Aspectos clínicos e neurobiológicos da terapêutica cognitivo-comportamental nos transtornos ansiosos na infância

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SOUZA, Matheus Felipe Martins de
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: SILVA, Marcia Cristiane da
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Scientia – Repositório Institucional
Texto Completo: https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/47185
Resumo: A maioria das crianças com transtornos ansiosos é encaminhada para serviços de saúde mental devido a problemas de comportamento tanto em seus relacionamentos quanto no ambiente escolar. A partir da queixa principal, o papel do clínico é entender esses comportamentos em um contexto de restrições ao desenvolvimento normal subjacentes aos comportamentos. Assim, estabelece-se uma hierarquia diagnóstica diferencial que guiará os tratamentos preconizados. De modo geral, o tratamento é constituído por uma abordagem multimodal, que inclui orientação aos pais e à criança, o tratamento psicoterápico usa de psicofármacos e intervenções familiares. A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) enfatiza a correção de pensamentos distorcidos, treino de habilidades sociais, além de exposições graduais e prevenção de respostas baseadas em uma hierarquia de sintomas (inicia-se pelos sintomas menos intensos e, gradualmente, o paciente é exposto a sintomas mais graves). O tratamento envolve três estágios: o psicoeducacional (que inclui o máximo de informações a respeito da doença e de seus aspectos neurobiológicos e psicológicos), a reestruturação cognitiva e as intervenções baseadas em exposições e prevenções de resposta ao estímulo fóbico. Ao invés de focalizar na criança ou em sua família como sendo o problema, esta abordagem terapêutica faz do transtorno ansioso o problema, criando na criança força para sobrepor-se às adversidades trazidas pelo transtorno à sua vida. Além disso, as intervenções familiares geralmente têm um papel crucial no tratamento. A intervenção familiar é especialmente importante ao se considerar que há vários tipos de transtorno de ansiedade, mas em crianças menores (2 a 4 anos) a queixa mais recorrente é a do transtorno de ansiedade de separação que se caracteriza por ansiedade excessiva em relação ao afastamento dos pais ou seus substitutos. O sofrimento psicológico recorrente e sintomático, causado pelo transtorno de ansiedade, pode prejudicar no neurodesenvolvimento das crianças, influenciando diretamente seu comportamento quando adultos. Por isso, a psicoterapia cognitivo-comportamental funciona como agente protetivo para o desenvolvimento saudável das crianças.
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A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) enfatiza a correção de pensamentos distorcidos, treino de habilidades sociais, além de exposições graduais e prevenção de respostas baseadas em uma hierarquia de sintomas (inicia-se pelos sintomas menos intensos e, gradualmente, o paciente é exposto a sintomas mais graves). O tratamento envolve três estágios: o psicoeducacional (que inclui o máximo de informações a respeito da doença e de seus aspectos neurobiológicos e psicológicos), a reestruturação cognitiva e as intervenções baseadas em exposições e prevenções de resposta ao estímulo fóbico. Ao invés de focalizar na criança ou em sua família como sendo o problema, esta abordagem terapêutica faz do transtorno ansioso o problema, criando na criança força para sobrepor-se às adversidades trazidas pelo transtorno à sua vida. Além disso, as intervenções familiares geralmente têm um papel crucial no tratamento. A intervenção familiar é especialmente importante ao se considerar que há vários tipos de transtorno de ansiedade, mas em crianças menores (2 a 4 anos) a queixa mais recorrente é a do transtorno de ansiedade de separação que se caracteriza por ansiedade excessiva em relação ao afastamento dos pais ou seus substitutos. O sofrimento psicológico recorrente e sintomático, causado pelo transtorno de ansiedade, pode prejudicar no neurodesenvolvimento das crianças, influenciando diretamente seu comportamento quando adultos. 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