Paleomicrobiologia: aplicada no diagnóstico de tuberculose em múmias do antigo Egito

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: ANJOS, Gisele Souza dos
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Scientia – Repositório Institucional
Texto Completo: https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/40214
Resumo: A paleomicrobiologia permite o estudo de microrganismos encontrados em civilizações antigas. A civilização egípcia se destaca das demais, pois suas múmias facilitam a identificação de diversos microrganismos que vivem milênios infectando os seres humanos. No antigo Egito, o processo de mumificação teve uma contribuição inestimável para a ciência, pois por meio dela o conhecimento anatômico-fisiológico do ser humano foi ampliado e aprimorado ao longo do tempo. A contribuição egípcia para a história é extensa e se estende a praticamente todas as áreas conhecidas, da própria medicina à arquitetura e astrologia. Na medicina, os egípcios foram os pioneiros em tratados médicos na antiguidade, trazendo diagnósticos e tratamentos que influenciaram diretamente o que se conhece hoje. Os egípcios, assim como todas as civilizações que existiram e existirão, foram contaminados por diversos microrganismos patológicos. Um microrganismo recorrente nas infecções há milênios é a Mycobacterium tuberculosis, uma micobactéria que causa uma das doenças infecto-pulmonares mais letais, a tuberculose. Algumas lesões tuberculosas são comuns em vestígios mortais anteriores a criação dos antibióticos, pois a micobactéria atinge outros órgãos além dos pulmões, nos casos de tuberculose extrapulmonar. Nestes casos, uma das lesões facilmente encontradas nos restos mortais é chamada de Mal de Potts, caracterizada por lesões características na caixa torácica e na coluna vertebral. Por várias décadas, múmias egípcias foram submetidas a vários procedimentos para entender-se a maneira como viviam e morriam. A paleomicrobiologia consegue estabelecer uma conexão entre os egípcios e a tuberculose através do diagnóstico do complexo M. tuberculosis em várias múmias do antigo Egito, utilizando principalmente exames de imagem para detectar lesões causadas pela fase extrapulmonar da tuberculose e principalmente com extração e comparação do material genético material presente nos restos mortais, comparando o com a sequência genética do M. tuberculosis. Ao longo dos anos, o movimento denominado Egiptomania provocado no século 20 com a descoberta da tumba do Faraó Tutancâmon fez com que despertasse na humanidade um interesse acerca de tudo sobre o Egito antigo, e isso significa que tudo o que vem dessa civilização é considerado patrimônio cultural e histórico em todo o mundo, tornando os métodos invasivos em múmias difíceis de detectarem doenças infecciosas, no entanto, a cada década os métodos de diagnóstico em restos mortais estão melhorando e se tornando cada vez menos invasivos. No entanto, olhando para os tempos atuais, a tuberculose ainda é recorrente e fatal em vários lugares do mundo, levando à morte principalmente pessoas que vivem em países em desenvolvimento, tornando-se um problema de saúde global, que é cuidadosamente analisado pela Organização Mundial de Saúde periodicamente. Por meio de uma revisão bibliográfica de paleomicrobiologia, egiptologia e infectologia, foi possível compreender a recorrência endêmica da tuberculose desde os faraós até os dias atuais, concluindo que ainda existem várias possibilidades e meios a serem identificados e estudados para extinguir completamente a tuberculose da humanidade.
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Os egípcios, assim como todas as civilizações que existiram e existirão, foram contaminados por diversos microrganismos patológicos. Um microrganismo recorrente nas infecções há milênios é a Mycobacterium tuberculosis, uma micobactéria que causa uma das doenças infecto-pulmonares mais letais, a tuberculose. Algumas lesões tuberculosas são comuns em vestígios mortais anteriores a criação dos antibióticos, pois a micobactéria atinge outros órgãos além dos pulmões, nos casos de tuberculose extrapulmonar. Nestes casos, uma das lesões facilmente encontradas nos restos mortais é chamada de Mal de Potts, caracterizada por lesões características na caixa torácica e na coluna vertebral. Por várias décadas, múmias egípcias foram submetidas a vários procedimentos para entender-se a maneira como viviam e morriam. A paleomicrobiologia consegue estabelecer uma conexão entre os egípcios e a tuberculose através do diagnóstico do complexo M. tuberculosis em várias múmias do antigo Egito, utilizando principalmente exames de imagem para detectar lesões causadas pela fase extrapulmonar da tuberculose e principalmente com extração e comparação do material genético material presente nos restos mortais, comparando o com a sequência genética do M. tuberculosis. Ao longo dos anos, o movimento denominado Egiptomania provocado no século 20 com a descoberta da tumba do Faraó Tutancâmon fez com que despertasse na humanidade um interesse acerca de tudo sobre o Egito antigo, e isso significa que tudo o que vem dessa civilização é considerado patrimônio cultural e histórico em todo o mundo, tornando os métodos invasivos em múmias difíceis de detectarem doenças infecciosas, no entanto, a cada década os métodos de diagnóstico em restos mortais estão melhorando e se tornando cada vez menos invasivos. No entanto, olhando para os tempos atuais, a tuberculose ainda é recorrente e fatal em vários lugares do mundo, levando à morte principalmente pessoas que vivem em países em desenvolvimento, tornando-se um problema de saúde global, que é cuidadosamente analisado pela Organização Mundial de Saúde periodicamente. Por meio de uma revisão bibliográfica de paleomicrobiologia, egiptologia e infectologia, foi possível compreender a recorrência endêmica da tuberculose desde os faraós até os dias atuais, concluindo que ainda existem várias possibilidades e meios a serem identificados e estudados para extinguir completamente a tuberculose da humanidade.PaleomicrobiologiaDiagnósticoTuberculoseMúmiasEgitoPaleomicrobiologia: aplicada no diagnóstico de tuberculose em múmias do antigo Egitoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisBiomedicinaporreponame:Scientia – Repositório Institucionalinstname:Kroton Educacional S.A.instacron:KROTONinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALGISELE_SOUZA_DOS_ANJOS.pdfGISELE_SOUZA_DOS_ANJOS.pdfapplication/pdf1137830https://repositorio.pgsscogna.com.br//bitstream/123456789/40214/1/GISELE_SOUZA_DOS_ANJOS.pdf39f5b03a77b10d6b1de2c7859dfe08f7MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.pgsscogna.com.br//bitstream/123456789/40214/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/402142022-04-26 17:35:39.528oai:repositorio.pgsscogna.com.br:123456789/40214Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPRIhttps://repositorio.pgsscogna.com.br/oai/request.opendoar:2022-04-26T20:35:39falseRepositório InstitucionalPRIhttps://repositorio.pgsscogna.com.br/oai/request.repositorio@kroton.com.br || selma.elwein@cogna.com.bropendoar:2022-04-26T20:35:39Scientia – Repositório Institucional - Kroton Educacional S.A.false
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