Diagnóstico e manejo da ansiedade e depressão no perinatal

• Autor(a) principal: SANTOS, Elaine Maciel da Silva dos
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Scientia – Repositório Institucional
• Texto Completo: https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/36518
• topic: Ansiedade; Depressão; Perinatal; Diagnóstico

O acompanhamento psicológico da mulher no perinatal pode alertar acerca da ansiedade e depressão nesse período e proporcionar um diagnóstico adequado, levando-se em consideração que trata-se de um período de desenvolvimento em sua vida por ser um desafio e uma ameaça à sua estrutura psicológica (Costa, 2004 apud Cordeiro, 1994). Os sentimentos de amparo e proteção proporcionados pelo acompanhamento psicológico são de extrema importância para que a gestante possa passar por essa fase com o máximo de empoderamento e autonomia para que possa cuidar de si e de seu bebê. É importante também a desmistificação da maternidade como um período mágico e a consciência de que as inseguranças e ansiedades também são naturais, mas, que há um limite acerca da repetição desses sintomas e sentimentos, que, quando apresentam prejuízos e sofrimento prolongados podem ser um sinal de que é necessário a ação de um profissional que utilize de técnicas para o manejo dos mesmos (Teodoro, 2010). Pesquisas científicas apontam que por conta das diversas transformações em todas as esferas de sua vida, a gestante torna-se mais vulnerável ao surgimento da depressão, que, somado a diversos outros fatores de risco, fazem com que as estatísticas da ocorrência da doença seja de uma em cada quatro (Arrais, Araújo e Schiavo, 2019). A partir disso, são oferecidas pela psicologia diversas técnicas e abordagens para se proporcionar o melhor bem estar da mãe e bebê, através de um trabalho conjunto entre uma equipe multidisciplinar que inclui um psicólogo, com contribuição também da família e da própria gestante. O suporte socioemocional necessário pode ser proporcionado através de programas de Pré Natal Psicológico, que estão, aos poucos, sendo implementados pelos órgãos públicos como complemento ao Pré Natal ginecológico e e tem como objetivo oferecer suporte e preparar a gestante e sua rede de apoio para que possam integrar o novo membro e se desenvolverem de maneira saudável. (Arrais, Araújo, Schiavo, 2019). Além disso, conforme citado por Bassan, Barbosa e Párraga (2016), é vital que o psicólogo tenha conhecimento também das fases da gestação e seus sintomas e características. “Sendo assim, o acompanhamento à gestante com um olhar humanizado, trabalhando o bem estar da mãe e do bebê e entendendo seus impactos no pré e pós parto é de extrema importância pois eles interferem na vinculação segura e o apego entre a díade” (KROB, GODOY, LEITE, MORI, 2017). O processo de vinculação é um fenômeno de dimensões biopsicossociais e complexo, no qual é importante perceber os diversos fatores que influenciam em sua construção, sendo eles sociológicos, fisiológicos e psicológicos. Desse modo, ao avaliar adequadamente os indicadores que levam à ansiedade e depressão, permite-se assegurar, através do suporte social, uma vinculação materna mais saudável. (SILVA, 2012).