Gestão e reificação dos homens do mar
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2012 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | RAM. Revista de Administração Mackenzie |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-69712012000400002 |
Resumo: | O homem constitui-se como homem porque é capaz de produzir seus meios de sobrevivência, dentre os quais o trabalho tem lugar central na constituição da sociedade. É por meio dele que os homens "dominam" a natureza e colocam-se na posição de senhores diante dela. A pesca artesanal pode ser considerada uma atividade "secundária" nos interesses de acumulação do capital e é justamente por isso que o estudo da comunidade dos pescadores artesanais da cidade de Matinhos, estado do Paraná, configura-se um dos locais privilegiados para se verificar como o trabalho (englobando a divisão do trabalho, a tecnologia e a forma de gestão) e a mercadoria (englobando a propriedade privada e o fetiche da mercadoria) se constituem nas múltiplas determinações do real e estão relacionadas ao processo de reificação social. Assim, o objetivo deste trabalho é compreender como ocorre o processo de reificação dos pescadores artesanais, pela análise das categorias definidas como múltiplas determinações do real, tendo em vista sua inserção econômica e sua exclusão social no sistema de capital. A base teórica do trabalho é constituída de autores como Marx, Lukács, Adorno, Faria, Horkheimer e Meszáros, entre outros. Esta é uma pesquisa qualitativa em uma comunidade de pescadores artesanais. Foi possível verificar na pesquisa que a reificação, entre os pescadores mais jovens, dá-se pelo conjunto dos elementos (relacionados ao trabalho e à mercadoria) responsáveis pela transformação do sujeito em instrumento do capital. É a transformação da condição de produtor para a de mercadoria, com todas as suas propriedades. A reificação está relacionada, ainda, ao trabalho alienado e, apesar da tendência hegemônica do sistema capitalista de produção, é possível identificar resistências em relação a esse processo de reificação. |
id |
MACKENZIE-2_c39e0a7b7ff006fd42a571aee68cb14e |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S1678-69712012000400002 |
network_acronym_str |
MACKENZIE-2 |
network_name_str |
RAM. Revista de Administração Mackenzie |
repository_id_str |
|
spelling |
Gestão e reificação dos homens do marGestãoPesca artesanalReificaçãoAlienaçãoTrabalhoO homem constitui-se como homem porque é capaz de produzir seus meios de sobrevivência, dentre os quais o trabalho tem lugar central na constituição da sociedade. É por meio dele que os homens "dominam" a natureza e colocam-se na posição de senhores diante dela. A pesca artesanal pode ser considerada uma atividade "secundária" nos interesses de acumulação do capital e é justamente por isso que o estudo da comunidade dos pescadores artesanais da cidade de Matinhos, estado do Paraná, configura-se um dos locais privilegiados para se verificar como o trabalho (englobando a divisão do trabalho, a tecnologia e a forma de gestão) e a mercadoria (englobando a propriedade privada e o fetiche da mercadoria) se constituem nas múltiplas determinações do real e estão relacionadas ao processo de reificação social. Assim, o objetivo deste trabalho é compreender como ocorre o processo de reificação dos pescadores artesanais, pela análise das categorias definidas como múltiplas determinações do real, tendo em vista sua inserção econômica e sua exclusão social no sistema de capital. A base teórica do trabalho é constituída de autores como Marx, Lukács, Adorno, Faria, Horkheimer e Meszáros, entre outros. Esta é uma pesquisa qualitativa em uma comunidade de pescadores artesanais. Foi possível verificar na pesquisa que a reificação, entre os pescadores mais jovens, dá-se pelo conjunto dos elementos (relacionados ao trabalho e à mercadoria) responsáveis pela transformação do sujeito em instrumento do capital. É a transformação da condição de produtor para a de mercadoria, com todas as suas propriedades. A reificação está relacionada, ainda, ao trabalho alienado e, apesar da tendência hegemônica do sistema capitalista de produção, é possível identificar resistências em relação a esse processo de reificação.Editora MackenzieUniversidade Presbiteriana Mackenzie2012-08-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-69712012000400002RAM. Revista de Administração Mackenzie v.13 n.4 2012reponame:RAM. Revista de Administração Mackenzieinstname:Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM)instacron:MACKENZIE10.1590/S1678-69712012000400002info:eu-repo/semantics/openAccessMeneghetti,Francis KanashiroFaria,José Henrique depor2012-09-20T00:00:00Zoai:scielo:S1678-69712012000400002Revistahttps://www.scielo.br/j/ram/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phprevista.adm@mackenzie.br1678-69711518-6776opendoar:2012-09-20T00:00RAM. Revista de Administração Mackenzie - Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Gestão e reificação dos homens do mar |
