Justaposições da estratégia como prática e processo de estratégia: antes da visão pós-processual da estratégia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Valadão,José de Arimatéia Dias
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Silva,Soraya Sales dos Santos e
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: RAM. Revista de Administração Mackenzie
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-69712012000200007
Resumo: O presente trabalho procura discutir as justaposições entre a estratégia como prática e o processo de estratégia, objetivando associar as duas formas de abordagens do fazer estratégico. O trabalho se justifica pelo fato de que a estratégia como prática tem ganhado força e muitos são os estudos que têm se destacado dentro das pesquisas em estratégia. A estratégia nessa perspectiva é vista como uma prática social e procura entender como os praticantes em estratégia agem e interagem. Atualmente, essa proposta é comparada com a visão processual, e há várias pesquisas que envolvem, ao mesmo tempo, processo da estratégia e estratégia como prática, seja dentro ou fora do contexto organizacional. O processo de estratégia, por sua vez, é muito mais do que um simples plano, como foi inicialmente concebido, pois envolve comportamento, ação, reflexão e padrões que emergem incrementalmente entre passado e futuro, pensar e agir, modelar e desenvolver. Essas relações se desenvolvem na sincronia do ambiente interno e externo que interatuam e continuamente delineiam o processo de mudança na alocação e no ordenamento de recursos, bem como na busca pelas vantagens competitivas da empresa. Diante da proximidade dessas relações teóricas, este trabalho se propôs a verificar quais as justaposições do processo de estratégia e a estratégia como prática no fazer estratégico das organizações. Metodologicamente, o trabalho procurou construir uma linha teórica para as conceituações de processo de estratégia e estratégia como prática, para em seguida associar os conceitos abordados por meio da identificação das inter-relações teóricas entre ambos, além de fazer uma proposição para a integração desses conceitos no fazer estratégico. Foi possível perceber que os processos alimentam as práticas, e estas vão, continuamente, modelando e reestruturando os processos no fazer estratégico, realizadas por meio das escolhas estratégicas feitas pelos indivíduos, que são influenciados pelas práticas socialmente construídas e culturalmente aceitas. O fazer estratégico se evidencia quando atores e práticas, estrutura, contexto e operações complementam práticas sociais, conhecimento e linguagem, permitindo ao estrategista ir além da práxis para processos mais amplos das complexidades ambientais com que as organizações rotineiramente lidam.
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