A espiritualidade na promoção da saúde mental: a capacidade humana de autotranscendência

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: TOLEDO, Natália Aparecida Braga
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Scientia – Repositório Institucional
Texto Completo: https://repositorio.pgsscogna.com.br//handle/123456789/64733
Resumo: O presente trabalho tem como tema e subtema A espiritualidade na Promoção da Saúde mental: A capacidade humana de autotranscedência. O objetivo é evidenciar a espiritualidade, onde pode contribuir efetivamente na saúde mental de um indivíduo. Saudável existencialmente é despertar a novas capacidades, as mudanças, e enfrentar e aceitar as contradições, as surpresas desagradáveis, ser um ser humano criativo em busca de novas possibilidades saudáveis. O adoecimento contemporâneo está na cultura moderna tendo sua finalidade o pessimismo cético e o otimismo ingênuo. Onde no pessimismo cético a dimensão da existência está no imediatismo do consumo, na busca pelos desejos; e no otimismo ingênuo uma falsa realização de segurança do futuro, não existe um equilíbrio, estando sempre em nada depende de nós, melhor aproveitar o momento, e o tudo depende exclusivamente de nós, não tendo o equilíbrio de viver o aqui e agora, visando sempre o futuro, na busca de querer sempre mais e mais para garantir o bem-estar no futuro, esses dois modos de viver se alimentam. Durante parte do século passado, os profissionais da área da saúde mental tinham uma visão antiquada e patológica acerca da espiritualidade/religiosidade, acreditavam que conforme o desenvolvimento da humanidade ia crescendo a forma espiritual desapareceria. Todas as afirmações sobre o impacto da religiosidade na saúde mental são experiências clínicas e opiniões pessoais, não basearam em pesquisas científicas. A metodologia utilizada foi a revisão de literatura, com o levantamento bibliográfico de artigos e pesquisas publicados em revistas médicas e psicológicas de referência, onde mostram uma visão positiva entre a espiritualidade/religiosidade e a saúde mental, isso deu somente nas duas últimas décadas, atualmente, existe uma tendência positiva para a aproximação. A interdisciplinaridade é um desafio na prática em saúde contemporânea. De um lado temos a necessidade de apurar e investigar o diagnóstico do paciente para o tratamento de doenças, outro lado o sujeito que sofre não aparece. É preciso conhecer a psicopatologia, é necessário identificar e verificar a individualidade do sujeito. Seja na história e na ciência, em seu campo religioso e espiritual, e na sua medida de existência, levar cada singularidade no viver aqui e agora, aonde a vida acontece, na urgência do sofrimento contemporâneo para intervir de forma assertiva. Na logoterapia a espiritualidade é a ontologia, onde o homem havendo a sua capacidade de perceber o sentido de sua existência na vida, ao encontrar esse movimento, ele é capaz de sair de si para ir além, por algo ou alguém. Somente o ser humano tem essa capacidade da transcendência. A busca de sentido no ser humano é uma necessidade para viver. A felicidade para o ser humano está na realização da sua existência, uma necessidade de vida que não está nos prazeres sexuais e materiais, como afirma no niilismo pós-moderno. É profundamente a maneira que o ser humano tem que viver e encarar a sua vida, onde até mesmo na morte, na dor e no sofrimento se consegue encontrar o sentido da vida. O homem atento à sua existência dotada de sentido, promove assim uma constante preservação da sua saúde mental.
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