Aspectos psicológicos relacionados à reabilitação de pacientes com síndrome do túnel do carpo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: DE SOUZA, Marana Tamie Uehara
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Scientia – Repositório Institucional
Texto Completo: https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/31367
Resumo: A Síndrome do Túnel do Carpo (STC) é considerada uma neuropatia grave, caracterizada por dor, perda de força muscular e comprometimento de atividades de vida diária. Embora existam relatos da relação entre quadros de dor crônica e aspectos psicológicos (ansiedade, depressão e estresse) são escassos estes estudos em pacientes com STC e não há relatos se a reabilitação dos pacientes pode promover efeito positivo sobre estes aspectos emocionais. Desta forma, este estudo objetivou caracterizar a prevalência de ansiedade, depressão e estresse e avaliar possível eficácia da reabilitação de membro superior de pacientes com STC sobre estes aspectos psicológicos na população de estudo. Neste estudo cross-over, 36 indivíduos com STC pós-intervenção cirúrgica foram submetidos à avaliação psicológica antes e após a reabilitação de membro superior (mobilização miofascial + auto alongamento) durante 8 semanas de tratamento. Para avaliação dos aspectos psicológicos, utilizou-se os questionários de ansiedade e depressão de Beck e Escala de Estresse Percebido. Verificou-se altos níveis de ansiedade, depressão e estresse em pacientes com STC na condição inicial do tratamento. Não foi observada diferença entre o nível de ansiedade pós-reabilitação de pacientes com STC (Mediana antes: 16,5 + 22,25 e Mediana após: 11 + 22,5) segundo o Teste de Wilcoxon (p=0,13). Por outro lado, verificou-se diferença estatisticamente significante entre o nível de depressão antes e após a reabilitação (Mediana antes: 15 + 18 e Mediana após: 11 + 10,5), segundo o Teste de Wilcoxon (p=0,04). Similarmente, verificou-se diferença estatisticamente significante entre o nível de estresse antes e após a reabilitação (Mediana antes: 24 + 16,5 e Mediana após: 19 + 13,25), segundo o Teste de Wilcoxon (p=0,02). Por meio da correlação, foi encontrado, após a intervenção fisioterápica, melhora na funcionalidade e por meio da correlação constatou-se uma redução nos escores de ansiedade e depressão, porém no estresse não foi estatisticamente significativo. A dor e estresse houve diferença estatisticamente significativa. A partir destes resultados, pode-se concluir que a reabilitação pós-cirúrgica apresentou efeito benéfico sobre a redução dos níveis de depressão e estresse em pacientes com STC.
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Neste estudo cross-over, 36 indivíduos com STC pós-intervenção cirúrgica foram submetidos à avaliação psicológica antes e após a reabilitação de membro superior (mobilização miofascial + auto alongamento) durante 8 semanas de tratamento. Para avaliação dos aspectos psicológicos, utilizou-se os questionários de ansiedade e depressão de Beck e Escala de Estresse Percebido. Verificou-se altos níveis de ansiedade, depressão e estresse em pacientes com STC na condição inicial do tratamento. Não foi observada diferença entre o nível de ansiedade pós-reabilitação de pacientes com STC (Mediana antes: 16,5 + 22,25 e Mediana após: 11 + 22,5) segundo o Teste de Wilcoxon (p=0,13). Por outro lado, verificou-se diferença estatisticamente significante entre o nível de depressão antes e após a reabilitação (Mediana antes: 15 + 18 e Mediana após: 11 + 10,5), segundo o Teste de Wilcoxon (p=0,04). Similarmente, verificou-se diferença estatisticamente significante entre o nível de estresse antes e após a reabilitação (Mediana antes: 24 + 16,5 e Mediana após: 19 + 13,25), segundo o Teste de Wilcoxon (p=0,02). Por meio da correlação, foi encontrado, após a intervenção fisioterápica, melhora na funcionalidade e por meio da correlação constatou-se uma redução nos escores de ansiedade e depressão, porém no estresse não foi estatisticamente significativo. A dor e estresse houve diferença estatisticamente significativa. 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