O uso de agrotóxicos e o desenvolvimento do transtorno depressivo: Revisão de escopo.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Scientia – Repositório Institucional |
Texto Completo: | https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/36109 |
Resumo: | Introdução: O Brasil está entre os principais produtores agrícolas do mundo e nos últimos dez anos expandiu o mercado de agrotóxicos em 190%, tornando-o um dos maiores consumidores de agrotóxico mundial. A utilização de agrotóxicos ao longo dos anos é motivo de preocupação entre os órgãos ambientais e relacionados à saúde. Neste contexto, o trabalhador rural encontrase exposto a tais compostos químicos prejudiciais a saúde e podem desenvolver doenças como o transtorno depressivo decorrente dessa exposição que envolve sintomas físicos e comportamentais que causam sofrimento e interferem nas atividades habituais das pessoas. Objetivo: Mapear as evidências científicas sobre a relação entre a exposição aos agrotóxicos e o desenvolvimento do transtorno depressivo em trabalhadores rurais. Material e Métodos: Trata-se de um estudo de revisão de escopo (RE). Foram pesquisados estudos publicados em bases de dados indexadas: PubMed, Embase, Web of Science, LILACS e SCOPUS, sem restrição ao período de publicação e idioma. Por meio do mnemônico PCC (população, conceito e contexto), foi elaborada a estratégia de busca utilizando descritores do Decs e Mesh. Foram extraídos dados referentes ao tipo de estudo, delineamento da pesquisa, objetivos, caracterização da população estudada, tipo de agrotóxico, tempo de exposição, dosagem, uso de equipamentos de proteção individual, tipo de transtorno, sinais e sintomas, os resultados principais e a conclusão. Resultados: Foram encontrados 955 estudos. Após a aplicação dos critérios de elegibilidade e seleção dos estudos, foram incluídos 43 estudos para a revisão. A maioria dos estudos era transversal (48,8%), no idioma inglês (90,7%), realizados na Asia (30,2%) e América do Norte (30,2%). Em 65,1% dos estudos a depressão foi abordada e em 11,6% a ansiedade. Conclusão: Há evidências científicas que relacionam a exposição aos agrotóxicos e o desenvolvimento depressivo, assim como os fatores ocupacionais dos trabalhadores no dia a dia da agricultura em conjunto com a exposição aos pesticidas sugerem também o aparecimento da depressão. Entretanto, os sintomas mencionados não são suficientes para formar um diagnóstico do transtorno depressivo, bem como outros aspectos que envolvem a exposição aos agrotóxicos não foram devidamente elucidados. Torna-se necessário mais pesquisas no intuito de verificar quais mecanismos de ação dos pesticidas interferem na saúde mental dos agricultores expostos. |
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JAUDY, Thaissa Araújo Rachid2021-12-08T14:27:11Z2021-12-08T14:27:11Z2021https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/36109Introdução: O Brasil está entre os principais produtores agrícolas do mundo e nos últimos dez anos expandiu o mercado de agrotóxicos em 190%, tornando-o um dos maiores consumidores de agrotóxico mundial. A utilização de agrotóxicos ao longo dos anos é motivo de preocupação entre os órgãos ambientais e relacionados à saúde. Neste contexto, o trabalhador rural encontrase exposto a tais compostos químicos prejudiciais a saúde e podem desenvolver doenças como o transtorno depressivo decorrente dessa exposição que envolve sintomas físicos e comportamentais que causam sofrimento e interferem nas atividades habituais das pessoas. Objetivo: Mapear as evidências científicas sobre a relação entre a exposição aos agrotóxicos e o desenvolvimento do transtorno depressivo em trabalhadores rurais. Material e Métodos: Trata-se de um estudo de revisão de escopo (RE). Foram pesquisados estudos publicados em bases de dados indexadas: PubMed, Embase, Web of Science, LILACS e SCOPUS, sem restrição ao período de publicação e idioma. Por meio do mnemônico PCC (população, conceito e contexto), foi elaborada a estratégia de busca utilizando descritores do Decs e Mesh. Foram extraídos dados referentes ao tipo de estudo, delineamento da pesquisa, objetivos, caracterização da população estudada, tipo de agrotóxico, tempo de exposição, dosagem, uso de equipamentos de proteção individual, tipo de transtorno, sinais e sintomas, os resultados principais e a conclusão. Resultados: Foram encontrados 955 estudos. Após a aplicação dos critérios de elegibilidade e seleção dos estudos, foram incluídos 43 estudos para a revisão. A maioria dos estudos era transversal (48,8%), no idioma inglês (90,7%), realizados na Asia (30,2%) e América do Norte (30,2%). Em 65,1% dos estudos a depressão foi abordada e em 11,6% a ansiedade. Conclusão: Há evidências científicas que relacionam a exposição aos agrotóxicos e o desenvolvimento depressivo, assim como os fatores ocupacionais dos trabalhadores no dia a dia da agricultura em conjunto com a exposição aos pesticidas sugerem também o aparecimento da depressão. Entretanto, os sintomas mencionados não são suficientes para formar um diagnóstico do transtorno depressivo, bem como outros aspectos que envolvem a exposição aos agrotóxicos não foram devidamente elucidados. 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