A resposta da Nigéria à insurgência do Boko Haram: uma análise comparativa com a estratégia de contrainsurgência de David Galula

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Rafael Teixeira de Freitas e
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB)
Texto Completo: https://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/846077
Resumo: Durante o Natal de 2003, a Nigéria registrou a primeira onda de violência deflagrada pelo movimento Boko Haram, até então considerado apenas um grupo de pregação religiosa. Em resposta, o Estado nigeriano, entre 2004 e 2011, empregou destacamentos das forças armadas contra os insurgentes. O grupo, apesar disso, desferiu ações ainda mais violentas. A partir de meados de 2011, no entanto, a Nigéria agiu de forma mais assertiva, ao deliberar medidas de estado de exceção e ao empregar outras expressões de poder, além da militar. A insurgência, por sua vez, além de não mitigar o emprego de violência, passou a praticar o terrorismo como estratégia. A partir de 2014, o Estado nigeriano decidiu realizar abordagem mais abrangente, com ênfase na população, em busca de solução para as causas desse grupo extremista. O propósito da pesquisa, portanto, é analisar se a resposta do governo nigeriano contra a insurgência do Boko Haram, entre 2004 e 2017, obteve aderência à estratégia dos oito passos, que deverão ser conduzidos pelo Estado contrainsurgente, devidamente definidos no sétimo capítulo da obra Counterinsurgency Warfare de David Galula. Estabeleceu-se, em nome desse propósito, o confronto da teoria versus a realidade. Por meio desse recorte teórico, afinal, foi possível constatar que as ações do Estado nigeriano durante esse período não estabeleceram correlação com a teoria desenvolvida por David Galula. Identificou-se essa inadequação, notadamente no que diz respeito aos passos do contrainsurgente, que, por sua vez, deveriam priorizar o apoio da população e em ações destinadas à realização de eleições para a escolha de novos líderes que contribuiriam para a luta contra o braço não armado da insurgência. Porém, em relação aos três passos que previam o emprego essencialmente militar, a teoria aderiu plenamente à realidade. O estudo, por fim, sugere que a Marinha do Brasil (MB) incentive os militares a debaterem o tema e aprofundarem estudos, inclusive com a participação de instituições vinculadas a outros ministérios a fim de aperfeiçoar resposta multidisciplinar e abrangente a uma possível guerra contra um insurgente.
id MB_8ac2baf39d396ca33a714440fe7e8cd3
oai_identifier_str oai:www.repositorio.mar.mil.br:ripcmb/846077
network_acronym_str MB
network_name_str Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB)
repository_id_str
spelling Silva, Rafael Teixeira de Freitas eBaptista, Alexandro de Araujo2023-04-17T13:53:05Z2023-04-17T13:53:05Z2022https://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/846077Durante o Natal de 2003, a Nigéria registrou a primeira onda de violência deflagrada pelo movimento Boko Haram, até então considerado apenas um grupo de pregação religiosa. Em resposta, o Estado nigeriano, entre 2004 e 2011, empregou destacamentos das forças armadas contra os insurgentes. O grupo, apesar disso, desferiu ações ainda mais violentas. A partir de meados de 2011, no entanto, a Nigéria agiu de forma mais assertiva, ao deliberar medidas de estado de exceção e ao empregar