A pele e novos desafios: microbiota e os efeitos da toxina botulínica no tratamento de doenças inflamatórias
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Scientia – Repositório Institucional |
Texto Completo: | https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/38784 |
Resumo: | A pele é o maior órgão do corpo humano, sendo também o mais exposto devido a sua localização externa. Por ser tratar de um órgão extenso, apresenta características, propriedades físico-químicas e composição bacteriana diferentes ao longo da pele. A pele é considerada como uma barreira protetora, além disso mantém papel na homeostase do sistema imune inato, modulando a expressão de diversos fatores imunes como interleucinas, sistema complemento e peptídeos antimicrobianos. Neste sentido, além da participação da pele há também participação dos microrganismos residentes nestas atividades. Estudos recentes demonstraram diferenças na composição bacteriana em doenças da pele ocasionadas por distúrbios inflamatórios, como no caso da psoríase, que ocorre aumento da diversidade bacteriana local e redução da estabilidade desses microrganismos em comparação a microbiota da pele saudável. Doenças com etiologia causadas por distúrbios inflamatórios como a rosácea, hidradenite supurativa (HS), dermatite atópica (DA) e psoríase, podem também ter seu desenvolvimento associado à associação de fatores imunes e microbiota local. O uso da toxina botulínica (BoNT) tem sido explorado no tratamento de doenças inflamatórias da pele. Seu principal mecanismo de ação se dá pelo bloqueio de neurotransmissores, como a acetilcolina, no entanto em distúrbios inflamatórios, essa toxina pode apresentar outros mecanismos contribuindo para redução e melhora dos sintomas, como o bloqueio da degranulação de mastócitos em casos de rosácea, diminuindo rubor e eritema. Entretanto, os mecanismos envolvidos no tratamento com a toxina botulínica e as doenças infamatórias da pele ainda não estão completamente elucidados. Assim, esse trabalho teve como objetivo revisar a bibliografia publicada sobre a microbiota da pele e o uso da BoNT no tratamento de doenças inflamatórias da pele (rosácea, HS, DA e psoríase), realizar uma análise crítica da literatura e, dentro das limitações dos estudos publicados, elucidar e consolidar o conhecimento científico disponível até o momento. |
id |
Krot_7dc10bb171ef01cb7615f4dd7bc1eaaf |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.pgsscogna.com.br:123456789/38784 |
network_acronym_str |
Krot |
network_name_str |
Scientia – Repositório Institucional |
repository_id_str |
|
spelling |
CRESPO, Caroline de Codes2022-04-01T02:10:00Z2022-04-01T02:10:00Z2021https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/38784A pele é o maior órgão do corpo humano, sendo também o mais exposto devido a sua localização externa. Por ser tratar de um órgão extenso, apresenta características, propriedades físico-químicas e composição bacteriana diferentes ao longo da pele. A pele é considerada como uma barreira protetora, além disso mantém papel na homeostase do sistema imune inato, modulando a expressão de diversos fatores imunes como interleucinas, sistema complemento e peptídeos antimicrobianos. Neste sentido, além da participação da pele há também participação dos microrganismos residentes nestas atividades. Estudos recentes demonstraram diferenças na composição bacteriana em doenças da pele ocasionadas por distúrbios inflamatórios, como no caso da psoríase, que ocorre aumento da diversidade bacteriana local e redução da estabilidade desses microrganismos em comparação a microbiota da pele saudável. Doenças com etiologia causadas por distúrbios inflamatórios como a rosácea, hidradenite supurativa (HS), dermatite atópica (DA) e psoríase, podem também ter seu desenvolvimento associado à associação de fatores imunes e microbiota local. O uso da toxina botulínica (BoNT) tem sido explorado no tratamento de doenças inflamatórias da pele. Seu principal mecanismo de ação se dá pelo bloqueio de neurotransmissores, como a acetilcolina, no entanto em distúrbios inflamatórios, essa toxina pode apresentar outros mecanismos contribuindo para redução e melhora dos sintomas, como o bloqueio da degranulação de mastócitos em casos de rosácea, diminuindo rubor e eritema. Entretanto, os mecanismos envolvidos no tratamento com a toxina botulínica e as doenças infamatórias da pele ainda não estão completamente elucidados. Assim, esse trabalho teve como objetivo revisar a bibliografia publicada sobre a microbiota da pele e o uso da BoNT no tratamento de doenças inflamatórias da pele (rosácea, HS, DA e psoríase), realizar uma análise crítica da literatura e, dentro das limitações dos estudos publicados, elucidar e consolidar o conhecimento científico disponível até o momento.Toxina botulínicaMicrobiota da peleA pele e novos desafios: microbiota e os efeitos da toxina botulínica no tratamento de doenças inflamatóriasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisPrograma de Pós-Graduação Stricto Sensu em Biotecnologia e Inovação em Saúdeporreponame:Scientia – Repositório Institucionalinstname:Kroton Educacional S.A.instacron:KROTONinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALDissertação - final com ficha em PDF.pdfDissertação - final com ficha em PDF.pdfapplication/pdf1191165https://repositorio.pgsscogna.com.br//bitstream/123456789/38784/1/Dissertac%cc%a7a%cc%83o%20-%20final%20com%20ficha%20em%20PDF.pdf0107ec0c4098e370fa13f1f76dab2390MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.pgsscogna.com.br//bitstream/123456789/38784/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/387842022-03-31 23:10:00.513oai:repositorio.pgsscogna.com.br:123456789/38784Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPRIhttps://repositorio.pgsscogna.com.br/oai/request.opendoar:2022-04-01T02:10falseRepositório InstitucionalPRIhttps://repositorio.pgsscogna.com.br/oai/request.repositorio@kroton.com.br || selma.elwein@cogna.com.bropendoar:2022-04-01T02:10Scientia – Repositório Institucional - Kroton Educacional S.A.false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
