DOENÇAS NEUROLÓGICAS EM LEITÕES DA FASE DE CRECHE DE GRANJAS COMERCIAIS DA REGIÃO NORTE DE MATO GROSSO

• Autor(a) principal: AIRES, JAQUELINE FALIGURSKI
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Scientia – Repositório Institucional
• Texto Completo: https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/32160
• topic: Histopatologia; Sistema nervoso

As doenças neurológicas em suínos, são de etiologia multifatorial e podem ser infeciosas. Devido as variadas causas e agentes envolvidos, é indispensável a investigação dos casos, avaliação pós morte e exames laboratoriais para obter-se um diagnóstico diferencial conclusivo. Objetivou-se nesta pesquisa descrever as principais causas de doenças neurológicas de leitões de creche de granjas comerciais da região Norte do Estado de Mato Grosso. O estudo foi realizado em três sistemas intensivos de suínos confinados (S1, S2, S3), localizados no município de Nova Mutum, no período de março a dezembro de 2019. Realizou-se visitas técnicas durante a ocorrência endêmica de doenças neurológicas em leitões de creche os quais apresentaram; redução do estado de alerta, depressão, ataxia de membros, paresia e paralisia de membros posteriores, tetraparesia, ataxia e opistótono. Os 31 leitões doentes tinham idade entre 29-52 dias e foram submetidos a necropsia e amostras de encéfalo, medula espinhal, pulmão, coração, rins, fígado, intestino delgado, intestino grosso, linfonodos e baço foram coletadas para a realização de exames laboratoriais como bacteriológico e histopatológico. A análise histopatológica foi realizada nas seguintes porções do encéfalo; córtex cerebral, cerebelo, tálamo, medula oblonga, medula espinhal e gânglio espinhal. Os principais sinais clínicos observados nos suínos foram paresia e paralisia de membros posteriores e tetraparesia nos leitões do S1 e depressão acentuada, ataxia de membros anteriores e posteriores, opistótono e coma nos leitões do S2 e S3. Macroscopicamente as principais lesões no sistema nervoso foram observadas no encéfalo e medula espinhal, que apresentavam coloração difusamente avermelhada variando de leve a acentuada. Na histopatologia observou-se nos leitões do S1 principalmente polioencefalomielite mononuclear variando de leve a moderada, lesões estas sugestivas de infecções por agentes de origem viral, enquanto nos leitões do S2 e S3 observou-se lesões compatíveis com meningite e mielite supurativa, sugestivas de lesões de origem bacteriana.