAE (Sistematização da Assistência de Enfermagem). Outro foco importante da pesquisa foi a própria saúde mental dos profissionais da saúde, que apresentaram um adoecimento psíquico significativo, fruto de diversas situações do cotidiano e condições de trabalho. Tal sofrimento acaba por prejudicar a vida pessoal, acadêmica e profissional deste profissional, e deve receber sua devida atenção.