Quando o fim antecede o início: o enfrentamento dos profissionais de enfermagem no luto neonatal

• Autor(a) principal: CELESTE, Daniele Cristine Candido
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Scientia – Repositório Institucional
• Texto Completo: https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/45972
• topic: Enfermagem; Morte; Luto; Neonatalidade

Embora a morte seja um acontecimento bastante rotineiro no dia à dia dos profissionais de enfermagem, o tema é enfrentado como interdito, incompatível com a prática da enfermagem, muitos profissionais apresentam dificuldades em aceitar a morte como parte de um processo evolutivo, tornando-se inadmissível em especial quando bate às portas da neonatologia. Os seres humanos são permeados por sentimentos, um misto de tudo o que se traz como base e o que adquire-se ao longo da vida. Os profissionais da enfermagem cuidam daquilo que mais precioso nos foi dado, a vida, por essa razão o medo é uma companhia constante na vida desses profissionais, pela possibilidade de vê-la se exaurir diante de seus cuidados. Em se tratando de Unidades de Terapia Intensivas (UTIN`s) a apreensão é ainda maior, devido a fragilidade vida a ser cuidada, sem dúvida os profissionais desse setor devem ser melhores preparados, posto que, inevitavelmente em algum momento irão se deparar com a morte de um neonato. Diante dessa realidade é importante identificar os sentimentos desses profissionais diante da morte precoce e enfrentamento ao luto neonatal nas UTIN`s. Em linhas gerais o estudo tem como objetivo conhecer questões sobre o luto e suas fases; compreender a fragilidade dos cuidados prestados em neonatologia e apreciar as estratégias de enfrentamento dos profissionais envolvidos no processo de morte dentro das UTIN`s. A pesquisa tratase de um estudo descritivo, retrospectivo, do tipo revisão bibliográfica, tendo como questão norteadora o enfrentamento dos profissionais de enfermagem nas Unidades de Terapia Intensivas Neonatais diante da morte neonatal. Concluiu-se que a insuficiência de abordagem do tema diante do processo de formação dos profissionais de enfermagem, acarretando inúmeras consequências psicossomáticas nesses profissionais ao não compreender e aceitar a morte como um processo fisiológico e inevitável em muitos casos, por serem formados sob a égide da medicina curativa, tendo que lutar pelos próprios meios e lançar mãos de vária estratégias na tentativa de encarar com a naturalidade forçada que o evento requer.