outras expressões de poder, além da militar. A insurgência, por sua vez, além de não mitigar o emprego de violência, passou a praticar o terrorismo como estratégia. A partir de 2014, o Estado nigeriano decidiu realizar abordagem mais abrangente, com ênfase na população, em busca de solução para as causas desse grupo extremista. O propósito da pesquisa, portanto, é analisar se a resposta do governo nigeriano contra a insurgência do Boko Haram, entre 2004 e 2017, obteve aderência à estratégia dos oito passos, que deverão ser conduzidos pelo Estado contrainsurgente, devidamente definidos no sétimo capítulo da obra Counterinsurgency Warfare de David Galula. Estabeleceu-se, em nome desse propósito, o confronto da teoria versus a realidade. Por meio desse recorte teórico, afinal, foi possível constatar que as ações do Estado nigeriano durante esse período não estabeleceram correlação com a teoria desenvolvida por David Galula. Identificou-se essa inadequação, notadamente no que diz respeito aos passos do contrainsurgente, que, por sua vez, deveriam priorizar o apoio da população e em ações destinadas à realização de eleições para a escolha de novos líderes que contribuiriam para a luta contra o braço não armado da insurgência. Porém, em relação aos três passos que previam o emprego essencialmente militar, a teoria aderiu plenamente à realidade. O estudo, por fim, sugere que a Marinha do Brasil (MB) incentive os militares a debaterem o tema e aprofundarem estudos, inclusive com a participação de instituições vinculadas a outros ministérios a fim de aperfeiçoar resposta multidisciplinar e abrangente a uma possível guerra contra um insurgente.Apresentado à Escola de Guerra Naval, como requisito parcial para a conclusão do Curso de Estado Maior para Oficiais Superiores (C-EMOS 2022)Escola de Guerra Naval (EGN)Estratégia, estratégia marítima e estratégia navalNigériaBoko HaramContrainsurgênciaInsurgênciaDavid GalulaA resposta da Nigéria à insurgência do Boko Haram: uma análise comparativa com a estratégia de contrainsurgência de David Galulainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB)instname:Marinha do Brasil (MB)instacron:MBORIGINALCEMOS2022_RAFAEL_TEIXEIRA.pdfCEMOS2022_RAFAEL_TEIXEIRA.pdfapplication/pdf4514553https://www.repositorio.mar.mil.br/bitstream/ripcmb/846077/1/CEMOS2022_RAFAEL_TEIXEIRA.pdfa2243a5548c1fd78e8d194354df5c65dMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-83272https://www.repositorio.mar.mil.br/bitstream/ripcmb/846077/2/license.txt8ff7ce654d5215cee2106f3e3b7eb37fMD52TEXTCEMOS2022_RAFAEL_TEIXEIRA.pdf.txtCEMOS2022_RAFAEL_TEIXEIRA.pdf.txtExtracted texttext/plain95791https://www.repositorio.mar.mil.br/bitstream/ripcmb/846077/3/CEMOS2022_RAFAEL_TEIXEIRA.pdf.txta956481e874ffe57f43cb19c17fd2664MD53THUMBNAILCEMOS2022_RAFAEL_TEIXEIRA.pdf.jpgCEMOS2022_RAFAEL_TEIXEIRA.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1096https://www.repositorio.mar.mil.br/bitstream/ripcmb/846077/4/CEMOS2022_RAFAEL_TEIXEIRA.pdf.jpg4126c4f3af50e95b4eb3ee48a58ae5daMD54ripcmb/8460772023-05-12 