O Comando e Controle (C2) na Patrulha Naval: Monitoração e geolocalização das comunicações satelitais.

• Autor(a) principal: Alves, Warisson Guimarães
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB)
• Texto Completo: http://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/844927
• topic: Comando e Controle; Comunicações satelitais; Guerra Eletrônica; Defesa Nacional; Segurança da informação

A Estação Terrena de Monitoração de Satélites Geoestacionários (EMSAT), viabilizada pela Agência Nacional de Telecomunicações, possui capacidade de efetuar medidas nas bandas C, Ku e Ka com possibilidade de monitorar e geolocalizar uma fonte interferente nas comunicações satelitais. Uma vez que não é possível a eliminação de todas as interferências, se faz necessário administrar as mesmas, mantendo, para isso, uma relação sinal-ruído dentro de limites aceitáveis para cada canal observado. De modo a contribuir para a manutenção de níveis de ruído pode ser necessária a localização/ identificação das fontes interferentes. Dessa forma, esta masterThesis buscará analisar a viabilidade de se agregar a ferramenta utilizada pela EMSAT ao Sistema Naval de Comando e Controle (SISNC2) ampliando, por conseguinte, sua capacidade de Guerra Eletrônica, monitorando e geolocalizando as possíveis fontes interferentes, sejam elas maliciosas ou não, e aumentar a consciência situacional sobre a Amazônia Azul ®. Usando como apoio as terminologias e novos conceitos e abordagens mais recentes utilizados pelo Departamento de Defesa dos EUA referente à C2 e ao processo decisório, confrontando-as com as terminologias e conceitos utilizados pelo Ministério da Defesa, é analisado o emprego da EMSAT e sua tecnologia para monitoração e geolocalização inserindo-a no SISNC2, em detrimento ao uso malicioso de uma interferência deliberada (jamming) nas Águas Jurisdicionais Brasileiras (AJB). A partir da hipótese da queda nas detecções em High Frequency (HF) da Rede de Radiogoniometria de Alta Frequência (RRGAF) da MB nas AJB, no período entre 2010 e 2015, em confronto com as características e emprego real da EMSAT, construiu-se um cenário operacional para uso desta Estação no sistema de C2 da MB e como fonte para o Sistema de Inteligência Operacional da MB (SIOp-MB). Concluiu que os princípios de C2, em sua maioria, são atendidos no pleno emprego da EMSAT e das comunicações satelitais, pela simplicidade, segurança, flexibilidade, amplitude e interoperabilidade. A EMSAT, por sua vez, poderá contribuir para a garantia do cumprimento das atribuições subsidiárias da MB e, consequentemente, para o aumento da consciência situacional. O estudo indicou, ainda, que a EMSAT poderá elevar a capacidade de GE do SISNC2 e agregar valor como uma ferramenta suplementar e útil durante o processo decisório. O fornecimento de informações de Inteligência Operacional pela EMSAT, também, contribuirá na otimização do emprego dos meios navais durante a PATNAV e no incremento do SIOp-MB. A questão que talvez mereça atenção futura é se o uso da EMSAT agora no âmbito do Sistema Militar de Comando e Controle (SISMC2) contribuirá para as Operações Conjuntas ou Combinadas, nos níveis estratégicos e operacionais, por meio da interoperabilidade entre os Centros de C2 das Forças Singulares.