Desmame precoce: O papel do enfermeiro na prevenção do desmame precoce

• Autor(a) principal: BARREIROS, Adriana Sales
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Scientia – Repositório Institucional
• Texto Completo: https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/50099
• topic: Amamentação; Desmame precoce; Enfermeiro; Cultura do desmame

O leite materno é considerado o melhor e mais completo alimento para o bebê, capaz de protege-lo contra inúmeras infecções e doenças desde o início da vida, além dos benefícios para o bebê, a amamentação traz inúmeros benefícios para a saúde materna, como: menor incidências de hemorragias após o parto, anemias, depressão pós-parto e câncer de mama. O leite materno é recomendado exclusivamente até o sexto mês de vida da criança e complementado com outros alimentos até os dois anos ou mais; porém; no Brasil, segundo dados atualizados do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição infantil, as taxas de aleitamento materno estão abaixo do recomendado pela Organização Mundial de Saúde. O desmame precoce é um problema de saúde pública, sua incidência ainda atinge mulheres e crianças em todo mundo, podendo ocasionar diversos prejuízos para a saúde materno infantil, sendo responsável ainda pelos altos índices de mortalidade infantil. Diversas são as causas que podem levar ao desmame precoce, desde a situação socioeconômica e cultural, a influência agressiva da indústria dos substitutos do leite materno, bicos, chupetas e mamadeiras, as complicações mamárias, até a falta de compromisso e conhecimento dos profissionais de saúde para orientar e solucionar problemas que poderiam ser resolvidos ou evitados se a mãe tivesse recebido orientação e manejo adequado. Conclui –se nesse trabalho que o enfermeiro é o coautor ativo e responsável pela promoção da amamentação e proteção do desmame precoce, uma vez que ele é o profissional com maior oportunidade de se relacionar com o binômio mãe e bebê, desde o pré-natal, puerpério até o retorno ao trabalho, protegendo a mãe e o bebê de informações infundadas sobre a amamentação. O enfermeiro é o profissional com olhar crítico, apto a solucionar problemas maternos relacionados a amamentação, como: mastites, ductos entupidos, traumas mamilares e outros. Portanto, faz-se necessário que esse profissional se mantenha embasado na ciência e atento as políticas públicas e aos conflitos de interesses oferecidos pela indústria dos substitutos do leite materno, uma vez que essa prática pode ocasionar impactos negativos na amamentação. A revisão bibliográfica foi a metodologia de escolha para esse trabalho. Foram revisados, livros, monografias, teses, dissertações, textos publicados em revistas cientificas, documentos oficiais de órgão públicos e artigos captados via internet, com destaque para trabalhos realizados nos últimos 5 anos, com exceção de alguns estudos teóricos e documentos históricos que fazem referência à Constituição Federal e ao Ministério da Saúde que constam na história e nas políticas públicas.