10:28:43.038oai:www.repositorio.mar.mil.br:ripcmb/846077QW8gY29uY29yZGFyIGNvbSBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBvIFNyLiBhdXRvcihlcykgb3UgdGl0dWxhcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIG9icmEgYXF1aSBkZXNjcml0YSAgIGNvbmNlZGUobSkgICDDoCAgIE1BUklOSEEgIERPICAgQlJBU0lMLCAgIGdlc3RvcmEgICBkYSAgUmVkZSAgIEJJTSAgIGUgICBkbyAgIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIE1hcmluaGEgZG8gQnJhc2lsIChSSS1NQiksIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCBjb252ZXJ0ZXIgKGNvbW8gZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgbyBkb2N1bWVudG8gZGVwb3NpdGFkbyBlbSBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvLCBlbGV0csO0bmljbyBvdSBlbSBxdWFscXVlciBvdXRybyBtZWlvLiBPIFNyKHMpIGNvbmNvcmRhKG0pIHF1ZSBhIE1BUklOSEEgRE8gQlJBU0lMLCBnZXN0b3JhIGRhIFJlZGUgQklNIGUgZG8gUkktTUIsIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCBjb252ZXJ0ZXIgbyBhcnF1aXZvIGRlcG9zaXRhZG8gYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gY29tIGZpbnMgZGUgcHJlc2VydmHDp8Ojby4gTyAgU3IocykgIHRhbWLDqW0gIGNvbmNvcmRhKG0pICBxdWUgIGEgIE1BUklOSEEgIERPICBCUkFTSUwsICBnZXN0b3JhICBkYSAgUmVkZSAgQklNICBlICBkbyAgUkktTUIsICBwb2RlIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgZGVzdGUgZGVww7NzaXRvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIGUvb3UgcHJlc2VydmHDp8Ojby5PICBTcihzKSAgZGVjbGFyYShtKSAgcXVlICBhICBhcHJlc2VudGHDp8OjbyAgZG8gIHNldSAgdHJhYmFsaG8gIMOpICBvcmlnaW5hbCAgZSAgcXVlICBvICBTcihzKSAgcG9kZShtKSAgY29uY2VkZXIgIG9zICBkaXJlaXRvcyAgY29udGlkb3MgIG5lc3RhICBsaWNlbsOnYS4gIE8gIFNyKHMpICB0YW1iw6ltICBkZWNsYXJhKG0pICBxdWUgIG8gIGVudmlvICDDqSAgZGUgIHNldSAgY29uaGVjaW1lbnRvICBlICBuw6NvICBpbmZyaW5nZSAgb3MgIGRpcmVpdG9zICBhdXRvcmFpcyAgZGUgIG91dHJhICBwZXNzb2EgIG91ICBpbnN0aXR1acOnw6NvLiAgQ2FzbyAgbyAgZG9jdW1lbnRvICBhICBzZXIgIGRlcG9zaXRhZG8gIGNvbnRlbmhhICBtYXRlcmlhbCAgcGFyYSAgbyAgcXVhbCAgbyAgU3IocykgIG7Do28gIGRldMOpbSAgYSAgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcmFpcywgbyBTcihzKSBkZWNsYXJhKG0pIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgY29uY2VkZXIgw6AgTUFSSU5IQSBETyBCUkFTSUwsIGdlc3RvcmEgZGEgUmVkZSBCSU0gZSBkbyBSSS1NQiwgb3MgZGlyZWl0b3MgcmVxdWVyaWRvcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIHF1ZSBvcyBtYXRlcmlhaXMgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zLCBlc3TDo28gZGV2aWRhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvcyBlIHJlY29uaGVjaWRvcyBubyB0ZXh0byBvdSBjb250ZcO6ZG8gZGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28uIENBU08gIE8gIFRSQUJBTEhPICBERVBPU0lUQURPICBURU5IQSAgU0lETyAgRklOQU5DSUFETyAgT1UgIEFQT0lBRE8gIFBPUiAgVU0gIMOTUkfDg08sICBRVUUgIE7Dg08gIEEgIElOU1RJVFVJw4fDg08gIERFU1RFICBSRVNQT1NJVMOTUklPOiAgTyAgU1IgIERFQ0xBUkEgIFRFUiAgQ1VNUFJJRE8gVE9ET1MgT1MgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gRSBRVUFJU1FVRVIgT1VUUkFTIE9CUklHQcOHw5VFUyBSRVFVRVJJREFTIFBFTE8gQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLk8gICAgU3IocykgICAgY29uY29yZGEobSkgICAgY29tICAgIGEgICAgTGljZW7Dp2EgICAgQ3JlYXRpdmUgICAgQ29tbW9ucyAgICBhZG90YWRhICAgIHBhcmEgICAgZXN0ZSAgICBSZXBvc2l0w7NyaW8gICAgSW5zdGl0dWNpb25hbCAgICBxdWUgICAgY29uY2VkZSAgICBvICAgIGRpcmVpdG8gICAgZGUgICAgQ09NUEFSVElMSEFSICAgIGUgICAgYXMgICAgcmVzdHJpw6fDtWVzICAgIGRlICAgIEFUUklCVUnDh8ODTywgICAgTsODTyAgICBDT01FUkNJQUxJWkHDh8ODTyAgICBFICAgIFNFTSAgICBERVJJVkHDh8OVRVMuQ09NUEFSVElMSEFSOiAgY29waWFyICBlICByZWRpc3RyaWJ1aXIgIG8gIG1hdGVyaWFsICBlbSAgcXVhbHF1ZXIgIHN1cG9ydGUgIG91ICBmb3JtYXRvICBlICBvICBsaWNlbmNpYW50ZSBuw6NvIHBvZGUgcmV2b2dhciBlc3RlcyBkaXJlaXRvcyBkZXNkZSBxdWUgbyBTcihzKSByZXNwZWl0ZShtKSBvcyB0ZXJtb3MgZGEgbGljZW7Dp2EuQVRSSUJVScOHw4NPOiAgbyAgU3IocykgIGRldmUobSkgIGRhciAgbyAgY3LDqWRpdG8gIGFwcm9wcmlhZG8sICBwcm92ZXIgIHVtICBsaW5rICBwYXJhICBhICBsaWNlbsOnYSAgZSAgaW5kaWNhciAgc2UgIG11ZGFuw6dhcyAgZm9yYW0gIGZlaXRhcy4gIE8gIFNyKHMpICBkZXZlKG0pICBmYXrDqi1sbyAgZW0gIHF1YWxxdWVyICBjaXJjdW5zdMOibmNpYSByYXpvw6F2ZWwsIG1hcyBkZSBtYW5laXJhIGFsZ3VtYSBxdWUgc3VnaXJhIGFvIGxpY2VuY2lhbnRlIGEgYXBvaWFyIG8gU3Iocykgb3UgbyBzZXUgdXNvLk7Dg08gQ09NRVJDSUFMOiBvIFNyKHMpIG7Do28gcG9kZShtKSB1c2FyIG8gbWF0ZXJpYWwgcGFyYSBmaW5zIGNvbWVyY2lhaXMuU0VNIERFUklWQcOHw5VFUzogc2UgbyBTcihzKSByZW1peGFyKGVtKSwgdHJhbnNmb3JtYXIoZW0pIG91IGNyaWFyKGVtKSBhIHBhcnRpciBkbyBtYXRlcmlhbCwgbyBTcihzKSBuw6NvIHBvZGUobSkgZGlzdHJpYnVpciBvIG1hdGVyaWFsIG1vZGlmaWNhZG8uU0VNIFJFU1RSScOHw5VFUyBBRElDSU9OQUlTOiBvIFNyKHMpIG7Do28gcG9kZShtKSBhcGxpY2FyIHRlcm1vcyBqdXLDrWRpY29zIG91IG1lZGlkYXMgZGUgY2Fyw6F0ZXIgdGVjbm9sw7NnaWNvIHF1ZSByZXN0cmluamFtIGxlZ2FsbWVudGUgb3V0cm9zIGRlIGZhemVyZW0gYWxnbyBxdWUgYSBsaWNlbsOnYSBwZXJtaXRhLkEgUmVkZSBCSU0gZSBvIFJJLU1CIGlkZW50aWZpY2Fyw6EgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldShzKSBub21lKHMpIGNvbW8gYXV0b3IoZXMpIG91IHRpdHVsYXIoZXMpIGRvIGRpcmVpdG8gZGUgYXV0b3IoZXMpIGRvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gZSBkZWNsYXJhIHF1ZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvIGFsw6ltIGRhcyBwZXJtaXRpZGFzIHBvciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.repositorio.mar.mil.br/oai/requestdphdm.repositorio@marinha.mil.bropendoar:2023-05-12T13:28:43Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB) - Marinha do Brasil (MB)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv A resposta da Nigéria à insurgência do Boko Haram: uma análise comparativa com a estratégia de contrainsurgência de David Galula
title A resposta da Nigéria à insurgência do Boko Haram: uma análise comparativa com a estratégia de contrainsurgência de David Galula
spellingShingle A resposta da Nigéria à insurgência do Boko Haram: uma análise comparativa com a estratégia de contrainsurgência de David Galula
Silva, Rafael Teixeira de Freitas e
Nigéria
Boko Haram
Contrainsurgência
Insurgência
David Galula
Estratégia, estratégia marítima e estratégia naval
title_short A resposta da Nigéria à insurgência do Boko Haram: uma análise comparativa com a estratégia de contrainsurgência de David Galula
title_full A resposta da Nigéria à insurgência do Boko Haram: uma análise comparativa com a estratégia de contrainsurgência de David Galula
title_fullStr A resposta da Nigéria à insurgência do Boko Haram: uma análise comparativa com a estratégia de contrainsurgência de David Galula
title_full_unstemmed A resposta da Nigéria à insurgência do Boko Haram: uma análise comparativa com a estratégia de contrainsurgência de David Galula
title_sort A resposta da Nigéria à insurgência do Boko Haram: uma análise comparativa com a estratégia de contrainsurgência de David Galula
author Silva, Rafael Teixeira de Freitas e
author_facet Silva, Rafael Teixeira de Freitas e
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Silva, Rafael Teixeira de Freitas e
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Baptista, Alexandro de Araujo
contributor_str_mv Baptista, Alexandro de Araujo
dc.subject.por.fl_str_mv Nigéria
Boko Haram
Contrainsurgência
Insurgência
David Galula
topic Nigéria
Boko Haram
Contrainsurgência
Insurgência
David Galula
Estratégia, estratégia marítima e estratégia naval
dc.subject.dgpm.pt_BR.fl_str_mv Estratégia, estratégia marítima e estratégia naval
