Herpesvírus equino no Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MACHADO, Lilian Jessica Fonseca
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Scientia – Repositório Institucional
Texto Completo: https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/50229
Resumo: O herpesvírus equino é uma das doenças listadas pela OIE Office International des Epizooties (Organização Mundial da Saúde Animal), de relevância endêmica e patogenicidade, sendo de grande preocupação global, que culmina em doenças afetando um ou mais sistemas fisiológicos nestes animais, ocasionando prejuízo econômico na equideocultura. É um vírus de DNA, pertencente à família Herpesviridae da subfamília Alphaherpesvirinae, relatando-se quatorze estirpes existentes diferentes de cepas com potencial patogenicidade em equídeos, sendo a HVE-1 e a HVE-4, de especial importância por causa de sua ocorrência generalizada, sua diversidade evolutiva, alta capacidade de disseminação, induzindo a latência com período assintomático, no qual este estado de quiescência acaba dificultando o diagnóstico clínico e laboratorial. No Brasil há relatos de ocorrência desde 1966 do HVE-1 HVE-4, sem conseguir estabelecer exatamente a diferenciação da estirpe por alguns relatos, por causa da similaridade antigênica entre os dois, e o método realizado de soroneutralização e fixação de complemento. A estirpe HVE-1 tem tropismo pelo trato respiratório, reprodutivo e neurológico. Há estudos associando a mieloencefalopatia ao herpesvírus equino, pois ele pode atingir o SNC e desencadear alterações clínicas graves e de rápida evolução, infectando neurônios periféricos, alcançando o nervo trigêmeo, estabelecendo a infecção latente. A HVE-4 também acomete o trato respiratório, sendo os potros mais acometidos, se espalhando de maneira semelhante ao HVE-1. A diferenciação pode ser obtida através da inoculação do material suspeito em células equinas (derme) e rim de coelhos, pois o HVE-4 só consegue se multiplicar por cultivo celular da própria espécie. Há presença de HVE-2, HVE-3 e HVE-5 na população equina do país, em que o HVE-2 tem sido associado a ceratoconjuntivite, sinais respiratórios em cavalos. O EHV-3 é causador de doença venérea, que se manifesta por lesões papulares, pustulares e, por fim, ulcerativas na mucosa vaginal e no HVE-5 o vírus tem sido detectado tanto em animais sadios quanto em animais com sinais clínicos, em que a infecção geralmente acomete animais jovens. Vacinas são empregadas como forma de minimizar a disseminação, induzindo a proteção, a forma inativada tem demonstrado melhor proteção contra o aborto, porém tanto a inativada como atenuada não apresentou melhora nas manifestações neurológicas, no mais ambas exibem proteção contra doenças respiratórias. Foi realizado o levantamento de dados que indicam a prevalência das diferentes cepas do herpesvírus equino no Brasil, utilizando informações oriundas de trabalhos científicos, relatos de casos e artigos publicados. Destacou-se também o método de diagnóstico, sendo mais indicado o direto, isolamento viral ou PCR, por possuir maior sensibilidade, especificidade e confiabilidade. Nas medidas profiláticas ressaltou-se a importância da vacinação contra o HVE-1 e 4, que demonstrou comprovadamente a sua eficácia de curta duração na proteção na fase aguda da viremia, porém limitada, sem oferecer cobertura a outras cepas virais.
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No Brasil há relatos de ocorrência desde 1966 do HVE-1 HVE-4, sem conseguir estabelecer exatamente a diferenciação da estirpe por alguns relatos, por causa da similaridade antigênica entre os dois, e o método realizado de soroneutralização e fixação de complemento. A estirpe HVE-1 tem tropismo pelo trato respiratório, reprodutivo e neurológico. Há estudos associando a mieloencefalopatia ao herpesvírus equino, pois ele pode atingir o SNC e desencadear alterações clínicas graves e de rápida evolução, infectando neurônios periféricos, alcançando o nervo trigêmeo, estabelecendo a infecção latente. A HVE-4 também acomete o trato respiratório, sendo os potros mais acometidos, se espalhando de maneira semelhante ao HVE-1. A diferenciação pode ser obtida através da inoculação do material suspeito em células equinas (derme) e rim de coelhos, pois o HVE-4 só consegue se multiplicar por cultivo celular da própria espécie. 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