US GAAP x normas brasileiras: mensuração do impacto das diferenças de normas no lucro duplamente reportado pelas empresas brasileiras emissoras de ADRS na NYSE
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2011 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | RAM. Revista de Administração Mackenzie |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-69712011000100004 |
Resumo: | A falta de um conjunto único de normas contábeis válido para todos os países pode conduzir a resultados conflitantes. Por exemplo, entre as emissoras brasileiras de ADRs (American Depositary Receipts) na NYSE (New York Stock Exchange), a CEMIG apresentou em 2002 um prejuízo de R$ 12 milhões conforme as normas americanas (US GAAP) e, sob as normas brasileiras, um prejuízo de R$ 1 bilhão (ou seja, 83 vezes maior). Também a CSN apresentou no mesmo ano um lucro de R$ 6 milhões conforme os US GAAP (United States Generally Accepted Accounting Principles), contra um prejuízo de R$ 218 milhões conforme as normas brasileiras (ou seja, 30 vezes maior). Este estudo objetiva verificar se diferenças entre as normas contábeis brasileira e norte-americana (US GAAP) geram impacto significativo no resultado duplamente reportado no Formulário 20F pelas 30 emissoras brasileiras de ADRs na NYSE. Para mensurar o efeito dessas diferenças normativas no resultado foi utilizado o "Índice de Conservadorismo" (IC) de Gray, que mede o quanto um sistema contábil nacional gera lucros menores ("é conservador") ou maiores ("é otimista") em relação aos US GAAP. A média e a mediana do IC no período 2001 a 2005 indicaram conservadorismo das normas brasileiras, não confirmado pelo teste t-Student, mas corroborado pelo teste de Wilcoxon a 10% de significância. Dividindo-se em dois subperíodos, obteve-se um IC médio de 1,2 para 2001-2002 (significativo a 3,3%) e de 0,86 para 2003-2005 (significativo a 3%), indicando uma disparidade de comportamento: a contabilidade brasileira mostra-se mais otimista que os US GAAP até 2002, passando a mais conservadora a partir de 2003 até 2005. |
id |
MACKENZIE-2_117c3bd9901aa91a8b9b30f45dfba2c1 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S1678-69712011000100004 |
network_acronym_str |
MACKENZIE-2 |
network_name_str |
RAM. Revista de Administração Mackenzie |
repository_id_str |
|
spelling |
US GAAP x normas brasileiras: mensuração do impacto das diferenças de normas no lucro duplamente reportado pelas empresas brasileiras emissoras de ADRS na NYSEContabilidade internacionalUS GAAPBR GAAPNormas Contábeis BrasileirasÍndice de ConservadorismoA falta de um conjunto único de normas contábeis válido para todos os países pode conduzir a resultados conflitantes. Por exemplo, entre as emissoras brasileiras de ADRs (American Depositary Receipts) na NYSE (New York Stock Exchange), a CEMIG apresentou em 2002 um prejuízo de R$ 12 milhões conforme as normas americanas (US GAAP) e, sob as normas brasileiras, um prejuízo de R$ 1 bilhão (ou seja, 83 vezes maior). Também a CSN apresentou no mesmo ano um lucro de R$ 6 milhões conforme os US GAAP (United States Generally Accepted Accounting Principles), contra um prejuízo de R$ 218 milhões conforme as normas brasileiras (ou seja, 30 vezes maior). Este estudo objetiva verificar se diferenças entre as normas contábeis brasileira e norte-americana (US GAAP) geram impacto significativo no resultado duplamente reportado no Formulário 20F pelas 30 emissoras brasileiras de ADRs na NYSE. Para mensurar o efeito dessas diferenças normativas no resultado foi utilizado o "Índice de Conservadorismo" (IC) de Gray, que mede o quanto um sistema contábil nacional gera lucros menores ("é conservador") ou maiores ("é otimista") em relação aos US GAAP. A média e a mediana do IC no período 2001 a 2005 indicaram conservadorismo das normas brasileiras, não confirmado pelo teste t-Student, mas corroborado pelo teste de Wilcoxon a 10% de significância. Dividindo-se em dois subperíodos, obteve-se um IC médio de 1,2 para 2001-2002 (significativo a 3,3%) e de 0,86 para 2003-2005 (significativo a 3%), indicando uma disparidade de comportamento: a contabilidade brasileira mostra-se mais otimista que os US GAAP até 2002, passando a mais conservadora a partir de 2003 até 2005.Editora MackenzieUniversidade Presbiteriana Mackenzie2011-02-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-69712011000100004RAM. Revista de Administração Mackenzie v.12 n.1 2011reponame:RAM. Revista de Administração Mackenzieinstname:Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM)instacron:MACKENZIE10.1590/S1678-69712011000100004info:eu-repo/semantics/openAccessSantos,Edilene SantanaCia,Joanília Neide SalesCia,Josilmar Cordenonssipor2011-03-22T00:00:00Zoai:scielo:S1678-69712011000100004Revistahttps://www.scielo.br/j/ram/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phprevista.adm@mackenzie.br1678-69711518-6776opendoar:2011-03-22T00:00RAM. Revista de Administração Mackenzie - Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
