Uso de glutamina na terapia nutricional imunomoduladora em pacientes com câncer

• Autor(a) principal: OLIVEIRA, Aline da Silva
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Scientia – Repositório Institucional
• Texto Completo: https://repositorio.pgsscogna.com.br//handle/123456789/61893
• topic: Glutamina; Imunomodulação; Neoplasia; Aparelho digestivo; Câncer; Quimioterapia; Imunonutrição

O estudo presente trata-se de uma revisão na literatura, ao qual teve a finalidade de expressar por meio de estudos publicados nos últimos 10 anos, a ação do aminoácido glutamina em pacientes com câncer. A glutamina é um dos aminoácidos mais abundantes no corpo humano, sendo assim, um aminoácido não essencial que apresenta diversos benefícios. Cerca de 80% do sistema imunológico está no intestino, quando o intestino está lesado, o sistema imune fica comprometido e quando o indivíduo possui um intestino saudável ele apresenta um sistema imune forte, por isso a glutamina também apresenta um papel importante na flora intestinal, já que ela é absorvida quase toda no intestino. Entre outros benefícios, há também evidências que esse aminoácido ajuda a proteger as mucosas gástricas, é considerada um aminoácido anticatabólico e ajuda principalmente a fortalecer o sistema de defesa do corpo humano, pois ela é um substrato para as células da imunidade. Existem diversos estudos publicados que estão relacionados a suplementação de glutamina administrada em meio ao tratamento dos pacientes com câncer e há evidências científicas de que se trata de uma estratégia com resultados satisfatórios. O câncer é uma doença metabólica, onde a célula para não morrer muda o seu estilo, e se ela usava oxigênio para respirar, com a mitocôndria lesada ela passa a usar fermentação para sobreviver. As células cancerosas se alimentam de glicose quinze vezes mais do que uma célula saudável. Os estudos publicados também demonstram que o tipo de câncer mais comum é o câncer de próstata, porém, ele é menos agressivo do que o câncer de mama que tem uma taxa de mortalidade bem mais expressiva. O câncer de pele também está entre os mais comuns e só apresenta uma taxa de mortalidade expressiva quando se trata de um diagnóstico mais específico, como o melanoma, que representa menos de 10% dos cânceres de pele, mas é responsável por 90% de óbitos de câncer de pele. Outros tipos de cânceres que são bastante comuns no Brasil são os de pulmão e colorretal. A glutamina administrada em indivíduos que são submetidos ao tratamento de câncer se tornou uma estratégia bastante eficaz e de fato tem apresentado uma resposta bastante positiva no que diz respeito a evolução do estado nutricional desses pacientes, reduzindo os sintomas desagradáveis que são causados pelo tratamento agressivo do combate ao câncer, minimizando os desconfortos e consequentemente auxiliando os profissionais da área de saúde promovendo resultados nesses pacientes que se encontram em quadros de hipercatabolismo.