Impacto da pandemia da COVID-19 na renda dos cirurgiões-dentistas no Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: BARROS, Rodrigo Lacerda de
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Scientia – Repositório Institucional
Texto Completo: https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/38665
Resumo: O objetivo deste estudo foi analisar o impacto da pandemia da COVID-19 na renda dos cirurgiões-dentistas no Brasil. Trata-se de um estudo transversal descritivo com análise de dados secundários, que teve como público-alvo os cirurgiõesdentistas inscritos em todos os estados do Brasil. O banco de dados, que serviu de fonte de informações para estudo, foi elaborado a partir de pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Odontologia entre os dias 25 de junho e 3 de julho de 2020 com a participação efetiva de 40.271 respondentes. A pesquisa contemplou dois grupos de questões, relacionadas às características sociodemográficas dos respondentes e aos efeitos da pandemia da COVID-19 na sua vida profissional. Do total de profissionais, 26.169 (65,2%) eram do sexo feminino, a maior parcela (49,3%) tinha idade entre 30,1 e 50 anos e 20.724 (51,46%) eram da Região Sudeste. O tempo de formação de 38,9% era inferior a 10 anos; 58,0% atuam em consultório próprio ou compartilhado; 64,3% não atendem por convênio nem trabalham em franquias e 72,2% continuaram trabalhando durante a pandemia, porém, com restrições. A pandemia da COVID-19 gerou um grande impacto na renda dos cirurgiões-dentistas de todo o Brasil. Antes da pandemia, 58% dos profissionais apresentavam renda entre R$ 3.001,00 e R$ 10.000,00 e durante a pandemia 51,6% apresentavam renda inferior a R$ 3.000,00. A pandemia não impactou uniformemente os profissionais, sendo que as cirurgiãs-dentistas e profissionais da Região Nordeste foram mais impactados. As profissionais do sexo feminino são mais jovens, tem menor tempo de formação, atuação semelhante aos profissionais do sexo masculino, porém com renda inferior antes e durante a pandemia. Os profissionais das regiões Norte e Nordeste do Brasil eram os que tinham menor renda antes da pandemia e se mantiveram nesse nível durante a pandemia, mas os profissionais da região Sudeste foram o que tiveram maior impacto em sua renda com a pandemia da COVID-19.
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