A mídia televisiva e a construção das subjetividades dos adolescentes de classes populares

• Autor(a) principal: BOIANI, Fábio Marcos Fonseca
• Data de Publicação: 2013
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Scientia – Repositório Institucional
• Texto Completo: https://repositorio.pgsscogna.com.br//handle/123456789/67637
• topic: Adolescentes de classes populares; Comunicação

Esta dissertação tem como tema a subjetividade do adolescente de classes populares, residentes na periferia de São Paulo e sua relação com a mídia, buscando compreender a influência da mídia, mais especificamente a televisiva, na construção da subjetividade desse segmento social. O objetivo foi identificar qual o papel da televisão, mídia de maior acesso da população em geral, na construção da subjetividade desse adolescente, a partir da análise da relação que se estabelece entre a sociedade e os meios de comunicação. Embora haja uma produção significativa que tem como tema a constituição da subjetividade desse público, tendo como elemento instituinte, a mídia televisiva, consideramos ainda inexpressiva, frente à necessidade de maior aprofundamento sobre a temática. Os sujeitos da pesquisa são adolescentes que fazem parte de um programa social, no bairro do Jaguaré, localizado na Região Oeste do município de São Paulo, patrocinado por uma empresa privada. O estudo de natureza qualitativa utilizou-se de entrevistas nãodiretivas, individuais e da análise bibliográfica sobre o conceito de adolescência e sua construção histórica, bem como a relação entre mídia, subjetividade e sociedade contemporânea, tendo como referência os autores que descrevem, interpretam e problematizam a condição cultural contemporânea e realizam análises da sociedade do consumo, como Kehl, 2004; Bauman (2008) e Fischer (1996). A análise dos dados permitiu identificar aspectos e mecanismos presentes na mídia televisiva que podem estar associados à construção da subjetividade desse adolescente e como os discursos e imagens da mídia televisiva, ao gerarem práticas de consumo, criam modos de subjetivação de encontros cotidianos e de novas formas de convivência nos grandes centros urbanos. Verifica-se, também, que as imagens e discursos televisivos interferem na subjetividade desse adolescente e podem de certo modo, gerar situações conflitantes com a sociedade, cujo impacto na vida cotidiana evidencia um redesenho da realidade social.