Estratégia como contexto interfirma - uma análise a partir da imersão social e da teoria institucional no setor de carcinicultura norte-rio-grandense
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | RAM. Revista de Administração Mackenzie |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-69712013000200009 |
Resumo: | Apesar de Baum e Dutton (1996) terem chamado atenção há mais de uma década para a imersão da estratégia, os trabalhos sobre estratégia mantêm-se mais influenciados pelos teóricos da economia do que pelos teóricos da sociologia. A concepção atomizada revela-se tanto no nível de análise como no conceito de ambiente. Oliver (1996) afirma que teóricos de estratégia explicam as vantagens diferenciadas das firmas e sua capacidade de obtenção de lucro a partir das ineficiências de mercado. Explicações da ineficiência dos mercados e da heterogeneidade das firmas centram-se exclusivamente nas características da firma e dos mercados. Este artigo vai ao encontro do argumento desses autores de que diferenças sustentáveis da firma e retornos acima do normal não são somente uma função da sua capacidade e das características da indústria e do mercado. A imersão das organizações e dos mercados em um contexto institucional tem um profundo impacto sobre o seu desempenho. Este artigo enfatiza a estratégia como contexto interfirma, combinando a perspectiva da imersão social e a teoria institucional para uma análise do setor de carcinicultura norte-rio-grandense. Consiste em um estudo qualitativo, histórico, baseado na análise de documentos e na análise de entrevistas realizadas com dirigentes empresariais e de associações do setor. O objetivo foi evidenciar como a estratégia adotada pelas organizações do setor pode ser explicada pela dinâmica do contexto social. Assim, desenvolveu-se uma análise que combina os impedimentos institucionais e econômicos para a eficiência dos mercados para explicar a estratégia adotada. Para isso, realizou-se uma reconstrução histórica da sua formação, evidenciando os principais momentos e fatos, bem como o papel assumido pelos diferentes atores. Os resultados indicaram que abordagens dominantes no estudo da estratégia como economic costs theory (ECT), RBV e posicionamento estratégico, pelo caráter descontextualizado, não são suficientes para explicar a postura estratégica das empresas, sendo necessário combiná-las com perspectivas que levem em consideração a natureza socialmente construída dos processos organizacionais e seu caráter, muitas vezes, não reflexivo. |
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