A saúde mental dos povos originários: um pensar sobre a saúde psicossocial indígena
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Scientia – Repositório Institucional |
Texto Completo: | https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/50913 |
Resumo: | Foi realizado um trabalho de pesquisa bibliográfica dentro de artigos publicados nos últimos dez anos na tentativa de esclarecer possíveis motivos e os impactos psicossociais na saúde mental dos povos indígenas frente a invasão da sociedade envolvente compreendendo fatores que podem estar associados na saúde mental dos povos originários e as influências causadas pelo avanço desenfreado da sociedade urbana sobre terras indígenas, a pesquisa encontrou ferramentas criadas dentro do sistema de saúde pública e que foram essenciais para o desmembramento da saúde pública direcionadas a essa parcela da sociedade considerada bastante vulnerável quanto as políticas públicas até a promulgação da constituição de 1988, como a criação do Subsistema de Atenção à Saúde dos povos indígenas (SasiSus), mais conhecida como como “Lei Arouca” e os Distritos Sanitários Especiais indígenas (DSEIs) sob responsabilidade federativa. Mas a pesquisa mostrou também que o modelo adotado e direcionado a população indígena que embora tenham ocorrido muitos avanços no suporte a saúde dos povos indígenas desde criação do SUS ainda são baseados no modelo hegemônico adotado na medicina ocidental, como a Classificação Internacional de Doenças – CID, da Organização Mundial De Saúde e o Manual de Diagnostico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM, da Associação Americana de Psiquiatria, esse padrão de atendimento tem orientação pragmática, curativa e medicalizante e não considera a dimensão integral do sujeito, com sua história e cultura, o que vai de encontro às etnomedicinas adotadas por grupos indígenas e mesmo com inúmeras portarias editadas e iniciativas da sociedade organizada no que diz respeito a saúde mental indígena que nortearam as ações dentro das práticas de atenção à saúde, a pesquisa realizada para o trabalho demostrou que essas ações não foram suficientes para conter o adoecimento psíquico relacionado ao avanço da sociedade envolvente nos territórios teoricamente protegidos pela constituição de 1988, e que estão sofrendo com o consumo intenso de álcool e drogas e podem estar relacionado ao alto índice de suicídios nas comunidades. |
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