Acompanhamento psicológico no processo de transplante cardíaco: a percepção do paciente

• Autor(a) principal: PEREIRA, Karina Apolinária
• Data de Publicação: 2018
• Outros Autores: Psicologia
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Scientia – Repositório Institucional
• Texto Completo: https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/35797
• topic: Transplante cardíaco; Avaliação psicológica; Paciente; Percepção; Hospital

O adoecimento e internação hospitalar são vivenciados com grande sofrimento e desgaste emocional. Nesse contexto, as doenças cardiovasculares são grandes responsáveis por boa parte das internações, e havendo intensificação dos sintomas, o transplante cardíaco torna-se o único tratamento que promove aumento da sobrevida e qualidade de vida aos pacientes. Porém, a decisão para entrar na fila de transplante não é uma tarefa fácil, a começar pelo enfrentamento de angústias, medos e dúvidas vivenciados ao lidar com a ideia de que terá o coração de outra pessoa em seu próprio corpo, já que esse órgão é carregado de inúmeras simbologias, tendo grande representatividade cultural sobre o amor, a vida e a morte. Com isso, torna-se imprescindível a atuação do psicólogo nesse processo, ficando o profissional responsável por fazer a avaliação do estado psíquico e emocional do paciente para entrar na fila de transplante, assim como realização do acompanhamento psicoterápico durante todo o processo. Na presente pesquisa, buscou-se compreender através de revisão da literatura descritiva e qualitativa de publicações sobre o tema, como o paciente percebe e aceita o acompanhamento psicológico durante o processo de transplante cardíaco. Como resultado, a princípio foram apresentadas as características do processo de transplante cardíaco desde a indicação para realização da cirurgia, passando pela fila de espera e finalizando no período pós-cirúrgico. Foi percebido que durante o processo o paciente passa por diversas fases de sofrimento, angústias e medos, que na sua maioria, estão vinculados ao fato de se tratar do transplante do coração, órgão carregado de grandes simbologias sociais. Em seguida, foi discutido a respeito da adesão dos pacientes submetidos ao transplante cardíaco, às consultas psicológicas ambulatoriais no período pós-cirúrgico. Nesse período o paciente tende a buscar apoio de amigos, familiares e também do profissional de psicologia para lhe oferecer suporte, tornandose esse um de seus grandes mecanismos de defesa. Por fim, foram apresentadas as características presentes no acompanhamento psicológico em todas as fases do processo de transplante cardíaco e observou-se que esse profissional é de suma importância para promover efetivação de qualidade nos aspectos biopsicossociais de acordo com a necessidade de cada paciente.