Mapa tecnológico para reatores de tório no Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB) |
Texto Completo: | http://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/844823 |
Resumo: | O Brasil possui em seu território vastas reservas de tório, um mineral atômico mais leve que o urânio e que também possui a capacidade de ser utilizado como combustível em reatores nucleares. As históricas pressões da geopolítica nuclear desde o final da Segunda Guerra Mundial retardaram, mas não conseguiram impedir que o Brasil dominasse o ciclo completo do combustível urânio, desenvolvendo capacidade técnica autóctone e independência tecnológica no abastecimento de suas usinas. A segunda década do século XXI assiste ao contínuo crescimento mundial da demanda por energia elétrica, que provoca a expansão da geração nucleoelétrica com a construção de novas plantas, consequentemente estimulando o aprimoramento tecnológico. Embora a energia nuclear seja uma energia de base que atende às demandas climáticas de redução do aquecimento global, traz consigo as questões controversas da proliferação nuclear e dos resíduos radioativos. Paralelamente, o cenário geopolítico aponta para mudanças, onde o tradicional cerceamento tecnológico parece reduzir-se diante da formação de fóruns internacionais com colaboração científica e tecnológica internacional em torno do desenvolvimento compartilhado de novos conceitos de reatores nucleares, classificados como de quarta geração pelo Fórum Internacional de Quarta Geração – GIF. Tanto as tecnologias anteriores como os novos modelos podem adotar o ciclo do combustível tório, ao invés do urânio ou urânio-plutônio, com adaptações. O Brasil possui experiência em pesquisa com o tório e considera a energia nuclear estratégica para o País, além de ser membro do GIF. Entretanto, um dos maiores empecilhos para a expansão do investimento em tecnologia nuclear no País é a dificuldade de inclusão da matéria na agenda política, com promoção de amplo debate que possa culminar no estabelecimento de políticas públicas consistentes para Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação na área (PD&I). Neste contexto, surgiu a oportunidade para conceber um mapa tecnológico inédito propondo o desenvolvimento de reatores de tório no Brasil. A ferramenta Mapa Tecnológico sintetiza as informações necessárias para tomada de decisão em um documento único, fornecendo uma visão abrangente, resumida e de fácil compreensão. Mapas tecnológicos têm sido utilizados por países como a China e a Austrália bem como por organizações como a Agência Internacional de Energia Atômica – AIEA para orientar políticas públicas de médio e longo prazo. O presente trabalho propõe um mapa tecnológico para construção de um reator de tório no Brasil, com o objetivo de viabilizar a formulação de políticas públicas específicas que contemplem o desenvolvimento de reatores nucleares no Brasil com tecnologia autóctone utilizando o ciclo do combustível tório |
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Guimarães, Gustavo André PereiraAlmeida, Nival Nunes de2022-07-05T18:13:47Z2022-07-05T18:13:47Z2019http://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/844823O Brasil possui em seu território vastas reservas de tório, um mineral atômico mais leve que o urânio e que também possui a capacidade de ser utilizado como combustível em reatores nucleares. As históricas pressões da geopolítica nuclear desde o final da Segunda Guerra Mundial retardaram, mas não conseguiram impedir que o Brasil dominasse o ciclo completo do combustível urânio, desenvolvendo capacidade técnica autóctone e independência tecnológica no abastecimento de suas usinas. A segunda década do século XXI assiste ao contínuo crescimento mundial da demanda por energia elétrica, que provoca a expansão da geração nucleoelétrica com a construção de novas plantas, consequentemente estimulando o aprimoramento tecnológico. Embora a energia nuclear seja uma energia de base que atende às demandas climáticas de redução do aquecimento global, traz consigo as questões controversas da proliferação nuclear e dos resíduos radioativos. Paralelamente, o cenário geopolítico aponta para mudanças, onde o tradicional cerceamento tecnológico parece reduzir-se diante da formação de fóruns internacionais com colaboração científica e tecnológica internacional em torno do desenvolvimento compartilhado de novos conceitos de reatores nucleares, classificados como de quarta geração pelo Fórum Internacional de Quarta Geração – GIF. Tanto as tecnologias anteriores como os novos modelos podem adotar o ciclo do combustível tório, ao invés do urânio ou urânio-plutônio, com adaptações. O Brasil possui experiência em pesquisa com o tório e considera a energia nuclear estratégica para o País, além de ser membro do GIF. Entretanto, um dos maiores empecilhos para