title |
Gestão e reificação dos homens do mar |
spellingShingle |
Gestão e reificação dos homens do mar Meneghetti,Francis Kanashiro Gestão Pesca artesanal Reificação Alienação Trabalho |
title_short |
Gestão e reificação dos homens do mar |
title_full |
Gestão e reificação dos homens do mar |
title_fullStr |
Gestão e reificação dos homens do mar |
title_full_unstemmed |
Gestão e reificação dos homens do mar |
title_sort |
Gestão e reificação dos homens do mar |
author |
Meneghetti,Francis Kanashiro |
author_facet |
Meneghetti,Francis Kanashiro Faria,José Henrique de |
author_role |
author |
author2 |
Faria,José Henrique de |
author2_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Meneghetti,Francis Kanashiro Faria,José Henrique de |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Gestão Pesca artesanal Reificação Alienação Trabalho |
topic |
Gestão Pesca artesanal Reificação Alienação Trabalho |
description |
O homem constitui-se como homem porque é capaz de produzir seus meios de sobrevivência, dentre os quais o trabalho tem lugar central na constituição da sociedade. É por meio dele que os homens "dominam" a natureza e colocam-se na posição de senhores diante dela. A pesca artesanal pode ser considerada uma atividade "secundária" nos interesses de acumulação do capital e é justamente por isso que o estudo da comunidade dos pescadores artesanais da cidade de Matinhos, estado do Paraná, configura-se um dos locais privilegiados para se verificar como o trabalho (englobando a divisão do trabalho, a tecnologia e a forma de gestão) e a mercadoria (englobando a propriedade privada e o fetiche da mercadoria) se constituem nas múltiplas determinações do real e estão relacionadas ao processo de reificação social. Assim, o objetivo deste trabalho é compreender como ocorre o processo de reificação dos pescadores artesanais, pela análise das categorias definidas como múltiplas determinações do real, tendo em vista sua inserção econômica e sua exclusão social no sistema de capital. A base teórica do trabalho é constituída de autores como Marx, Lukács, Adorno, Faria, Horkheimer e Meszáros, entre outros. Esta é uma pesquisa qualitativa em uma comunidade de pescadores artesanais. Foi possível verificar na pesquisa que a reificação, entre os pescadores mais jovens, dá-se pelo conjunto dos elementos (relacionados ao trabalho e à mercadoria) responsáveis pela transformação do sujeito em instrumento do capital. É a transformação da condição de produtor para a de mercadoria, com todas as suas propriedades. A reificação está relacionada, ainda, ao trabalho alienado e, apesar da tendência hegemônica do sistema capitalista de produção, é possível identificar resistências em relação a esse processo de reificação. |
publishDate |
2012 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2012-08-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-69712012000400002 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-69712012000400002 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S1678-69712012000400002 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Editora Mackenzie Universidade Presbiteriana Mackenzie |
publisher.none.fl_str_mv |
Editora Mackenzie Universidade Presbiteriana Mackenzie |
dc.source.none.fl_str_mv |
RAM. Revista de Administração Mackenzie v.13 n.4 2012 reponame:RAM. Revista de Administração Mackenzie instname:Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) instacron:MACKENZIE |
instname_str |
Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) |
instacron_str |
MACKENZIE |
institution |
MACKENZIE |
reponame_str |
RAM. Revista de Administração Mackenzie |
collection |
RAM. Revista de Administração Mackenzie |
repository.name.fl_str_mv |
RAM. Revista de Administração Mackenzie - Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) |
repository.mail.fl_str_mv |
revista.adm@mackenzie.br |
_version_ |
1752128648796700672 |