A pele e novos desafios: microbiota e os efeitos da toxina botulínica no tratamento de doenças inflamatórias |
title |
A pele e novos desafios: microbiota e os efeitos da toxina botulínica no tratamento de doenças inflamatórias |
spellingShingle |
A pele e novos desafios: microbiota e os efeitos da toxina botulínica no tratamento de doenças inflamatórias CRESPO, Caroline de Codes Toxina botulínica Microbiota da pele |
title_short |
A pele e novos desafios: microbiota e os efeitos da toxina botulínica no tratamento de doenças inflamatórias |
title_full |
A pele e novos desafios: microbiota e os efeitos da toxina botulínica no tratamento de doenças inflamatórias |
title_fullStr |
A pele e novos desafios: microbiota e os efeitos da toxina botulínica no tratamento de doenças inflamatórias |
title_full_unstemmed |
A pele e novos desafios: microbiota e os efeitos da toxina botulínica no tratamento de doenças inflamatórias |
title_sort |
A pele e novos desafios: microbiota e os efeitos da toxina botulínica no tratamento de doenças inflamatórias |
author |
CRESPO, Caroline de Codes |
author_facet |
CRESPO, Caroline de Codes |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
CRESPO, Caroline de Codes |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Toxina botulínica Microbiota da pele |
topic |
Toxina botulínica Microbiota da pele |
description |
A pele é o maior órgão do corpo humano, sendo também o mais exposto devido a sua localização externa. Por ser tratar de um órgão extenso, apresenta características, propriedades físico-químicas e composição bacteriana diferentes ao longo da pele. A pele é considerada como uma barreira protetora, além disso mantém papel na homeostase do sistema imune inato, modulando a expressão de diversos fatores imunes como interleucinas, sistema complemento e peptídeos antimicrobianos. Neste sentido, além da participação da pele há também participação dos microrganismos residentes nestas atividades. Estudos recentes demonstraram diferenças na composição bacteriana em doenças da pele ocasionadas por distúrbios inflamatórios, como no caso da psoríase, que ocorre aumento da diversidade bacteriana local e redução da estabilidade desses microrganismos em comparação a microbiota da pele saudável. Doenças com etiologia causadas por distúrbios inflamatórios como a rosácea, hidradenite supurativa (HS), dermatite atópica (DA) e psoríase, podem também ter seu desenvolvimento associado à associação de fatores imunes e microbiota local. O uso da toxina botulínica (BoNT) tem sido explorado no tratamento de doenças inflamatórias da pele. Seu principal mecanismo de ação se dá pelo bloqueio de neurotransmissores, como a acetilcolina, no entanto em distúrbios inflamatórios, essa toxina pode apresentar outros mecanismos contribuindo para redução e melhora dos sintomas, como o bloqueio da degranulação de mastócitos em casos de rosácea, diminuindo rubor e eritema. Entretanto, os mecanismos envolvidos no tratamento com a toxina botulínica e as doenças infamatórias da pele ainda não estão completamente elucidados. Assim, esse trabalho teve como objetivo revisar a bibliografia publicada sobre a microbiota da pele e o uso da BoNT no tratamento de doenças inflamatórias da pele (rosácea, HS, DA e psoríase), realizar uma análise crítica da literatura e, dentro das limitações dos estudos publicados, elucidar e consolidar o conhecimento científico disponível até o momento. |
publishDate |
2021 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2021 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2022-04-01T02:10:00Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2022-04-01T02:10:00Z |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/38784 |
url |
https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/38784 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Scientia – Repositório Institucional instname:Kroton Educacional S.A. instacron:KROTON |
instname_str |
Kroton Educacional S.A. |
instacron_str |
KROTON |
institution |
KROTON |
reponame_str |
Scientia – Repositório Institucional |
collection |
Scientia – Repositório Institucional |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.pgsscogna.com.br//bitstream/123456789/38784/1/Dissertac%cc%a7a%cc%83o%20-%20final%20com%20ficha%20em%20PDF.pdf https://repositorio.pgsscogna.com.br//bitstream/123456789/38784/2/license.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
0107ec0c4098e370fa13f1f76dab2390 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Scientia – Repositório Institucional - Kroton Educacional S.A. |
repository.mail.fl_str_mv |
repositorio@kroton.com.br || selma.elwein@cogna.com.br |
_version_ |
1809460232629256192 |