Estresse de derrota social e neuroadaptações: alterações da densidade e da morfologia neuronal em áreas cerebrais de camundongos

• Autor(a) principal: PORTILHO, Pedro Braga
• Data de Publicação: 2022
• Outros Autores: SILVA, Gessynger Morais, SANTOS, Mariane Ferreira dos
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Scientia – Repositório Institucional
• Texto Completo: https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/47233
• topic: Estresse; Encéfalo; Comportamento

O estresse é um dos problemas mais antigos encontrados pelos seres humanos e possui suas principais fontes de natureza psicológica e social, contribuindo de forma efetiva para o desenvolvimento e a expressão de inúmeras doenças. Atualmente o estresse pode ser definido como uma reação do encéfalo e do restante do corpo em resposta a estímulos provenientes do ambiente ou a partir de sinais internos que são interpretados como uma perturbação da homeostasia. Os objetivos deste trabalho foram avaliar os efeitos da exposição ao estresse de derrota social em curto e longo prazo, nas mudanças estruturais em algumas áreas encefálicas de camundongos e comportamentos relacionados à ansiedade. Para isso, camundongos suíços machos foram expostos a quatro episódios de estresse de derrota social e testados 1 ou 21 dias após a última exposição ao estresse. Os comportamentos relacionados à ansiedade dos animais foram quantificados no labirinto em cruz elevada nos dias de teste e após isso os encéfalos dos animais extraídos para quantificação da densidade de neurônios e morfologia dendrítica no córtex pré-frontal, núcleo acumbens e núcleo leito da estria terminal. Nossos resultados mostraram que o estresse não foi capaz de causar mudanças nos comportamentos relacionados à ansiedade. Contudo o estresse derrota social foi capaz de reduzir o comprimento dendrítico no córtex pré-frontal e núcleo acumbens 1 e 21 dia após o estresse e reduzir a densidade neuronal no córtex pré-frontal 21 dias após o estresse. Dessa forma, demonstramos que o estresse causa alterações morfológicas significativas em importantes áreas encefálicas, mas estudos ainda são necessários para interpretar as consequências dessas alterações nos comportamentos do animal.