a expansão do investimento em tecnologia nuclear no País é a dificuldade de inclusão da matéria na agenda política, com promoção de amplo debate que possa culminar no estabelecimento de políticas públicas consistentes para Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação na área (PD&I). Neste contexto, surgiu a oportunidade para conceber um mapa tecnológico inédito propondo o desenvolvimento de reatores de tório no Brasil. A ferramenta Mapa Tecnológico sintetiza as informações necessárias para tomada de decisão em um documento único, fornecendo uma visão abrangente, resumida e de fácil compreensão. Mapas tecnológicos têm sido utilizados por países como a China e a Austrália bem como por organizações como a Agência Internacional de Energia Atômica – AIEA para orientar políticas públicas de médio e longo prazo. O presente trabalho propõe um mapa tecnológico para construção de um reator de tório no Brasil, com o objetivo de viabilizar a formulação de políticas públicas específicas que contemplem o desenvolvimento de reatores nucleares no Brasil com tecnologia autóctone utilizando o ciclo do combustível tórioBrazil boasts its vast thorium reserves, an atomic mineral lighter than uranium, which also can be used as a fuel in nuclear reactors. The historical nuclear geopolitical pressures since the end of World War II have slowed down, but they have not been able to prevent Brazil from dominating the entire uranium fuel cycle, developing indigenous technical capacity and technological independence in the supply of its plants. The second decade of the 21st century sees the continuous growth of global electricity demand, rising nuclear generation by constructing new plants, thus stimulating technological improvement. Although nuclear is a source of baseload energy that meets climate demands for reducing global warming, it brings the controversial issues of nuclear proliferation and radioactive waste. At the same time, the geopolitical scenario points to changes, where the traditional technological curtailment seems to be reduced by the formation of international forums with scientific and technological collaboration on the development of the fourth generation new nuclear energy systems, named by the Generation IV International Forum – GIF. However, one of the biggest obstacles to boost the investment in nuclear technology in the country is the difficulty to place this topic on the political agenda, with the promotion of a broad debate that may culminate in the establishment of consistent public policies for Research, Development and Innovation in the area (RD&I). In this context, the opportunity arises to design an unprecedented technology roadmap proposing the development of thorium reactors in Brazil. The Technology Roadmap tool summarizes the information needed for decision making into a single document, providing a comprehensive, condensed easy-to-understand view. Technology roadmaps have been used by countries such as China and Australia as well as by organizations such as the International Atomic Energy Agency – IAEA to guide medium- and long-term public policies. This work proposes a technology roadmap to build a thorium reactor in Brazil, with the objective of enabling the formulation of specific public policies that contemplate the development of nuclear reactors in Brazil with indigenous technology using the thorium fuel cycle.porEscola de Guerra Naval (EGN)masterThesis (Mestrado) – Escola de Guerra Naval, Programa de Pós-Graduação em Estudos Marítimos (PPGEM), 2019Ciência, Tecnologia e InovaçãoCiclo do combustívelEngenharia nuclearMapeamento tecnológico - TórioProcessamento do combústivel nuclearMapa tecnológico para reatores de tório no Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisBrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB)instname:Marinha do Brasil (MB)instacron:MBORIGINALTCM Gustavo Andre.pdfTCM Gustavo Andre.pdfapplication/pdf5476027https://www.repositorio.mar.mil.br/bitstream/ripcmb/844823/1/TCM%20Gustavo%20Andre.pdff4c108a9412011443dae20bfa6eb1b90MD51TEXTTCM Gustavo Andre.pdf.txtTCM Gustavo Andre.pdf.txtExtracted texttext/plain417911https://www.repositorio.mar.mil.br/bitstream/ripcmb/844823/2/TCM%20Gustavo%20Andre.pdf.txtca8684a367879e2056498174e38352b3MD52THUMBNAILTCM Gustavo Andre.pdf.jpgTCM Gustavo Andre.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1316https://www.repositorio.mar.mil.br/bitstream/ripcmb/844823/3/TCM%20Gustavo%20Andre.pdf.jpgcffd64ebf4f71c3c609036ae192d27d2MD53ripcmb/8448232022-09-21 15:29:02.925oai:www.repositorio.mar.mil.br:ripcmb/844823Repositório InstitucionalPUBhttps://www.repositorio.mar.mil.br/oai/requestdphdm.repositorio@marinha.mil.bropendoar:2022-09-21T18:29:02Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB) - Marinha do Brasil (MB)false |
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