Corpos feridos: angústia e desamparo na teoria psicanalítica com adolescentes

• Autor(a) principal: RAMOS, Jean Carlos Cáceres
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Scientia – Repositório Institucional
• Texto Completo: https://repositorio.pgsscogna.com.br//handle/123456789/60497
• topic: Adolescência; Psicanálise; Angústia; Desamparo; Automutilação

A visão da adolescência hoje muitas vezes é compreendida de maneira banalizada e com conhecimento raso das nuances desta fase do desenvolvimento. Grande parte da sociedade, por conta de muitos tabus, evita encarar as transformações, por vezes turbulentas do adolescer, isso explica essa incompreensão, aliada ao medo do próprio adolescente. É por isso, que se pretendeu compreender, se este esquecimento da atenção ao adolescente reverbera como um exemplo de desamparo sofrido, bem como, o não enfrentamento a este processo tão importante, compreendido pelos lutos característicos a esta fase. Deste modo, através da literatura psicanalítica da pesquisa de revisão bibliográfica qualitativa e descritiva, buscou-se entender partindo pelo acolhimento a maneira de viver do adolescente, que por sua vez são tão singulares e específicos, e ao mesmo tempo coletivamente buscam a própria razão, e a própria identidade. É somente percorrendo a missão do adolescer, que se entende o intuito dessa busca, cada indivíduo busca no outro e pelo outro, o amor, seja por medo ou desejo, da perda ou da descarga das pulsões. Para além das funções psíquicas, os fatores hormonais potencializam essa vivência, assim como, o ambiente, e a própria subjetividade. Da mesma forma que essa angústia pela perda do objeto de amor, e pelo acúmulo de pulsões, podem desencadear atos de sofrimento, podem também ser acolhidos pelo real cuidado, que escuta e limita. O que é considerado fundamental neste estudo foi o entendimento de que a adolescência é necessária, interpessoal, agregadora, e que se bem vivida é capaz de conquistas importantíssimas para o eu de cada um.