US GAAP x normas brasileiras: mensuração do impacto das diferenças de normas no lucro duplamente reportado pelas empresas brasileiras emissoras de ADRS na NYSE |
title |
US GAAP x normas brasileiras: mensuração do impacto das diferenças de normas no lucro duplamente reportado pelas empresas brasileiras emissoras de ADRS na NYSE |
spellingShingle |
US GAAP x normas brasileiras: mensuração do impacto das diferenças de normas no lucro duplamente reportado pelas empresas brasileiras emissoras de ADRS na NYSE Santos,Edilene Santana Contabilidade internacional US GAAP BR GAAP Normas Contábeis Brasileiras Índice de Conservadorismo |
title_short |
US GAAP x normas brasileiras: mensuração do impacto das diferenças de normas no lucro duplamente reportado pelas empresas brasileiras emissoras de ADRS na NYSE |
title_full |
US GAAP x normas brasileiras: mensuração do impacto das diferenças de normas no lucro duplamente reportado pelas empresas brasileiras emissoras de ADRS na NYSE |
title_fullStr |
US GAAP x normas brasileiras: mensuração do impacto das diferenças de normas no lucro duplamente reportado pelas empresas brasileiras emissoras de ADRS na NYSE |
title_full_unstemmed |
US GAAP x normas brasileiras: mensuração do impacto das diferenças de normas no lucro duplamente reportado pelas empresas brasileiras emissoras de ADRS na NYSE |
title_sort |
US GAAP x normas brasileiras: mensuração do impacto das diferenças de normas no lucro duplamente reportado pelas empresas brasileiras emissoras de ADRS na NYSE |
author |
Santos,Edilene Santana |
author_facet |
Santos,Edilene Santana Cia,Joanília Neide Sales Cia,Josilmar Cordenonssi |
author_role |
author |
author2 |
Cia,Joanília Neide Sales Cia,Josilmar Cordenonssi |
author2_role |
author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Santos,Edilene Santana Cia,Joanília Neide Sales Cia,Josilmar Cordenonssi |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Contabilidade internacional US GAAP BR GAAP Normas Contábeis Brasileiras Índice de Conservadorismo |
topic |
Contabilidade internacional US GAAP BR GAAP Normas Contábeis Brasileiras Índice de Conservadorismo |
description |
A falta de um conjunto único de normas contábeis válido para todos os países pode conduzir a resultados conflitantes. Por exemplo, entre as emissoras brasileiras de ADRs (American Depositary Receipts) na NYSE (New York Stock Exchange), a CEMIG apresentou em 2002 um prejuízo de R$ 12 milhões conforme as normas americanas (US GAAP) e, sob as normas brasileiras, um prejuízo de R$ 1 bilhão (ou seja, 83 vezes maior). Também a CSN apresentou no mesmo ano um lucro de R$ 6 milhões conforme os US GAAP (United States Generally Accepted Accounting Principles), contra um prejuízo de R$ 218 milhões conforme as normas brasileiras (ou seja, 30 vezes maior). Este estudo objetiva verificar se diferenças entre as normas contábeis brasileira e norte-americana (US GAAP) geram impacto significativo no resultado duplamente reportado no Formulário 20F pelas 30 emissoras brasileiras de ADRs na NYSE. Para mensurar o efeito dessas diferenças normativas no resultado foi utilizado o "Índice de Conservadorismo" (IC) de Gray, que mede o quanto um sistema contábil nacional gera lucros menores ("é conservador") ou maiores ("é otimista") em relação aos US GAAP. A média e a mediana do IC no período 2001 a 2005 indicaram conservadorismo das normas brasileiras, não confirmado pelo teste t-Student, mas corroborado pelo teste de Wilcoxon a 10% de significância. Dividindo-se em dois subperíodos, obteve-se um IC médio de 1,2 para 2001-2002 (significativo a 3,3%) e de 0,86 para 2003-2005 (significativo a 3%), indicando uma disparidade de comportamento: a contabilidade brasileira mostra-se mais otimista que os US GAAP até 2002, passando a mais conservadora a partir de 2003 até 2005. |
publishDate |
2011 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2011-02-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-69712011000100004 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-69712011000100004 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S1678-69712011000100004 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Editora Mackenzie Universidade Presbiteriana Mackenzie |
publisher.none.fl_str_mv |
Editora Mackenzie Universidade Presbiteriana Mackenzie |
dc.source.none.fl_str_mv |
RAM. Revista de Administração Mackenzie v.12 n.1 2011 reponame:RAM. Revista de Administração Mackenzie instname:Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) instacron:MACKENZIE |
instname_str |
Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) |
instacron_str |
MACKENZIE |
institution |
MACKENZIE |
reponame_str |
RAM. Revista de Administração Mackenzie |
collection |
RAM. Revista de Administração Mackenzie |
repository.name.fl_str_mv |
RAM. Revista de Administração Mackenzie - Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) |
repository.mail.fl_str_mv |
revista.adm@mackenzie.br |
_version_ |
1752128648415019008 |