Atenção farmacêutica em psicofármacos

• Autor(a) principal: SANTOS, Anderson Marcos Costa
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Scientia – Repositório Institucional
• Texto Completo: https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/36665
• topic: Psicofármacos; Atenção farmacêutica; Saúde mental

Os distúrbios psiquiátricos são responsáveis por diversos agravos à vida de pacientes, como desconforto emocional, distúrbios de conduta, alteração em sua rotina habitual, sofrimento ou comprometimento de ordem psicológica, mental ou cognitiva. A genética, a química cerebral (problemas hormonais ou uso de substâncias tóxicas) e o estilo de vida são tidos como os principais desencadeadores dos distúrbios psiquiátricos. Desta forma, o profissional farmacêutico possui uma experiência única em farmacoterapia e estão entre os profissionais de saúde mais acessíveis e confiáveis; eles encontram-se diretamente envolvidos na dispensação dos medicamentos e através da interação farmacêutico-paciente, possuem uma posição privilegiada para avaliar as respostas dos pacientes ao tratamento, enfatizando a importância da adesão ou intervindo na terapia medicamentosa. A presente pesquisa tem por objetivo descrever o papel do farmacêutico na orientação correta na utilização de psicofármacos. Trata-se de uma revisão integrativa descritiva. Foram realizadas buscas nas bases eletrônicas de dados: PubMED, Lilacs e SciELO. Utilizando-se os seguintes descritores: Psicofármacos, Atenção farmacêutica e saúde mental. Foram selecionados 30 artigos no período de publicação de 2010 até 2020. Os resultados apontam que, os psicotrópicos, mais comumente conhecido como drogas psicoativas, são substâncias que agem no Sistema Nervoso Central (SNC) produzindo mudanças fisiológicas e alterações de comportamento, humor e cognição. São substâncias que podem ocasionar dependência física ou psíquica devido a sua grande propriedade reforçadora, que as tornam passíveis de autoadministração. Visto que se tratam de fármacos com potencial de dependência, é necessária a cautela para o uso seguro e racional destes. O uso racional de medicamentos, incluindo os psicotrópicos, está entre os objetivos e diretrizes da Política Nacional de Saúde (PNS), Política Nacional de Medicamentos (PNM) e da Política Nacional de Assistência Farmacêutica (PNAF), onde entre as ações estão aqueles referentes à atenção farmacêutica na gestão de uma farmacoterapia segura e racional. A função do farmacêutico diante da atenção farmacêutica no uso de psicotrópicos ultrapassa a simples dispensação de medicamentos e inclui a orientação do paciente quanto à possibilidade de desenvolver dependência dos medicamentos utilizados, informações sobre a forma correta de administração e armazenamento dos psicofármacos, o acompanhamento dos pacientes em uso dos medicamentos e quando necessário, a revisão da terapia e encaminhamento para outros profissionais de saúde. Portanto, diante da complexidade do adoecimento mental e do aumento progressivo do número de casos provocados pelo envelhecimento natural da população, pelo uso abusivo de substâncias químicas de ação central e pelo tipo de vida a que todos estão submetidos, torna -se necessário uma preocupação maior no que diz respeito à saúde mental.