Divisão do trabalho social e arranjos produtivos locais: reflexos econômicos de efeitos morais de redes interorganizacionais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva,Gustavo Melo
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Neves,Jorge Alexandre Barbosa
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: RAM. Revista de Administração Mackenzie
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-69712013000100009
Resumo: Este artigo utiliza um recorte teórico que evidencia fatos sociais, especificamente da divisão do trabalho social, que atuam diretamente na eficiência de organizações, por meio da coesão e da solidariedade. Entretanto, essa leitura da realidade socioeconômica não vem sendo utilizada em sua plenitude para a compreensão da imersão social de redes interorganizacionais territorializadas, ou seja, de arranjos produtivos locais. Pode-se perceber que uma das principais características competitivas, denominadas atuais dentro do discurso empresarial e até mesmo de políticas de desenvolvimento econômico, é a necessidade de as empresas atuarem de forma conjunta e associada em determinados territórios, sejam estes distritos industriais, regiões, municípios ou cidades. Portanto, a aglomeração é uma possibilidade concreta para o desenvolvimento empresarial a partir de estruturas organizacionais baseadas na associação, complementariedade, compartilhamento, troca e ajuda mútua, que têm como referência as redes, que também compõem a estrutura social de mercados e reforçam a discussão sociológica de que a competição também gera a solidariedade. As ações econômicas individuais não estão livres de pressões estruturais e suscetíveis de ser interpretadas dentro da lógica puramente aditiva e mecânica da agregação. As pressões estruturais que pesam sobre a ação econômica não se reduzem às necessidades inscritas, em dado momento do tempo, nas disponibilidades econômicas imediatas ou na instabilidade das interações. Os interesses econômicos de mercado estão, para a nova sociologia, econômica imersos em redes pessoais e de grupos sociais. O mercado, portanto, não se constitui de organizações isoladas, como nos modelos de concorrência perfeita da ciência econômica, mas de aglomerados organizacionais que formam uma estrutura social.
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