Ressignificando a identidade masculina perante um grupo de mulheres do CRAS: uma experiência de estágio

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: FERNANDES, Rebecca Sant’ Ana Meriguete
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: SANTOS, Pâmella Vitória Moreno dos
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Scientia – Repositório Institucional
Texto Completo: https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/44711
Resumo: Esse artigo visa relatar as discussões e contribuições da psicologia acerca da identidade masculina com um grupo de mulheres de um Centro de Referência da Assistência Social de um município no estado do Espírito Santo. Sendo assim, o CRAS é um instrumento no campo das políticas públicas brasileiras, sendo um aparato de Proteção Social Básica pertencente à legislação da Política Nacional de Assistência Social (PNAS), que opera por meio do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). O objetivo desse artigo é o de discutir os estereótipos vinculados à identidade masculina e ampliar as possibilidades de mudanças de consciência e de olhares acerca da temática, visando à desconstrução e a reconstrução da subjetividade masculina por meio de discussões em um grupo de mulheres no CRAS. Esse artigo foi constituído mediante revisão de literatura e análise do diário de campo do estágio que, em modo narrado, contém as experiências vivenciadas em um CRAS localizado em um dos municípios do Espírito Santo. O artigo oferece uma proposta de intervenção por meio de encontro semanal no período de um mês no CRAS para realizar provas situacionais, dinâmicas de grupo e debates acerca da temática com um grupo de mulheres da Oficina de Tapete em Barbante. Essa proposta tem a finalidade de trabalhar a empatia, a solidariedade, a compreensão, os afetos e vínculos, e as relações interpessoais entre as participantes. Esse relato de experiência aborda sobre discussões levantadas e vivências obtidas na reunião com a Oficina de Tapete em Barbante, no mesmo CRAS, cujo trabalho do psicólogo promoveu a sensibilização do olhar das mulheres acerca da identidade masculina. Na referida reunião com esse grupo de mulheres, o psicólogo supervisor de campo agendou a exibição do documentário intitulado por: "O silêncio dos homens". O documentário foi transmitido e discutido, em um primeiro momento, apenas com homens do Grupo de Homens e, no segundo momento, exibido ao grupo de mulheres que participam da Oficina de Tapete em Barbante. Dentre os sucessos oriundos desse momento estão: as mudanças de perspectivas sobre o machismo e sobre a visão dos homens sobre suas identidades, papeis e representações sociais. Reconstruímos, de modo colaborativo e reflexivo, uma nova mentalidade no grupo de mulheres, a fim de que fossem promovidas diferentes atitudes e valores que auxiliem no acolhimento, abertura emocional e fortalecimento dos seus companheiros homens. Portanto, nosso trabalho enquanto psicólogos é o de entender e discutir os dilemas e complexidades existentes no tocante aos sofrimentos dos homens na sociedade atual, e diante disso, atuarmos de maneira ética, valorizando o sujeito e sua história de vida. Destacamos que é preciso, desde já, começarmos a trabalhar o nosso olhar e nossa escuta para a reflexão mais atenta ao nosso ambiente e ao que é trazido na fala, no comportamento e na história de vida das pessoas ao nosso redor.
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Esse artigo foi constituído mediante revisão de literatura e análise do diário de campo do estágio que, em modo narrado, contém as experiências vivenciadas em um CRAS localizado em um dos municípios do Espírito Santo. O artigo oferece uma proposta de intervenção por meio de encontro semanal no período de um mês no CRAS para realizar provas situacionais, dinâmicas de grupo e debates acerca da temática com um grupo de mulheres da Oficina de Tapete em Barbante. Essa proposta tem a finalidade de trabalhar a empatia, a solidariedade, a compreensão, os afetos e vínculos, e as relações interpessoais entre as participantes. Esse relato de experiência aborda sobre discussões levantadas e vivências obtidas na reunião com a Oficina de Tapete em Barbante, no mesmo CRAS, cujo trabalho do psicólogo promoveu a sensibilização do olhar das mulheres acerca da identidade masculina. 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