Planejamento estratégico, gestão estratégica: modelos para MB Identificação de fatores facilitadores e inibidores do planejamento estratégico O caso do Centro de Projetos de Navios

• Autor(a) principal: Machado, Elson Ferreira
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB)
• Texto Completo: http://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/845174
• topic: Planejamento militares; Fatores inibidores e facilitadores; Organizações Militares; Estudos Militares

O Planejamento Estratégico (PE) é caracterizado por um conjunto de conceitos, procedimentos, ferramentas e práticas destinadas a auxiliar as instituições, sejam elas públicas ou privadas a atingir resultados de forma eficiente e eficaz. Ele baseia-se em cenários previamente delineados, com o objetivo não só de evitar surpresas, mas também promover um alinhamento estratégico entre o desejado pela alta administração e os resultados a serem alcançados. Há diversas formas de estruturar o planejamento estratégico, porém, existem etapas que são abordadas por todos os autores, como a etapa de direcionamento estratégico, a de diagnóstico estratégico, a de delineamento estratégico e a de implementação e controle do PE. Ademais, existem algumas peculiaridades que diferem o setor público do privado. Para as empresas, as metas econômicas e financeiras se sobressaem sobre o social, tendo o ganho de capital como principal critério de desempenho; enquanto as instituições públicas possuem uma missão que gira em torno de viabilizar o cumprimento de suas atribuições, intervir em aspectos básicos de interesse estratégico ou de segurança nacional. As metas desse tipo de organização não visam concorrer com as de outra instituição pública. A Marinha do Brasil (MB) tem adotado algumas atitudes empreendedoras em sua gestão, cuja existência depende de servir a fins públicos e de satisfazer as diversas partes interessadas. No entanto, o número de partes interessadas e seus critérios de satisfação podem levar uma organização a várias direções. A chave do sucesso, portanto, consiste na identificação e construção de capacidades estratégicas para produzir o maior valor público para as principais partes interessadas a um custo viável. Um Planejamento Estratégico adequado para a instituição auxilia na solução de possíveis problemas, mantendo a flexibilidade adequada em termos de metas, políticas, estratégias e processos. Face ao exposto, apesar das vantagens evidentes proporcionadas às organizações, o Planejamento estratégico encontra dificuldades para ser implantado em ambientes dinâmicos e complexos, como os de uma Organização Militar Prestadoras de Serviços (OMPS). Nesse cenário, surgem os fatores facilitadores e inibidores do processo de implementação e execução do PE, sendo eles cruciais para mitigar as resistências e aumentar motivação, refletindo diretamente no monitoramento, na avaliação e no controle do processo. Portanto, o presente trabalho apresenta um estudo de caso dos principais fatores facilitadores e inibidores do PE para a OMPS denominada Centro de Projetos de Navios (CPN), com o objetivo de identificar pontos de melhorias e possíveis soluções e propondo linhas de ação que possam ser inseridas no âmbito das Organizações Militares Prestadoras de Serviços na MB. A Pesquisa de caráter exploratório utiliza como instrumento de coleta de dados um questionário adaptado ao ambiente militar naval, e a população é formada por oficiais, sargentos, servidores civis e cabos e marinheiros. Dentre os principais resultados obtidos com esse estudo evidenciam que, o Planejamento estratégico da instituição ainda é realizado de forma burocrática, mostrando fragilidades na aplicação dessa ferramenta para melhoria do desempenho organizacional, principalmente, nos escalões superiores, afetando uma boa parte da base técnica e operacional da OM. Logo, o monitoramento desses fatores se apresenta como uma ferramenta primordial para uma implementação realmente eficaz do PE e pode ser usada por toda a MB como parte de seu alinhamento estratégico.