Tratamentos terapêuticos de espasmos faciais com o uso de toxina botulínica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: GOIS, Helma Pereira de Melo
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Scientia – Repositório Institucional
Texto Completo: https://repositorio.pgsscogna.com.br//handle/123456789/55027
Resumo: A toxina botulínica é um complexo proteico de origem biológica que surge através de uma bactéria anaeróbia chamada Clostridium Botulinum. O sorotipo A (TBA) é considerado de maior potência e proporciona maior duração de efeitos, sendo utilizado principalmente para fins terapêuticos e estéticos. O espasmo hemifacial (EHF) é um distúrbio caracterizado pelo excesso de movimentos faciais induzidos perifericamente. O blefaroesmasmo (BES) é caracterizado como uma tendência a um maior piscamento ocular, os sintomas podem progredir em frequência e intensidade a partir de contrações dos músculos orbicularis oculii, gerando dificuldades para abrir os olhos e alguns pacientes podem inclusive chegar à cegueira funcional. O objetivo deste trabalho é verificar a eficácia dos tratamentos com a toxina botulínica em pacientes com diferentes tipos de espasmos faciais como hemifaciais, blefaroespasmo, e analisar os efeitos dos tratamentos de espasmos com a toxina botulínica, compreendendo as diferentes formas de utilização da toxina botulínica dentro de tratamentos de espasmos faciais. O presente estudo tratou-se de uma Revisão Bibliográfica qualitativa e descritiva, sendo realizado por meio de uma revisão de literatura de 16 artigos originais que abordam a utilização da toxina botulínica como método terapêutico em indivíduos com espasmos faciais (hemifaciais e blefaroespasmos). A pesquisa foi realizada mediante consulta à diferentes bases de dados (SciELO – Scientific Electronic Library Online, LILACS - Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde, PUBMED – Blibioteca Nacional de Medicina ). Foram utilizadas publicações em língua portuguesa, espanhol e inglês, sendo aplicados os seguintes filtros: data de publicação no período de 2012 a 2022. Desde 1985 o pesquisador Elston tratou pela primeira vez o espasmo hemifacial com toxina botulínica tipo A, e desde então diversos trabalhos demonstram resultados positivos no controle do espasmo facial variando de 76-100%. Quando a toxina é absorvida pelo neurônio pré-sináptico ocorre a inibição da liberação de acetilcolina na junção neuromuscular, levando à paralisia completa ou incompleta e temporária dos músculos da região injetada. Um dos principais músculos utilizados é o orbicularis oculi no tratamento do BES e EHF, o qual é composto das regiões pré-septal e pré-tarsal. O uso da toxina botulínica é capaz de contribuir na maioria das vezes para uma melhora funcional em pacientes com diversos tipos de espasticidade, tanto na de origem medular quanto encefálica.
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