A decisão humana entre raciocínio e instinto em face da Inteligência Artificial: o caso do emprego da forca letal no mar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Hebert, Karim
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB)
Texto Completo: http://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/845005
Resumo: O proposito deste trabalho é deduzir o papel que a inteligência artificial (IA) poderia gerar entre intuição e racionalidade no campo naval e aplicado à tomada de decisões militares sobre o uso da força letal, observadas a partir da perspectiva da teoria dos dois "sistemas" de Daniel Kahneman. O estudo primeiro se concentrou em identificar as contribuições da IA para os processos de tomada de decisão humana. Lembrando a representação de Daniel Kahneman das capacidades humanas de tomada de decisão entre o "sistema 1" e o "sistema 2", pareceu durante este estudo que, devido a sua autonomia, a inteligência artificial poderia ser comparada a um "sistema 3" em interação com a mente humana. No contexto de uma decisão de usar força letal no mar, parecia que o sistema 3 poderia aumentar as capacidades dos sistemas 1 e 2. Este aumento das capacidades cognitivas humanas pela IA baseia-se em grande parte em sua capacidade de analisar enormes quantidades de dados digitais. Entretanto, este aumento apresenta riscos ligados às limitações atuais deste tipo de tecnologia: sua especialização, sua imprevisibilidade, sua dependência de grandes quantidades de dados e, finalmente, sua incapacidade a produzir um senso comum. O estudo propõe princípios que permitem conter esses riscos para cumprir o Direito Internacional dos Conflitos Armados (DICA) e a ética do soldado, preservando ao mesmo tempo o lugar do homem no processo decisório e, em particular, permitindo-lhe manter o uso de seu instinto guerreiro.
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