description Durante o Natal de 2003, a Nigéria registrou a primeira onda de violência deflagrada pelo movimento Boko Haram, até então considerado apenas um grupo de pregação religiosa. Em resposta, o Estado nigeriano, entre 2004 e 2011, empregou destacamentos das forças armadas contra os insurgentes. O grupo, apesar disso, desferiu ações ainda mais violentas. A partir de meados de 2011, no entanto, a Nigéria agiu de forma mais assertiva, ao deliberar medidas de estado de exceção e ao empregar outras expressões de poder, além da militar. A insurgência, por sua vez, além de não mitigar o emprego de violência, passou a praticar o terrorismo como estratégia. A partir de 2014, o Estado nigeriano decidiu realizar abordagem mais abrangente, com ênfase na população, em busca de solução para as causas desse grupo extremista. O propósito da pesquisa, portanto, é analisar se a resposta do governo nigeriano contra a insurgência do Boko Haram, entre 2004 e 2017, obteve aderência à estratégia dos oito passos, que deverão ser conduzidos pelo Estado contrainsurgente, devidamente definidos no sétimo capítulo da obra Counterinsurgency Warfare de David Galula. Estabeleceu-se, em nome desse propósito, o confronto da teoria versus a realidade. Por meio desse recorte teórico, afinal, foi possível constatar que as ações do Estado nigeriano durante esse período não estabeleceram correlação com a teoria desenvolvida por David Galula. Identificou-se essa inadequação, notadamente no que diz respeito aos passos do contrainsurgente, que, por sua vez, deveriam priorizar o apoio da população e em ações destinadas à realização de eleições para a escolha de novos líderes que contribuiriam para a luta contra o braço não armado da insurgência. Porém, em relação aos três passos que previam o emprego essencialmente militar, a teoria aderiu plenamente à realidade. O estudo, por fim, sugere que a Marinha do Brasil (MB) incentive os militares a debaterem o tema e aprofundarem estudos, inclusive com a participação de instituições vinculadas a outros ministérios a fim de aperfeiçoar resposta multidisciplinar e abrangente a uma possível guerra contra um insurgente.
publishDate 2022
dc.date.issued.fl_str_mv 2022
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-04-17T13:53:05Z
dc.date.available.fl_str_mv 2023-04-17T13:53:05Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/846077
url https://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/846077
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Escola de Guerra Naval (EGN)
publisher.none.fl_str_mv Escola de Guerra Naval (EGN)
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB)
instname:Marinha do Brasil (MB)
instacron:MB
instname_str Marinha do Brasil (MB)
instacron_str MB
institution MB
reponame_str Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB)
collection Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB)
bitstream.url.fl_str_mv https://www.repositorio.mar.mil.br/bitstream/ripcmb/846077/1/CEMOS2022_RAFAEL_TEIXEIRA.pdf
https://www.repositorio.mar.mil.br/bitstream/ripcmb/846077/2/license.txt
https://www.repositorio.mar.mil.br/bitstream/ripcmb/846077/3/CEMOS2022_RAFAEL_TEIXEIRA.pdf.txt
https://www.repositorio.mar.mil.br/bitstream/ripcmb/846077/4/CEMOS2022_RAFAEL_TEIXEIRA.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv a2243a5548c1fd78e8d194354df5c65d
8ff7ce654d5215cee2106f3e3b7eb37f
a956481e874ffe57f43cb19c17fd2664
4126c4f3af50e95b4eb3ee48a58ae5da
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB) - Marinha do Brasil (MB)
repository.mail.fl_str_mv dphdm.repositorio@marinha.mil.br
_version_ 1798310237887791104