Intervenção militar e humanitária na Líbia: sem a Primavera Árabe não seria possível utilizar a doutrina R2P para ampliar a Globalização do Core no MENA

• Main Author: Garcez, Paulo Fabriccio Cardoso
• Publication Date: 2020
• Format: Bachelor thesis
• Language: por
• Source: Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB)
• Download full: http://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/844904
• topic: Intervenção Militar e Humanitária; Líbia; Doutrina R2P; Defesa Nacional

O propósito da pesquisa é verificar porque os Estados Unidos da América intervieram na guerra civil da Líbia em 2011. Com o apoio de duas teorias do campo da Geopolítica as quais tratam: da divisão do mundo em regiões integradas (Core) e não integradas (Gap) em torno da globalização e dos desafios dos países ocidentais de prevenir ações indesejadas de países desconectados dos preceitos da globalização, segundo BARNETT (2004), e sobre a controversa intervenção militar e humanitária da Organização das Nações Unidas, segundo SENSINI (2016), nas quais ambas serão confrontadas com a realidade observada na guerra civil da Líbia após a Primavera Árabe. A análise de um breve contexto histórico, geográfico e político da relação entre os principais países ocidentais e a Líbia durante um século e a avaliação das relações internacionais entre os EUA e a Líbia serão imprescindíveis para verificar se uma intervenção militar e humanitária externa era necessária para estabilizar e trazer a paz àquele país. Concluiu-se que as condições observadas na Líbia não se mostravam favoráveis a uma intervenção externa, mas os EUA o fizeram com base na doutrina R2P, a partir dos movimentos populares de insatisfação com o governo que acometeram os países do Oriente Médio e Norte da África, a qual se mostrou como a porta de entrada ao imperialismo do Core e à preservação dos seus interesses nacionais de segurança e de recursos energéticos.